Those Eyes - Rosattaz

Capítulo 14

Helloooou!

Queria agradecer a todo mundo que tá acompanhando a fic e tem gostado da história. 

Mais um capítulo pra vocês.

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POV ROSAMARIA

- Eu não consigo entender o porquê dela me oferecer essas coisas. - eu desabafava com Naiane.

- Consegue sim, mana. O problema é que tu quer ouvir da boca dela o motivo. - ela disse simplesmente.

- Não estou te entendendo, Nai...

- Tu não é besta, Rosamaria. Tu sabe que ela tem uma queda por você. Acho que já está mais do que claro. - ela dizia direta. - O que me surpreende é que tu não se afastou dela, pelo contrário tu continua se aproximando mais.

- Não é assim. - eu discordei.

- Tu esquece que eu te conheço. - ela disse dando de ombros. - Quantas pessoas nesses últimos anos tentaram algo com você e você abriu um abismo entre vocês? - ela perguntou retórica. - Tu sempre se afastava ao menor sinal de paquera. Praticamente corria quando via algum deles na rua. Tu tinha medo até de conviver com as pessoas que davam em cima de você. Já com a Carol tu aceita carona, convite para comer, se enfiou até na roda de amigas dela. Sem falar na proximidade dela com tua filha.

- Mas isso não tem nada a ver, Naiane. Tu sabe que eu não gosto de m... - não consegui completar a frase pois ela logo me interrompeu.

- "Eu não gosto de mulher e blá blá blá..." - ela debochou. - Podemos pular essa parte? Ela me cansa. - ela falou e eu revirei os olhos. - Tu deveria admitir que algo te atrai até ela.

- Não tem o que admitir. - eu disse resignada. - Eu só quero entender o porquê de tanta bondade.

- Tu tá obcecada para saber o "motivo". - ela falou dando ênfase no final. - Mas tu já parou para pensar que não precisa existir um? Mesmo eu tendo certeza que ela sente algo por você, a Carol parece ser realmente uma pessoa bondosa e eu não acho, de verdade, que ela faça essas coisas esperando uma retribuição sua. - ela falou mais séria. 

- Ela é realmente uma pessoa boa, disso eu não tenho dúvidas. - eu concordei.

- Então do que tu tem dúvidas? - perguntou.

- Eu não sei, tá? - falei impaciente. - E isso tá me enlouquecendo. - eu bufei com raiva.

- Tu sabe que eu não quero te irritar, mas vou te fazer outra pergunta. - ela iniciou calma. - Ela tentou flertar com você de novo? Aconteceu alguma outra coisa que tu não me contou?

- Não, Nane. - suspirei. - Ela não tentou mais nada.

- Se eu não te conhecesse bem, diria que tu tá frustrada por isso...

- Vai se foder, Naiane. - falei brava. Por um minuto nem me importei que Júlia estava no quarto e poderia ouvir meu palavrão. 

- Como tu é cabeça dura! - ela falou colocando as mãos nas têmporas. - Eu tô tentando ser paciente contigo, mas tu também não se ajuda. Quer saber, vou te dizer o que eu acho que se passa na sua cabecinha. - ela disse firme. - Eu acho que tu quer ouvir dela que o "motivo" disso tudo é que ela tá apaixonada por você. Eu sei que agora tu vai ficar puta da vida comigo por eu tá falando isso, mas é o que eu acho. - ela disse me encarando. - Tu quer ser a razão dela tá sendo tão boa.

- Você não sabe disso. - falei trincando os dentes.

- Rosa, tu é como uma irmã para mim. Eu não quero brigar com você. - ela dizia mais amena. - Eu não vou falar mais nada, mas tu devia ao menos se dar a chance de pensar sobre isso. E só para deixar claro, eu não quero te impor nada. Não quero te obrigar a gostar de mulher. Tu pode gostar do que tu quiser. Eu só quero que tu seja feliz.