Capítulo 12

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Boa noite, gente! 

Tive alguns problemas pessoais e não consegui postar antes.

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POV ROSAMARIA

- Então quer dizer que foi a Sheilla que fez o projeto? - eu questionava a Gabriela enquanto andávamos pelo corredor do primeiro andar.

- Sim, tudo aqui em casa foi projetado por ela. Mas óbvio que eu também ajudava nas escolhas, ela fazia os desenhos e me mostrava, daí juntas escolhíamos. - ela me contava, no tempo em que me mostrava os cômodos.

- É muito bonita. Vocês tem muito bom gosto. - elogiei.

Passamos, mais uma vez, pelo quarto de brinquedos das gêmeas apenas para verificar se estava tudo bem com as três crianças que ali brincavam e logo descemos para nos juntarmos com as outras mulheres que estavam no terraço conversando.

O papo ali não parecia estar muito bom, pois rapidamente pudemos perceber que Marcela estava chorando e as outras tentavam acalmá-la. Chegando mais perto foi que pude entender o que estava acontecendo. A namorada havia terminado o namoro com ela, por isso ela se encontrava desolada. Acho que ela estava tão transtornada que nem percebeu que eu e Gabi já havíamos retornado.

Eu me senti um pouco estranha ali no meio delas, como se eu não tivesse intimidade o suficiente para estar dentro daquela situação. Nem sabia direito o que fazer. Se eu ficava ali e me sentava ou se eu me retirava para dar mais privacidade a elas. Mas logo esse pensamento se esvaiu quando Carol fez um sinal com a mão e puxou a cadeira para que eu sentasse ao seu lado.

- Cê acha que eu sou uma pessoa soberba, Rosa? - Marcela me perguntou, chorosa, ao se dá conta da minha presença ali. Pelo pouco que eu pude ver ela já estava, aparentemente, bêbada.

- Claro que não, Marcela. - respondi calmamente. - Em todas as vezes que nos encontramos nunca tive essa percepção sobre você.

Sheilla, Gabi e Carol apenas nos observavam, caladas, enquanto confirmavam com a cabeça a minha fala. A mulher ainda parecia um pouco incerta me olhando, porém não falou mais nada em minha direção.

- Bem que cê falou que ela era bonita e gente boa. - ela encarou Carol e depois começou uma nova crise de choro.

Eu tive que controlar a vontade de rir da situação. Olhei para Gabi e percebi que eu não era a única. Seria cômico se não fosse trágico. Gattaz balançava a cabeça cobrindo o rosto com uma mão e Sheilla, que estava na cadeira mais próxima, tentava acalmá-la.

Não sei quanto tempo passamos ali. Fazíamos praticamente um rodízio para tentar remediar a situação. Em dado momento, vi Carol pegar o celular e se afastar para fazer uma ligação. Ao voltar, ela me explicou que havia ligado para Renata pedindo ajuda para lidar com Marcela. Por toda a conversa que eu ouvi, tudo indicava que não era a primeira vez que aquilo acontecia e provavelmente a mais nova seria a mais indicada para resolver.

Não demorou muito para a Renata aparecer por ali. A mulher aparentou se surpreender com a minha presença. Não que ela não fora educada. Ela sempre era muito gentil comigo. Mas talvez ela não esperava que eu estivesse ali, já que após me cumprimentar dirigiu um olhar questionador para Carol que não respondeu, apenas apontou para a outra irmã. 

Não era a primeira vez que ela me olhava com curiosidade assim. Na festa de aniversário das gêmeas, ela também me dirigiu um olhar semelhante e aquilo me inquietou um pouco. Eu só não tinha uma definição se aquilo era bom ou ruim.

Enquanto as irmãs conversavam lá embaixo, eu, Sheilla e Gabi subimos para dar uma olhada nas meninas. Elas estavam quietinhas, sentada numa mesinha, rodeadas de papel e lápis de cor. Nós ficamos na porta observando a interação delas.

Those Eyes - Rosattaz Onde histórias criam vida. Descubra agora