O sexto ano para Hermione Granger se resumia em ajudar seu melhor amigo a se preparar para enfrentar o Lord Voldemort, exatamente por isso que em uma noite ela decide seguir seu pior inimigo, o que Draco estava aprontando perambulando pelo castelo à...
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Foi duro.
Foi uma luta.
Tudo culpa da Granger.
Felizmente, Draco conseguiu imitar os outros guardas de uma maneira perfeita. Era a única qualidade que ele conseguia possuir, imitar os outros.
Voltou para dentro do castelo de forma menos suspeita ou achava que estava sendo. O traje de armadura deixou Draco desconfortável, tendo que ficar em pé e permanecer imovel. O interior do castelo lembrava o salão principal de Hogwarts. Através do capacete com linha reta através dos seus olhos, no qual Draco não estava acostumado, principalmente dificultando a sua visão periférica, ele conseguiu olhar para o ambiente, notando que havia inúmeros corredores e cômodos. Porém, seguiu o caminho em direção a uma conversa paralela.
As vozes do Padre Inácio, Rei Arthur e Merlin foram ficando cada vez mais audíveis, foi quando ele visualizou o Padre oferecer vinho e um jantar que Arthur negou dizendo que após os negócios iam se esbaldar.
— Espero que a viagem tenha sido tranquila para você, Majestade. — Padre Inácio sorria enquanto os três se sentavam nas cadeiras.
O Rei Arthur era um homem com um semblante fechado, não sorriu nenhuma vez e não fez nenhum gesto que não fosse avaliado apenas como educação. Na história ele foi descrito como alegre e amigável, olhando-o de perto deve ter sido uma mentira que ocorreu através dos tempos.
— Não nego que foi uma boa viagem. — Arthur admitiu olhando para o Merlin antes do Padre Inácio. — Mas creio que a razão de eu ter feito a viagem foi por causa de rumores...
— Rumores? Sobre o quê?
— Ouvi dizer que uma moradora da Vila Edale estava tendo um episódio perturbador. "Possessão", por assim dizer. — Rei Arthur pareceu ter cuidado com as próprias palavras.
— Sim. Infelizmente. Mas não precisa se preocupar com isso, Vossa Majestade. — Padre Inácio abriu um sorriso tranquilo. — O Padre Eugênio está cuidando disso com sua irmã Petúnia.
O Rei Arthur ergueu as sobrancelhas, os olhos de Draco se arregalaram, e ele procurou Hermione pelos olhos para ver a sua reação. Que eles estavam ferrados, porém, não achou Hermione e Draco sabia que estava por sua conta sozinho.
Ou seja, mais ferrado ainda.
E ela disse que ia tentar lhe ajudar.
Mentirosa petulante.
— Padre Eugênio? Não fui informado que ele estava aqui. — Rei Arthur olhou para o Merlin. — Enviamos ele para Cymru com um trabalho totalmente sigiloso e ele não tem nenhuma irmã chamada Petúnia.
[...]
Draco estava demorando para voltar.
Mesmo falando que ele estava por conta de tudo sozinho, não conseguia evitar que seus pensamentos mudassem pela forma que imaginou Draco estragando tudo e eles indo parar na fogueira, principalmente, ela no caso. Então, Hermione ficou inquieta e ansiosa por uma informação, e não conseguiu conter a sua curiosidade e decidiu se arriscar, dando passos apressados e sem barulhos, e se escondeu atrás do arbusto perto da janela. Ela olhou mais uma vez para dois guardas que permaneceram parados na porta da entrada da frente do castelo, feitos uma estátua.
