Capítulo 8

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Hey!

Voltei com mais um.

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POV ROSAMARIA

- E depois disso, ela tentou mais algo? - Naiane me questionava, após eu ter contado sobre o que aconteceu no bar.

- Não. Ela não insistiu, mas foi estranho. - eu falei fazendo uma careta.

- Estranho como?

- Não sei explicar. - eu disse inclinando minha cabeça pensativa. - É só que... Não, nada.

- Desembucha, Rosamaria. O que tá rondando essa tua cabecinha? - ela insistiu.

- E se ela só se aproximou de mim por isso? - eu desabafei respirando fundo.

- Pera lá. Deixa eu ver se entendi. Você tá achando que ela te ofereceu emprego porque quer te comer?

- Naiane! - a repreendi. - Fala baixo e não usa esses termos, a Júlia tá no quarto fazendo tarefa.

- Ok. Desculpa. Vou me retratar então. - ela falou fazendo graça. - Você tá com medo que ela esteja sendo gentil com você, porque quer te levar pra cama?

- Não, Nane. Quer dizer, eu não sei. É isso que me preocupa. - falei apoiando o cotovelo na mesa e encostando a cabeça na minha mão.

- Ué, mas ela já tinha feito ou dito algo antes que desse a entender?

- Não. Ou pelo menos eu nunca percebi. - dei um suspiro e neguei com a cabeça. - Ela sempre foi muito educada e simpática comigo. Mas só isso. 

- Então pode ser que ela nem tenha segundas intenções com você. Pode ter sido coisa do momento, da conversa que vocês estavam tendo. Sem falar que você é gatíssima, gostosa e solteira. Se você não fosse minha melhor amiga eu também dava em cima. - ela afirmou dando de ombros.

- Não dá pra ter uma conversa séria com você. - eu dei um empurrãozinho no seu ombro. - Tu é palhaça demais.

- Mas eu tô falando sério, mana. - ela disse. - Inclusive, você deveria viver mais, sabe? Tô cansando de falar isso. Mas você precisa seguir em frente. Nem todo mundo é igual aquele traste do seu ex.

- Ah, mas não quero pensar nisso agora. Tem muita coisa acontecendo.

- Você sempre dá essa mesma desculpa, Rosa. - ela respondeu resignada.

- Não sei nem o porquê da gente tá falando disso. Nem tem a ver com o assunto. - fui logo cortando qualquer tentativa dela de prosseguir com aquele tema.

- Como não? - ela disse indignada, mas deixou pra lá. - E agora? O que você vai fazer em relação a Carol? Vai fugir dela?

- Fugir também não, né!? - falei óbvia. - Acho que vou agir como se não tivesse acontecido, mas ao mesmo tempo vou ficar mais atenta.

- Não sei porque isso te preocupa tanto.

- Ah, porque eu gosto de conversar com ela. - pausei dando um gole no café. - Ela é uma pessoa bacana, engraçada e que... - nem pude concluir a frase, pois logo fui interrompida.

- E linda, né? Gostosa também. Faltou falar rica. - ela disse gargalhando. 

- Tu não presta! - acabei rindo junto e negando com a cabeça. - Mas falando sério, eu achava que íamos nos tornar boas amigas e agora não sei nem se ela tem interesse mesmo de me dar um emprego.

- O emprego eu não sei... - ela se aproximou de mim falando baixinho. - mas que ela quer te dar, ela quer. - finalizou gargalhando.

- Meus Deus, Naiane! Como tu é besta.

Those Eyes - Rosattaz Onde histórias criam vida. Descubra agora