Those Eyes - Rosattaz

Capítulo 31

Bem, chegamos ao 31º capítulo da fic e eu achei que determinadas coisas já estavam subentendidas. O ritmo da fic foi pensado, desse jeitinho, desde quando eu tive a ideia de escrevê-la. Achei que com toda a explicação do passado da Rosa, fosse ficar claro o porquê a história segue esse ritmo mais "cuidadoso". Sei que muitos acham lento demais, devagar e coisa similares. Mas esse foi o processo que escolhi para contar sobre elas.

Desculpem o desabafo, mas peço que vocês tenham mais cuidado com as reclamações e cobranças. Se vocês não têm gostado da forma como tem sido contada essa fic, é simples: é só não ler. 

Aos que seguirão aqui, lendo, desfrutando dessa família que está sendo construída, boa leitura.

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POV CAROL 

Uma tempestade caía do lado de fora e mesmo que o vento estivesse frio, o quarto parecia mais quente do que deveria. Eu e Rosamaria trocávamos beijos lentos e, cada vez mais, demorados, enquanto nossas pernas se entrelaçavam numa busca maior por contato. Eu apertava e torcia a barra de sua blusa numa luta contra o desejo de tocar sua pele.

- Carol... - ela sussurrou com dificuldade entre o beijo. Eu apenas resmunguei "hum" para que ela continuasse o que ela queria dizer. - É melhor eu ir para o outro quarto.

- Agora? - questionei enquanto distribuía alguns selinhos mais longos. - Fica aqui comigo? - pedi ao mesmo tempo que vi seu olhar duvidoso. - Não precisamos fazer nada. - adiantei. - Lembra que te falei que estávamos pelo seu tempo? - ela concordou. - Não tenha medo e nem se sinta pressionada. Eu sei do que você passou e não quero ser mais uma pessoa a te causar mais traumas. - eu disse calma. - Quando cê sentir desconfortável e achar que seus limites estão sendo ultrapassados quero que me diga. Eu adoro você. Quero você! Mas não tenho pressa. 

- Não sei nem o que te dizer. - ela falou calma. - As vezes eu acho que tu não existe. É meio que inacreditável para mim tu ser tão compreensiva e paciente comigo.

- Cê não merece nada menos do que isso, Rosa. 

- Tu é incrível, Carol! Eu me sinto muito sortuda por ter você na minha vida. Não poderia ter uma pessoa melhor. - ela afirmou e fez um carinho no meu rosto. - Eu tô completamente apaixonada por você. Pela mulher forte que tu é, pelo carinho que tu tem pela minha filha, pelo respeito que tu tem por mim... - ela pausou suspirando e me encarando com aqueles olhos verdes lindos que naquele momento se encontravam úmidos. - Tu é linda de tantas formas que acho que minhas palavras são insuficientes para te elogiar.

Quando pensei em responder, ela se aproximou, novamente, de mim e encostou nossos lábios. O beijo era tímido, mas demonstrava toda paixão que ela tinha acabado de confessar ali. Eu consegui sentir o tanto de carinho que ela queria passar. Desencostamos nossas bocas apenas porque precisávamos respirar.

- Eu também tô apaixonada por você! - eu sussurrei rente a sua boca. - E estarei sempre disposta a te ouvir e cuidar de você. - eu falei a encarando com um sorriso de lado. - Agora vem aqui. Deixa eu te abraçar. Eu quero dormir abraçadinha com você.

- Ounw... - ela respondeu fazendo um bico. - Na verdade sou eu que vou ficar agarradinha em você. É minha vez de começar a cuidar de você. - ela disse enquanto passava seus braços em volta do meu corpo, me abraçando por trás.

Foi dessa forma que adormecemos. Com Rosamaria me envolvendo com seu corpo e me fazendo carinho. Aquilo foi tão bom que eu poderia repetir por muito tempo. Só em estar com ela ali valeu mais do que qualquer ato sexual que poderíamos ter tido.

Falando em sexo, era óbvio que eu tinha vontade. Eu tinha muito desejo por ela. Porém, eu não ia avançar até que ela acendesse o sinal verde. Ela era muito mais importante que qualquer vontade minha.