Those Eyes - Rosattaz

Capítulo 30

Alguém aqui sentiu saudade? 🤷🏼‍♀️

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POV ROSAMARIA

- Você devia deixar a Júlia comigo. - Naiane insistia, tentando me convencer que aquilo poderia ser uma boa ideia.

- Já te falei que a Carol falou que é para ela ir também. - eu respondi pela terceira vez.

- Mas vocês precisam de um tempo a sós, amiga.

- Eu não vou deixar minha filha de lado para isso.

- Ninguém tá te falando isso, né!? Só tô tentando te ajudar a ter um momento seu com sua namorada.

- Ela não é minha namorada.

- Não ainda. Vocês estão grudadas e tá na cara uma da outra que estão apaixonadas. - ela disse óbvia.

- Mas não sabemos se vai dar certo. - eu falei em dúvida.

- Só vão saber se tentarem. Mas tá na cara que vai dar. Vocês parecem uma família feliz quando estão juntas. - ela falou convicta.

- A Júlia gosta muito dela. Ela trata minha filha como uma princesa. Isso é uma das coisas que me encantam nela. - eu contei.

- Isso é verdade. Ela realmente tem muito carinho pela pequena, é notório. - ela confirmou. - Mas isso não quer dizer que vocês tenham sempre que se encontrar e a Júlia ir junto.

- Eu sei, Nai. Mas hoje não vai ser esse dia. A minha filha vai junto. Eu até já falei para ela que ficou toda animada para ir nadar na piscina da tia Carol.

- Tudo bem. Tu que sabe. Mas na hora que tu quiser um tempo sozinha com a Gattaz, não hesita em me pedir. - ela falou apoiando uma mão no meu ombro. - Eu irei ficar com ela feliz da vida.

- Eu te agradeço por isso e por todas as vezes que você já me ajudou. Tu sabe que não vivo sem você, amiga.

- Eu sei. - ela retrucou convencida. - Só não fica pensando que tirar um dia para você é o mesmo que abandonar sua filha. Nós sabemos que isso não seria verdade. - ela completou.

Ficamos ali conversando até um cliente aparecer e termos de encerrar o papo. Eu entendia o que ela queria me dizer, mas ainda não sabia muito o que pensar sobre o assunto. Tudo era muito recente e novo para mim. Eu ainda tinha muitas perguntas sem resposta.

O movimento na livraria estava grande, aparentemente as pessoas estavam aproveitando aquele sábado de manhã para comprar mais livros para as suas coleções ou para dar de presente. Além das vendas que já tínhamos feito, muitos também tinham encomendado alguns itens que estavam esgotado no estoque.

Quando o nosso turno acabou já era a hora do almoço. Carol havia me enviado uma mensagem falando que vinha nos buscar e que ela já tinha preparado um almoço para nós. Eu sorri assim que li, pois imaginei o que ela tinha aprontado na cozinha. Com a nossa relação e a proximidade, eu já tinha percebido que a mulher tinha uma certa dificuldade. Mas eu achava fofo as tentativas dela de nos agradar.

Assim que saímos para o estacionamento do shopping vimos Carol encostada em seu carro nos esperando. A mulher abriu um sorriso e se desencostou para receber minha filha que correu até ela.

- Oi, Juju! - Gattaz falou assim que Júlia se jogou nos braços dela.

- Oi, tia Carol! - a menina respondeu o cumprimento com um sorriso, assim que sentiu o beijo estalado, da mais velha, em seu rosto.

- Oi, Rosa! - ela falou se dirigindo a mim com um sorriso maroto e logo, deixou um beijo demorado na minha bochecha.

- Oi! - respondi um pouco tímida pelo contato e pelo jeito carinhoso que ela me recebeu.