O sexto ano para Hermione Granger se resumia em ajudar seu melhor amigo a se preparar para enfrentar o Lord Voldemort, exatamente por isso que em uma noite ela decide seguir seu pior inimigo, o que Draco estava aprontando perambulando pelo castelo à...
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A pequena cidade de Camelot não estava em paz. Draco conseguia perceber a forma agoniada que as pessoas estavam se comportando, como elas pareciam aflitas após a morte do Padre Inácio. Era o segundo assassinato em menos de um mês era de se esperar que eles estivessem preocupados com a situação.
Além do mais, conseguiu captar que matar um padre foi um dos piores crimes que poderiam ter acontecido naquele lugar. Cogitou que ninguém nunca se atreveu a sequer ir contra a igreja e o medo de acabarem mortos talvez fosse o essencial para idolatrar toda aquela hierarquia.
Aquilo era muito ruim para ele e Hermione.
Era o final da tarde quando anunciaram o enterro do Padre Inácio, contudo, assim que chegaram ao cemitério que ficava ao longe da cidade e que estava no centro de uma cerca de madeira, notou que não era exatamente um cemitério, havia poucas lápides naquele lugar. Talvez no máximo umas dez.
Ele não entendeu exatamente o porquê disso, contudo, apenas ficou parado ao lado de Hermione observando todo o processo do sepultamento. Ainda estava chocado com a situação e de como teve coragem de levantar sua varinha e matar alguém, contudo, havia percebido que foi tão fácil. Havia sido tão fácil. Quando imaginou que ele poderia denunciá-los e eles poderiam morrer, Draco não pensou.
Agora só estava acompanhando as pessoas fecharem os olhos para rezar, ele acabou fazendo o mesmo e ficaram assim por um tempo que ele nem sequer contou. Quando levantaram a cabeça após ouvir o discurso do Padre Horácio, ele havia entendido que aquele cemitério era apenas para pessoas dignas de serem enterradas, ou seja, só os padres poderiam ter aquele privilégio. Imaginando que a maioria morria queimada, era de se esperar que não tivesse um cemitério para elas. Todas deveriam virar cinzas.
Draco continuou em silêncio enquanto retornavam para o castelo, aquela tensão horrível de luto estava contaminando até ele e causando uma sensação maior de culpa. Como se fosse para respeitar a morte de uma pessoa de autoridade, o Rei Arthur suspendeu as atividades daquele dia para assim todos pudessem aproveitar o próprio luto e Draco a culpa.
— Você está bem? — Hermione sussurrou tocando em seu braço quando passaram para dentro das muralhas de Camelot e seguiram em direção ao castelo. As pessoas estavam se dispersando, cada uma indo para um lugar diferente. Draco apenas arrumou sua roupa quente quando novamente mais flocos de neve começaram a cair.
— Estou sim. — Draco respondeu.
— Você fez o certo... — Hermione murmurou baixinho fazendo ele olhá-la de maneira incrédula.
— O quê... — ele parou de falar, apenas continuou a andar sem demonstrar como estava nervoso com a situação. Apenas passaram pelos guardas e seguiram em direção ao seu quarto. — Por que você disse isso? — ele perguntou após esperar que a maioria das pessoas estivessem longe deles.
