My Little Favor

Save My Heart

— ESTE LUGAR é enorme.

Disse Jennie na manhã de sábado quando Mon a levou até a casa.

— Estou com tanta inveja.
— Não, não está. Você odiaria esta vida. Gosta de mudar de namorado, pelo menos, duas vezes por mês. Acho que não vai querer se casar tão cedo.
— É verdade, mas a casa é enorme.
— Sam contratou uma decoradora realmente fantástica.

Disse Mon, depois de ter conhecido a mulher pela primeira vez, na semana anterior, quando ela viera supervisionar os trabalhos na casa da piscina.

— Algumas das antiguidades pertenciam à avó dela.

Quando Jennie ligara, dizendo que queria ir visitá-la, Mon ficara dividida entre receber um rosto familiar e não estar certa de que seria capaz de lidar com o stress.

Havia passado no escritório da igreja duas vezes, na semana anterior, a fim de ver os pais e afastar quaisquer planos de uma visita surpresa.

Ter alguém da família na casa significava ter que se certificar de que não havia objetos pessoais em seu quarto e colocar algumas coisas sobre a cômoda no quarto de Sam. Complicações, pensou, enquanto ela e Jennie terminavam a turnê pela casa e saíam para o pátio para lanchar à beira da piscina.

— Se não precisasse ser casada, eu poderia gostar desta vida.

Disse Jennie, tomando um gole de refrigerante e estendendo a mão para pegar um salgadinho da tigela.

— Que bom que você vai para a faculdade. Vai precisar de um ótimo emprego para sustentar este estilo de vida.

Jennie torceu o nariz.

— Eu sei. Ainda estou tentando decidir o que vou cursar. Você sabia desde o seu acidente. Ainda quer ser enfermeira?

Mon assentiu.

— Começo no período de verão na segunda-feira. Cálculo.
— Eca, mas você não deveria estar na sua lua de mel?

Opa. Mon pensou rápido.

— Não era um bom momento para Sam ficar afastada do trabalho.

Respondeu com uma casualidade que não sentia.

— O casamento foi um pouco impulsivo, por isso não pudemos planejar coisas desse tipo. Faremos uma viagem mais tarde.
— Péssimo. Seria ótimo passar uns tempos em uma praia, em algum lugar legal, com alguém bonito. Eu não diria não a isso.

Ela olhou para a irmã.

— Certo, conte-me tudo.

Mon piscou.

— Sobre.
— Você sabe.

Jennie baixou a voz, então sussurrou.

— Sexo. Mamãe nos falou sobre várias coisas, mas é apenas logística. Quero detalhes. É assustador? Maravilhoso? É como nos livros? Você vê estrelas ou se sente totalmente deslumbrada?

Mon corou.

— Não vou conversar sobre esse assunto com você.

Disse em um tom firme.

— Não é apropriado.
— Tenho 18 anos e sou sua irmã. Ora, como vou descobrir sobre isso se você não me contar? Não vai querer que eu experimente apenas para descobrir por mim mesma.

Jennie acrescentou com a voz maliciosa.

— Você está me chantageando. Esqueça. Não vou falar sobre isso. É muito pessoal.

Na verdade, não era nada pessoal. Simplesmente não tinha o que dizer.

Sua única noite com Lisandre fora um pouco confusa, primeiro pela dor, depois pela intimidade desconfortável. Nas poucas horas que estiveram juntos, ele a possuiu um bom número de vezes, mas antes que ela pudesse descobrir o que ele estava fazendo ou o que esperava, tudo havia acabado.