Quando Kornkamon Armstrong viu o resultado positivo em seu exame de gravidez, foi como se o chão tivesse sido retirado de debaixo de seus pés.
O que poderia fazer?
O pai de seu filho havia morrido em combate no Iraque. Aos 19 anos, na faculdade e...
Sam abriu a da direita e ela entrou em uma ampla sala de estar que, provavelmente, tinha o tamanho de todo o andar inferior da casa de seus pais. Havia uma mesa redonda grande o suficiente para seis pessoas, um bar, duas salas de estar e uma televisão quase tão grande quanto uma tela de cinema.
— Vamos ter que descobrir tudo por nós mesmas.
Disse Sam, colocando as chaves sobre a mesa de mármore da entrada.
— O gerente costuma subir e explicar sobre todas as comodidades, mas acho que você não aguenta mais nada.
Grata, Mon tentou sorrir, mas estava chocada demais com tudo.
Quem no mundo reservaria um quarto como aquele e quanto deveria custar a diária? Sam cruzou a sala e puxou as cortinas finas para o lado.
— Venha ver.
Mon caminhou até ela e reparou que o quarto possuía vista para o lago, juntamente com vários dos hotéis em torno delas.
— Poderemos ver o show das águas. Você vai gostar. Venha.
Sam a conduziu através da sala de estar até o maior quarto que ela já vira. Havia uma cama que podia facilmente acomodar cinco pessoas, um pequeno sofá, uma mesa, janelas do chão ao teto e um carpete tão felpudo que ela quase afundou até os tornozelos.
Tudo era adorável, mas ao ver as malas de ambas em um banco, ao pé da cama, sua garganta apertou.
Compartilhariam o quarto?
Logicamente, a cama era grande o suficiente para tal. E uma vez casadas, não poderia recusá-la.
Sam seria sua Faen.
Casamento por conveniência ou não, se Sam tivesse expectativas, não sabia se poderia, em sã consciência, lhe dizer não. Entretanto, poderia pedir um tempo, certo? Havia motivos plausíveis.
Sam teria que compreender, dadas as circunstâncias, que ela não podia. Sam deu um passo, postou-se na frente dela, envolveu-lhe o rosto com as mãos e disse.
— Pare. Tudo o que estiver pensando, apenas pare. — Como sabe? — Pelo pânico súbito em seu semblante.
Ela deixou cair as mãos.
— Mon, eu estava falando sério. Estamos fazendo isso pelo bebê. Não quero seduzi-la. Sei que deixaram as nossas malas aqui, mas a suíte tem um segundo quarto onde eu dormirei.
O alívio quase fez os joelhos dela cederem.
— Verdade? — Prometo. Olhe, como conversamos, nenhuma de nós foi casada antes. Será uma grande mudança em nossas vidas. Vamos com calma, está bem?
Mon assentiu com a cabeça.
Sam tocou-lhe o queixo.
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