Confiria meus horários e pegava alguns livros no meu armário. Quando fechei a porta, Virgil estava parado atrás da porta, com seu sorriso lindo de orelha á orelha.
Fechei a cara, e segui meu caminho para sala. Queria ignora-lo até minha próxima encarnação.
Ele, claro, me seguiu.
____ Eí, não vai falar comigo?
____ Eu tenho aula. Depois a gente conversa. ____ Disse seca.
O corredor estava cheio de alunos, e mesmo com toda aquela conversa avulsa, eu escutei ele suspirar.
____ Olha, eu sei que você está brava, e tem toda razão-
Me virei para ele, e o cortei antes que terminasse.
____ Virgil, eu sei onde essa conversa vai parar, e eu não vou discutir com você no corredor da escola.
Estávamos parados bem no meio do caminho. Virgil era bem mais alto do que eu, ele olhava por cima de mim procurando alguma coisa. Suas sobrancelhas se arquearam, ele segurou meu pulso e saiu me puxando para algum lugar.
Entramos dentro de uma sala vazia de química. Virgil fechou a porta e se colocou contra a porta, me impedindo de passar.
____ Virgil, eu tenho história avançada daqui dez minutos, então você poderia sair da minha frente?! ____ Disse passivamente agressiva.
Cruzei meus braços impaciente. Ele ignorou meu pedido, e continuo parado, em frente à porta como um poste.
____ Me desculpe, eu dei mancada. ____ Lamentou.
Ri e balancei a cabeça desacreditada.
____ Mancada? ____ Perguntei retoricamente. ____ Você estragou tudo!
____ A gente pode remarcar.
____ Você só pode estar brincando comigo.____ Disse em voz baixa. ____ Agora sai da minha frente!
Ele suspirou, e colocou as mãos no bolso da calça. Mas não saiu da frente da maldita porta.
____ Fica, por favor, conversa comigo.