Capítulo 17

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Hellouu!

Hoje vocês vão entender um pouquinho mais sobre a Júlia. Espero que o assunto não dê gatilho em ninguém. 😑

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POV CAROL

A visita de Júlia e Rosa tinha me feito muito bem. Mesmo tendo um dia cheio e atrasado um pouco os meus compromissos, eu não me arrependia do tempo gasto com elas. Inclusive, acho que desde quando eu assumi o cargo de presidente que eu não tinha trabalhado tão feliz. Até fiz uma anotação mental para agradecer a Isabella, minha secretária, que teve o feeling de me ligar e questionar se poderia deixar Rosamaria entrar, pois normalmente eu só recebia pessoas com hora marcada. Mas acredito que ela tenha se sensibilizado com elas.

O final de semana chegou e eu só queria descansar. Passei o sábado inteiro em casa, literalmente, sem fazer nada. Só saía da cama para comer e ir ao banheiro. Nem me dei o trabalho de cozinhar. Pedi comida no almoço e no jantar.

Quando o domingo chegou, mesmo não querendo, eu me ajeitei para ir almoçar com a família. Meu pai dizia que agora que eu era presidente é que se fazia importante a minha presença. Ele gostava de dizer que era essencial o convívio com as pessoas que nos amam para sentirmos tranquilidade para trabalhar durante a semana. Com isso em mente, peguei minha bolsa e a chave do carro.

Como sempre eu dirigia cantarolando as músicas sertanejas que tocavam na minha playlist ou na rádio. Eu vinha tão distraída que mal percebi duas figuras conhecidas na calçada, em pé, ao lado de um ponto de ônibus, conversando com um homem. Reduzi a velocidade e as observei. A conversa não parecia muito agradável. Elas nem me viram passando e eu decidi encostar o carro, mais à frente, para saber se estava tudo bem.

- Tá tudo bem, Rosa? - eu questionei me aproximando deles. Só aí ela percebeu minha presença e o cara me olhou da cabeça aos pés.

- Carol, tu pode levar a Júlia daqui? - ela parecia assustada. Nem me cumprimentou. A menina se escondia atrás dela, agarrada em suas pernas. - Por favor, não pergunta agora. Depois eu te explico. - ela falou empurrando a criança na minha direção e suplicando, mais uma vez, um "por favor".

Eu não estava gostando nada daquilo. Encarei o homem que apenas observava a cena em silêncio. Ela não achava que eu ia deixar ela sozinha com ele, né? 

- Cê não vem com a gente? - questionei teimosa, encarando ainda o homem desconhecido.

Ela balançou a cabeça, em sinal de negação, e mais uma vez pediu para que eu levasse Júlia comigo. Com muito receio, peguei a menina no colo e sai andando com ela até o meu carro. Minha cabeça estava a mil. Eu estava preocupada em deixar Rosa ali. Mas eu não podia fazer nada a respeito, já que ela me pediu para ir embora. Fiquei até um pouco atordoada que nem me toquei que estava indo para o almoço da família. 

Abri o carro e logo coloquei Juju lá dentro. A ajudei a prender o cinto e depois segui para o banco do motorista. Achei melhor continuar com os planos de ir para casa encontrar minha família, Alice estaria lá e assim poderia distrair Júlia.

Durante todo o caminho a mais nova não deu uma palavra. Eu confesso que nem me toquei para puxar algum assunto. Eu estava tão preocupada de ter deixado Rosa sozinha lá. Júlia também não parecia melhor. Ela estava distraída olhando tudo pela janela.

Quando chegamos na casa do meu pai, decidi conversar um pouco com ela antes de entrarmos. Tirei meu cinto e desci do carro. Abri a porta traseira e me sentei no banco ao lado da garotinha.

- Você sabe quem é aquele homem? - eu perguntei.

- Sim. Ele é meu pai. - ela falou distraída.

- Ele aparece sempre? - voltei a questioná-la.

Those Eyes - Rosattaz Onde histórias criam vida. Descubra agora