Mon decidiu fazer o que sua mãe dizia ser o prato favorito de todas as pessoas, bolo de carne e purê de batata para sua primeira refeição caseira.
Não sabia quais eram os vegetais preferidos de Sam, então misturou alguns, juntamente com uma salada. Para sobremesa, havia torta de morangos e uma variedade de sabores de sorvete no congelador, no caso de não gostar da torta.
Fizera as compras de supermercado bem cedo e passara o restante da manhã se familiarizando com os arredores, bem como procurando coisas como a loja de lavagem a seco mais próxima e uma farmácia.
Depois disso, ficou sozinha.
Completamente sozinha. Não estava acostumada a ter uma casa só para si. Na casa dos pais, sempre havia alguém por perto. Mas ali.
Mon se viu aguardando a chegada de Sam com uma ânsia que tinha muito a ver com finalmente ter alguém com quem conversar, mas quando a outra entrou pela porta da garagem, ela não sabia o que dizer.
Seus pais geralmente voltavam para casa juntos. Nas raras noites que isso não acontecia, a mãe abraçava e beijava o marido.
Mas agir dessa maneira não lhe parecia certo. Sorrir para Sam e perguntar-lhe sobre o seu dia parecia estranho, como se ela estivesse desempenhando um papel no palco.
— O jantar estará pronto dentro de 10 minutos. Você costuma trocar de roupa, vestir algo mais confortável?
Ela apontou para o terno da mulher.
— Quero dizer, tem tempo. Posso segurar o jantar.
— Vou me trocar mais tarde.Sam colocou a maleta no chão, encostada na extremidade do armário e afrouxou a gravata.
— Está mais ambientada?
Mon assentiu com a cabeça.
Sam aparentava atraente, pensou, enquanto a tailandesa retirava o paletó e arregaçava as mangas da camisa.
Um pouco amarrotada, mas bela mesmo assim.
— Encontrei a maioria das necessidades básicas.
— Como está se sentindo?Perguntou, seu olhar era intenso. Sentindo-se?
Como deveria estar se sentindo.
— Está se referindo ao bebê?
Ela tocou o ventre.
— Para ser sincera, não sinto nada. Não sei quando devo começar a ter sintomas e não posso perguntar à minha mãe. Marquei uma consulta com um médico para um exame pré-natal.
— Ótimo. E quando será?Mon lhe disse.
— Vou com você. Estamos juntas nessa, por isso estou interessada em informações também.
Sam ia com ela?
— Não é necessário.
Sam sorriu.
— Quero participar de tudo.
Aquelas palavras lhe provocaram uma espécie de calor na barriga.
— Está bem. Seria bom. Devo admitir que estou um pouco assustada, porque nunca fiz isso antes.
— Nem eu.(...)
Mon serviu o jantar e se sentaram à mesa redonda. Sam contou-lhe sobre o seu dia no escritório.
Quando terminou, ela disse.
— Eu me inscrevi para o período de verão. Vou cursar Cálculo.
Ela torceu o nariz.
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My Little Favor
FanfictionQuando Kornkamon Armstrong viu o resultado positivo em seu exame de gravidez, foi como se o chão tivesse sido retirado de debaixo de seus pés. O que poderia fazer? O pai de seu filho havia morrido em combate no Iraque. Aos 19 anos, na faculdade e...