Capítulo 33

3.2K 348 81
                                    

Voltei rápido, mas não garanto quando será a próxima atualização.

-------------------------------------

POV CAROL 

- Não acredito que cê não me contou! - Renata me acusava pela milésima vez.

- Me desculpa, mas fiz isso pela Rosa. Ela pediu para gente ir devagar e eu também vi o quanto ela ainda estava assimilando as coisas. Não queria colocar expectativas demais.

- Só vou te perdoar por isso. - ela falou desconfiada. - Mas que conversa é essa que vocês ainda não tem rótulo? 

- Como já te falei, ela queria ir devagar. - eu disse.

- Mas cê não acha que ela já tá mais preparada pra vocês darem mais um passo? - ela questionou. - Eu digo isso porque a Rosa tem uma filha e ela não parece ser uma pessoa que curte uma aventura. 

- Mas isso não é uma aventura. - eu retruquei de imediato. - O que a gente tem é sério. Eu só não pedi ela em namoro ainda porque não sei se ela tá pronta.

- Uai, e por que cê não pergunta? Eu acho que cê devia fazer algo especial pra ela e pedir. Pra quê perder tanto tempo?

- Cê acha mesmo? - eu questionei e ela confirmou. - Pra falar a verdade eu até comprei um par de alianças uns dias atrás. Mas eu guardei com medo dela não aceitar.

- Deixa de ser covarde, irmã! Eu conversei com a Rosa e vi o quão apaixonada ela tá por você. Ela não vai dizer não. Tenho certeza que ela quer isso tanto quanto você.

- E se ela não aceitar? Disser que ainda é muito cedo? - indaguei preocupada.

- Não acho que ela vai dizer isso, Cá. Vocês já estão a mais de um mês juntas já passou da hora. Pelo o que você e ela me contaram, vocês já vivem como namoradas. Cê janta quase todas as noites com elas, além delas passarem o fim de semana com você.

- Eu vou pensar. Não quero levar um pé na bunda por ser precipitada.

- Bem, eu só tô te aconselhando. Mas você que sabe. - ela disse gentil. 

Alguns dias se passaram depois dessa conversa e eu pensava cada vez mais em aceitar o conselho da minha irmã. Rosamaria estava ficando mais confortável na nossa relação e a cada dia que passava estávamos mais grudadas do que nunca. 

Eu estacionava o carro de volta ao supermercado. Júlia estava no banco de trás. Tínhamos acabado de voltar da consulta dela com a psicóloga. Algumas vezes eu a buscava no consultório e depois a levava para tomar sorvete. A garotinha tinha conquistado completamente meu coração. A gente tinha se aproximado bastante. Eu adorava conversar com ela. A pequena era muito inteligente para idade dela e muito educada.

Entramos na loja e Juju segurava minha mão. Perguntei o que ela queria lanchar, já que não fomos a sorveteria. Rosamaria não gostava que ela tomasse sorvete sempre e a menina era obediente. Assim como eu também respeitava seu modo de educar a filha. 

Lanchamos na minha sala. Eu pedi que trouxessem salada de frutas e misto quente para nós duas. Comemos e ela sentou de frente para uma mesinha que eu tinha pedido para que colocassem ali. Ela fazia seu dever de casa e depois ficava desenhando quietinha. Enquanto isso, eu trabalhava sem nenhum problema. Juju nunca me interrompia. Era mais fácil eu falar algo e atrapalhar as atividades dela. 

- Já terminou a tarefa? - eu perguntei quando terminei de ler os emails que eu precisava.

- Uhum. - ela respondeu me olhando e balançando a cabeça em afirmação. 

Those Eyes - Rosattaz Onde histórias criam vida. Descubra agora