Linha entre a vida e a morte

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 O quarto estava abafado, não havia circulação de ar para tirar o cheiro tão horrível, algo parecido como se tivesse um bicho morto em algum lugar

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 O quarto estava abafado, não havia circulação de ar para tirar o cheiro tão horrível, algo parecido como se tivesse um bicho morto em algum lugar. As janelas estavam fechadas com uma cortina vermelha bloqueando qualquer visão, a iluminação era fraca devido as velas acesas, a cama estava bagunçada junto com espreguiçada no meio. Havia uma garrafa de vinho com taças que Draco suspeitava, que todo mundo compartilhava, o que fazia seu estômago embrulhar. Ainda mais quando observou de perto alguns ratos andando pelo lugar e uma das taças jogadas sobre uma mesa de madeira com uma cor bem estranha, contudo, Elias caminhou até lá calmamente com a intenção de beber.

Ele iria vomitar.

A mulher ofereceu o vinho, mas Draco recusou balançando a cabeça. A mulher também fedia tanto que ele apertou os dedos no próprio nariz. Ele não deixou de reparar que havia herpes na boca, o que Draco não evitou de fazer careta.

Ele realmente ia vomitar.

— Não precisa ser tímido, amor. — cada vez que a mulher falava, parecia que havia engolido ovo podre, fazendo seus olhos lacrimejarem. Cadê o ar? Ele precisava urgentemente abrir a janela, precisa ir para o mais longe dali o mais rápido possível. Draco se afastou até se assustar quando esbarrou suas costas na parede, apenas ela dando passos em sua direção abrindo um sorriso de dentes amarelos e alguns dentes apostava que deviam estar podres.

— Eu sou casado... — tentou argumentar ainda assustado com aquela aproximação cautelosa e repentina daquela mulher.

— Eu sei, querido. — Senhora Alba sorriu debochada. — Aposto que sua esposa não consegue te satisfazer da mesma forma que conseguimos. — Ela deslizou os dedos nojentos na barriga até chegar cós da calça. Draco engoliu seco, arregalando os olhos. Ele começou a se sentir desconfortável quando a mão dela acariciando seu pau.

— Eu sou casado, sou fiel a minha esposa. — Draco repetiu com tom firme , agonizando com o mau cheiro.

— Não precisa se assustar. Os homens não pecam com adultério, o padre disse que é normal, certo? — Senhora Alba perguntou sorrindo, ela sempre tinha todos os homens em sua cama.

— Não. Não faz sentido. — o tom de voz de Draco saiu mais incrédulo. — E você não toma banho?

Ele olhou para o Elias que estava deitado preguiçosamente bebericando o vinho, ele parecia pronto para apenas aproveitar tudo com aquela mulher e depois olhou para a Senhora Alba.

— Tomo banho duas vezes por mês. — disse ela, não entendendo sua reação. — Não gosta do meu perfume, lindo?

— Seu perfume fede. — resmungou ainda sentindo como ela era intrometida, mas não sabia se deveria soltar a mão do seu nariz ou iria morrer com tanto fedor.

— Não precisa arranjar desculpas para se sentir culpado por sua esposa não ser boa para você. — Senhora Alba insistiu e se abaixou, pronta para chupar. Ele não precisava ser experiente para entender o que aquilo significa.

O Armário de Vassouras - Dramione 1ª TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora