Capítulo 2

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Hellou!!!

Trouxe mais um capítulo pra vocês. É curtinho pra dar mais um gostinho de como as coisas serão por aqui. Espero que gostem.

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POV ROSAMARIA

- Quem era aquela mulher? - Naiane questionou sem ao menos me dar um "oi" quando eu entrei na loja.

- Ah, é a tia de uma amiguinha da Júlia. - eu falei enquanto guardava minhas coisas para começar a trabalhar. - Ela me deu uma carona. 

- Gata demais, cara. Tu devia ter me apresentado.

- Cansou de pegar menininhas e agora quer atacar a terceira idade é? - eu disse rindo.

- Claro que não. Mas é sempre bom ter um leque de opções. Tu devia tentar, sabe?

-  Tá bom, pegadora! Fica com teu baralho que tô fora. Deixa eu ir só dá uma olhada rápida na Júlia, ver se ela tá almoçando direitinho que eu volto pra te ajudar a organizar aquele bagunça ali.

Quando entrei na sala de descanso dos funcionários, minha filha estava, como sempre, quietinha comendo o almoço que eu tinha feito pra ela. Era assim durante toda a semana. Eu a buscava no colégio e depois trazia para cá. Ela almoçava e depois fazia seu dever. O resto do tempo, ela ficava desenhando no caderno que eu havia dado de presente para ela. 

Eu tinha muita sorte da minha chefe permitir que eu a trouxesse. A Caterina nunca se importava e às vezes até brincava um pouco com ela quando vinha aqui verificar a loja. A italiana tem muita confiança em mim e na Naiane. Tanto que ela passava mais tempo aqui no horário dos outros funcionários de manhã.

Voltei para o espaço da livraria e minha amiga já estava organizando alguns livros que chegaram hoje. Me aproximei da outra estante e fui logo começando a passar um pano nas prateleiras vazias. Nós conversávamos enquanto fazíamos aquela organização e alternávamos no atendimento quando chegava algum cliente. 

A tarde foi até tranquila, sem muito movimento. O que acabou ajudando no nosso trabalho de limpar e colocar os novos livros no lugar. Tudo já estava arrumado quando alguns clientes começaram a chegar para vir buscar suas encomendas. Já eram quase seis horas, final do nosso expediente, quando Caterina chegou nos cumprimentando e foi para seu escritório. Não antes de passar pela salinha onde Júlia estava e trocar algumas palavras com ela.

No momento em que os funcionários da noite chegaram, chamei minha filha e juntei nossas coisas. Nós três partimos juntas para o ponto de ônibus próximo dali. Naiane teve a sorte do seu passar logo que chegamos. Enquanto nós duas tivemos que esperar mais um tempo.

Já em casa, fui logo preparar o jantar para não ficar muito tarde para comermos. Quando Júlia saiu do banho coloquei nossos pratos na mesa e a chamei.

- Tu fez todo teu dever de casa? - perguntei.

- Sim. - ela respondeu me dando um sorriso. - Estava fácil hoje.

- Muito bem. Depois que eu tomar banho quero dar uma olhada, tá? - ela apenas confirmou com a cabeça.

De banho tomado, conferi a tarefa de casa de Júlia. Não era porque era minha filha, mas ela era uma menina muito inteligente. Eu quase nunca tinha algo para corrigir. Eu tinha muito orgulho dela. Mesmo com as nossas dificuldades ela não deixava que isso afetasse seus estudos. Pelo contrário, a menina era sempre muito dedicada. Inclusive, por isso que ela estudava num colégio particular. Ela tinha bolsa. Graças a Caterina que conhecia a diretora e pediu para que ela deixasse Júlia fazer um teste, mesmo fora do período. 

A sexta-feira iniciou e com ela o cansaço da semana já batia na porta. Depois de deixar Júlia na escola, eu corria contra o tempo para chegar no horário da minha primeira aula. Eu estava no último período de administração. Depois de alguns anos, eu finalmente iria concluir minha graduação.

Mal minha aula havia acabado e eu já estava caminhando em direção do colégio da minha filha. Hoje era um daqueles dias que não dava tempo de ir em casa, almoçar e preparar o da Juju. Tínhamos que ir direto para o shopping e comer algo por lá mesmo.

Cumprimentei o porteiro na entrada e fui em direção a criançada. Como sempre, lá estavam elas. Inseparáveis. Alice e Júlia brincavam no balanço do parquinho, lada a lado, e gargalhavam disputando quem ia mais alto. Quase tive um treco com medo delas caírem.

- Elas não têm jeito mesmo, né? - ouvi uma voz atrás de mim. 

- Oi, Renata. Tudo bem? - falei me aproximando para cumprimentá-la. - Eu já falei pra elas não fazerem isso.

- Tudo bem, Rosa. E você? - eu logo afirmei que estava tudo bem. - Isso é coisa da Alice. Não pode ver um balanço que já quer que empurrem ela bem alto.

- Essas crianças...

- Pois é. Está cada dia mais difícil de controlar. - ela encerrou. - Ah, vou aproveitar que te encontrei pra já te avisar. No outro final de semana é aniversário da Alice e a gente vai fazer uma festinha lá em casa no sábado. Ela vai gostar muito da presença de vocês.

- Ah, que legal. Obrigada pelo convite. Nós iremos sim. - eu falei agradecendo.

- Vai ser algo simples, só para não passar batido, porque a Carol sempre faz questão de mimar a Alice. - falou com um tom dramático. - Jajá ela estraga minha filha.

- Ah, eu a conheci há uns dias. Muito simpática sua irmã.

- Engraçado que ela disse o mesmo de você.

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Those Eyes - Rosattaz Onde histórias criam vida. Descubra agora