06.

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-Tom, dirige devagar, por favor. - olho diretamente nos olhos de Tom, que estavam ficando vermelhos de raiva.
-Eu não estou nem um pouco afim.
-A gente nem sabe o que ele tava fazendo com aquela menina...

Vejo Tom me olhar apreensivo.

-Você não sabe quem ela é. - ele enrijece a mandíbula. -Eu vou resolver isso.

Como assim? Tom sabia quem ela era? Isso de repente se tornou tão confuso na minha cabeça, tudo parecia embolar.

Tom viu minha expressão mesmo estando de cabeça baixa.

-Vamos passar nessa lanchonete, eu gosto daqui. - diz ele me acalmando.
-Ah..por mim, tudo bem. - abro um sorriso fraco.

Tom se importava muito comigo, ele basicamente era o meu melhor amigo. Quase o único amigo que eu tinha aqui. Agradeço ao universo por bota-lo em minha vida.

O mesmo estaciona o carro. Por sorte não havia muito movimento, nenhum tipo de paparazzi,  𝑎𝑖𝑛𝑑𝑎.

-Vem, gatinha. - ele abre a porta para eu poder sair, e assim eu faço.

Entramos na lanchonete e pedimos algumas coisas para comermos. Pegamos o último lugar, dos fundos, para que não houvesse alguma movimentação ou que alguém nos veja tanto.

Eu e Tom faziamos umas gracinhas e criávamos piadas enquanto estávamos ali. Tenho que admitir que Tom era ótimo em distração.

...

-Quem é ela? - pergunto pegando o refri que estavamos compartilhando.

Vejo Tom parar de sorrir, e me olhar com as sobrancelhas arqueadas. Ele havia ficado sério e um tanto surpreso com a minha pergunta.

-Você não vai querer saber. - ele abaixa a cabeça e volta a comer.
-Por favor... - digo o olhando.

Ele ascende com a cabeça e volta a me olhar.

-Aquela era a garota que Bill havia ficado uma vez, a garota que era "fanática" nele. Eu não gosto nem um pouco dela, e Bill nem deveria manter contato com essa...porra. - ele enrijece a mandíbula.
-Mas ele disse pra mim que evitava com ela, isso não faz sentido. - começo a olhar pra mesa um tanto perdida, confusa.
-Por isso mesmo vou resolver isso.

Olho para Tom, de modo desesperado.

-Por favor, não arranja briga com o Bill. - pego na mão dele.
-Se acalma, você está tremendo muito... - ele dizia passando a sua mão na minha mão. -Eu não vou brigar com ele. Só quero entender que porra ele tava fazendo com aquela garota.

Assim, eu e Tom continuávamos conversar um pouco sobre coisas aleatórias.

Eu vi a parte mais sensível de Tom (que eu achava que não existia), e a parte mais dura de Tom. Ele era alguém forte, assim como o Bill.

Eu tinha orgulho deles.

-Tom Kaulitz???????? - uma garota gritou.

Tudo de uma forma simples se tornou uma gritaria e uma aglomeração absurda. Eu desesperei.

-Vem, rápido! - o mesmo me abraça, me colocando em seu casaco para proteger. -Por favor, tem alguma saída dos fundos???? - Tom pergunta um tanto desesperado ao dono na lanchonete.
-Venham! - ele nos puxa com cuidado.

O homem nos indicou onde era a saída.

-Muito obrigado mesmo... - Tom sorri e ascende a cabeça como forma de agradecimento.

Nós corremos até o carro e entramos de forma rápida. Tom deu a partida do carro, e assim começou a dirigir.

-Cacete... - eu boto as mãos no rosto, estava tremendo um pouco.
-Se acalma, já ta tudo bem, estamos no caminho. - diz Tom me olhando e passando a mão na minha cabeça.
-Eu vou ligar para minha mãe, pra saber se posso passar a noite na casa de vocês.

Tom ascende com a cabeça, e assim eu ligo.

...

-Ela deixou. - falo abrindo um sorriso.
-Me apresenta sua mãe quando puder. - Tom fala rindo nasal e eu o bato na barriga. -Ai!
-Hm. - rio.

𝒒𝒖𝒆𝒃𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐.

Eu estava na casa dos Kaulitz.

Gustav e Georg não estavam lá dessa vez, por estar de noite e tarde, estavam em suas casas.
Tom estava pedindo nachos para nós dois, já que Bill não chegava.

-Chega em 20min. - disse o mesmo desligando o telefone.

Tom se senta em minha frente na arquibancada.

-Preocupada com ele? - Tom me pergunta, ele sabia a resposta.
-Uhum.. - digo mexendo freneticamente em minhas unhas.
-Ei, vai acabar sangrando. - ele segura uma de minhas mãos. -Vai ficar tudo bem. - Tom me olha.

Abro um sorriso fraco. Eu não estava bem.

Passado alguns minutos, ouvi a porta bater. Era Bill?
Automaticamente olho para a porta, sim, era Bill. Ele estava sorrindo, estava bem.

-Filho da puta. - Tom vai dizendo em um tom agressivo andando em direção de Bill.
-Tom, por favor. - vou atrás dele e o seguro.

Assim, olho para Bill, que me olha desesperado.

-Você estava aqui? - o mesmo fala me olhando, respirando freneticamente.
-Desde que saímos do colégio ela está aqui, enquanto você tava com a puta. - vejo Tom encarar Bill.

Bill instantaneamente me abraça forte, como se estivesse com saudades.

Me afasto, e o olho.

-Por que você estava com ela? - digo segurando minha vontade de chorar.
-Eu...não queria. - ele abaixa a cabeça e bota sua mão em seu rosto. -Ela me puxou pra conversa, não queria parecer mal educado.
-Ah, sim. - volto a me sentar na arquibancada.
-A gente vai conversar, já voltamos. - Tom diz levando seu irmão para um outro cômodo da casa.

Por que eu estou tão preocupada e interessada com quem Bill estava? Nós dois não tínhamos nada, ele é famoso, pode muito bem fazer o que quer e estar com quem quiser...merda.

Meu coração acelera só de estar com esses pensamentos.

Até agora nada de gritos ou barulho qualquer, finalmente vejo Tom tendo uma conversa pacífica com Bill. Isso é bom.

Enquanto eu estava lendo uma revista que peguei logo ao lado da cesta de frutas da arquibancada, sinto braços quentes me abraçar por trás. Logo olho, era Bill.

-Me desculpa, meu bem... - ele fala com voz fraca, parecia ter choramingado um pouco.

Dava pra ver que era sincero o pedido de desculpas.

Me viro na cadeira mesmo, e abraço seu pescoço.

-Eu te perdôo. - falo olhando em seus olhos.
-Eu prometo não manter mais algum contato com aquela garota, nunca mais.
-Não precisa me prometer, você faz o que bem quiser, Billy.
-Eu quero que você tenha segurança em mim, a todo custo. - ele me encara. Realmente queria me manter segura.

E então eu o beijo. Bill me beijava de forma manhosa, como mais pedidos de desculpa.

Sinto algumas lágrimas descer em meu rosto. O que tá acontecendo comigo???

...

𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒑𝒓𝒐́𝒙𝒊𝒎𝒐 𝒄𝒂𝒑!

You? Bill Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora