Capítulo 22

2.6K 317 122
                                    

Heeeey

E vamos pra mais um.

----------------------------------

POV ROSAMARIA 

O céu estava coberto de estrelas e uma brisa fresca soprou em meu rosto. Respirei fundo e saboreei, por um momento, um pouco de tranquilidade. Já devia tá perto de amanhecer e como eu não conseguia dormir fui parar na varanda, que tinha no quarto de hóspedes.

A conversa que eu tinha tido com Carol havia me deixado um pouco mais calma. Era incrível como eu sentia uma segurança nas palavras que ela me dizia. Ter ela nesses momentos estava me ajudando de uma maneira inexplicável.

Ao longo desses anos, eu sempre me acostumei a lidar sozinha ou ter apoio de Naiane e sua mãe. Eu não posso negar que eu tinha dificuldade de aceitar ajuda. O meu orgulho muitas vezes não deixava. Elas também já me ajudaram tanto que eu me sentia envergonhada de pedir ainda mais.

E agora apareceu Caroline. Ah, Caroline... Se você soubesse como tem mexido comigo. Como tem me feito questionar coisas que eu acreditava que não teria mais como mudar. O frio na barriga tem sido cada vez mais constante, principalmente quando você me encara com seus lindos olhos castanhos. Ou quando você me abraça como se eu fosse a coisa mais importante para você. 

Suspirei. 

Mas eu não podia pensar nisso agora. Eu precisava resolver o que vinha atrapalhando minha vida. Tinha que encerrar essa página para que uma nova pudesse ser escrita. Foi com esse pensamento que eu resolvi entrar e tentar dormir.

A primeira coisa que fiz ao abrir os olhos foi olhar para o relógio digital que tinha na mesinha. Quase dez horas da manhã. Não me lembrava da última vez que tinha despertado tão tarde. Respirei fundo e levantei me dirigindo ao banheiro que tinha ali.

Enquanto descia as escadas ouvi vozes que pareciam vir do terraço. Me aproximei, um pouco tímida, me fazendo presente.

- Rosa? - Marcela questionou curiosa ao me ver e fez com que Renata também se virasse com as sobrancelhas erguidas.

- Oi, bom dia! - respondi um pouco constrangida pelos olhares das irmãs sobre mim.

- Bom dia, Rosa! - Carol respondeu com um meio sorriso e logo, as outras também responderam. - Vem, senta aqui pra comer algo. Aproveita que o café tá quentinho, eu acabei de fazer.

- Você não, né!? A cafeteira caríssima que eu te dei. - Marcela implicou causando risos.

- Cê nunca vai parar de falar que me deu ela de presente, né!?

- Mas é claro! Você devia me agradecer todos os dias por salvar você e suas visitas do seu café ruim.

- Ele não é ruim. - retrucou sentida, fazendo um bico digno de uma criança. - Só um pouco forte.

- Ele é péssimo, Carol. Vou ter que concordar com a Ma. - a outra irmã se pronunciou.

Me sentei e comecei a comer, enquanto as implicâncias entre as irmãs não cessavam. Pelo que eu pude perceber elas não tinham chegado a muito tempo. Carol ainda comia o seu desjejum e as outras aproveitavam do café e do bolo.

- A Júlia se comportou direitinho? - eu questionei quando elas pararam um pouco o falatório.

- Ela é um anjinho, Rosa. Se comportou bem demais. - Renata disse gentil. - Não podia ter melhor companhia pra minha filha. - ouvi tudo orgulhosa pelos elogios feitos a minha pequena. 

- Eu já estou com saudades dela. Se eu soubesse que viria pra cá, teria pedido para trazê-la.

- Quando eu saí elas estavam brincando no jardim. Sei que você tá sentindo um vaziozinho, mas deixa ela aproveitar mais um pouquinho as férias dela junto com a Alice.

Those Eyes - Rosattaz Onde histórias criam vida. Descubra agora