MON VERIFICOU a ordem de compra com a etiqueta da embalagem.
Em seguida, comparou ambas com a nota do fornecedor. Parte do seu trabalho incluía auditorias ocasionais em todos os departamentos.
O computador gerava uma lista de compras ou vendas todos os meses.
Ela acompanhava todo o processo para se certificar de que tudo estava do jeito que deveria ser. Então, redigia um relatório para Irene, sua chefe, que o passava às mãos de Sam.
No passado, nunca pensara muito em Sam lendo suas observações ou criticando-as. Sabia dos resultados do seu trabalho através de Irene.
Mas agora tudo era diferente, pelo menos para ela. Será que notava os e-mails enviados por ela? Será que pensava nela de forma diferente?
Não que cogitasse lhe perguntar, pensou divertida.Já havia conversas difíceis demais entre as duas, sem precisar acrescentar mais uma àquela equação.
Irene, uma loira alta com seus quase 60 anos, parou junto à mesa de Mon.
— Se tiver um minuto, gostaria de falar com você no meu escritório?
— Claro.Mon salvou o trabalho no computador e seguiu a chefe ao longo do corredor.
O escritório de Irene era ao lado do de Sam e embora menor, era brilhante e bem decorado.
As cores suaves se misturavam ao mobiliário em madeira escura.
Se Mon tivesse intenções de permanecer naquele tipo de trabalho, Irene seria o modelo perfeito a seguir.
A mulher começara a trabalhar na área de transporte marítimo e crescera na profissão, até se tornar a segunda no comando da empresa. Nada acontecia na Anankatrul Manufacturing sem o conhecimento dela. Mon se sentou na cadeira em frente à mesa e esperou.
A mulher sorriu.
— Sam saiu esta tarde. Estou lhe dizendo isso para que não fique preocupada que ela nos interrompa ou ouça a nossa conversa.
Muito bem, o assunto não versaria sobre sua atuação na empresa, pensou Mon.
— Certo.
Então, lhe ocorreu que Sam e Irene trabalhavam juntas há muitos anos e era muito provável que já tivesse lhe contado sobre o casamento iminente. Irene confirmou seu palpite ao dizer.
— Acho que devo lhe dar os parabéns.
Mon se remexeu no assento.
Que diabos deveria dizer?
— Sei que talvez pareça tudo muito precipitado.
O que Katherine pensaria dela? Mas o olhar de sua chefe permaneceu gentil.
— A vida encontra uma maneira de tornar as coisas interessantes. Ainda assim, não posso lhe dizer o quanto estou triste por perdê-la.
— Também não estou feliz em deixar o meu cargo. Mas dadas as circunstâncias, parece ser o melhor.Ser assistente da secretária de Sam seria mais do que um pouco estranho após o casamento se realizar.
Irene estudou-a atentamente.
— Eu sabia que você estava namorando Lisandre. Ele era um jovem interessante. Sam teve muito trabalho como o irmão.
Ela fez uma pausa.
— Lisandre era um rapaz divertido, mas não necessariamente alguém a quem você podia confiar seu futuro. Sam é uma pessoa boa. Conheço-a desde que era uma adolescente. Pode confiar nela. Eu queria lhe desejar o melhor e dizer que espero que você considere as possibilidades.
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My Little Favor
FanfictionQuando Kornkamon Armstrong viu o resultado positivo em seu exame de gravidez, foi como se o chão tivesse sido retirado de debaixo de seus pés. O que poderia fazer? O pai de seu filho havia morrido em combate no Iraque. Aos 19 anos, na faculdade e...