You? Bill Kaulitz.

29.

Pov's Tom.

Acabamos de apresentar nosso show no Canadá, logo iríamos pegar nossas coisas no hotel e voltaríamos para Alemanha.

Eu estava no camarim bebendo água arfando de sede, mas não via nenhum sinal dos meninos. Apenas estava eu ali no camarim, e isso me deixava desconfortável por estar acostumado a ver todos nós juntos pós turnê.

Assim que terminei de tomar água, me recuperei e sai do camarim, andando pelos corredores cheios de agências, nem mesmo a agência do Tokio Hotel eu conseguia ver.

Isso tava fodendo comigo internamente, alguma coisa de errado tinha nesse lugar.

Eu estava andando freneticamente pelo corredor até avistar Georg correndo suando frio até mim, pegando em meus braços assim que chega em mim.

-Que porra aconteceu???? - digo frenético.
-A Mavie. - Georg falha ao falar.
-Que que tem a Mavie porra?? - digo sentindo meu temperamento subir.
-Ela vai precisar mudar para London por um determinado tempo, a mãe dela sofreu um acidente por lá, toda a família dela está por lá.
-Tá e o que que tem? - o olho.
-Nós não vamos poder ir com ela. - o mesmo olha em meus olhos.

Aquela frase tinha me despertado. O meu mundo havia desabado ali.

Eu só queria poder me sentar e chorar até não aguentar mais, mas lembrei que teria que continuar forte o suficiente para ver como está o estado de todo mundo, principalmente, Bill.

-Ok...onde está Bill e os outros? - falo tentando me acalmar e fingir que não ouvi aquela frase.
-Nos fundos. Vem, eu te levo. - disse Georg pegando em meu braço começando a andar.

Podia sentir a mão de Georg gélida e freneticamente trêmula.

Eu estava começando a suar frio, mas ainda sim acreditando que tudo ficaria bem.

-Mavie! - Georg grita.

Assim que Mavie percebe minha presença, entra em prantos, chorando descontroladamente.

-Tomas... - a mesma me abraça, fazendo com que eu automaticamente a pegasse em meu colo, apertando o abraço.
-Olha pra mim, Mavie. - pego em seu queixo.
-Hm?.. - a mesma me olha, seus olhos estavam inchados.
-Eu vou fazer essa porra dar certo, e a gente vai com você. - a encaro.

Bill estava frenético, entrando em um estado de surto. Assim deixei Mavie no colo de Georg e fui até o mesmo, pegando em seu rosto, que estava frio e pálido.

-Bill, me escuta. - o encaro. -Eu vou conseguir fazer a gente ir com ela, que horas ela tem que ir?
-No voo de 22:40. - o mesmo me olha trêmulo.
-Merda! - retiro as mãos de Bill e começo a correr freneticamente. -Eu vou fazer essa merda dar certo!

Já era 20:56, ela estaria no aeroporto pelo menos até 21:50. Eu tinha exatamente 50 minutos para convencer a agência de deixarem nós todos irmos com Mavie para London.

Entrei no camarim, procurando a chave do meu carro desesperadamente. Quanto mais eu entrava em desespero, mais eu não encontrava a porra da chave.

E finalmente, achei.

Sai daquele camarim sem olhar e ouvir absolutamente ninguém, não estava focando em nada que me diziam ou me chamavam. Eu apenas estava focado em cumprir o que eu disse, e eu sei que faria isso dar certo.

𝒒𝒖𝒆𝒃𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 (𝒄𝒖𝒓𝒕𝒂).

Eu já havia conseguido entrar no prédio da agência, estava no elevador dando leves tapas em minha perna enquanto esperava chegar ao topo da nossa agência.

Eu estava ansioso, preocupado, freneticamente desesperado internamente. Mas eu 𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑠𝑎𝑣𝑎 manter a minha postura para não dar algum tipo de surto.

Assim que cheguei, sai correndo para a agência, logo entrando batendo a porta.

-Kaulitz? Ta tudo bem? - o patrão me olhava preocupado, obviamente não sabia o que estava acontecendo.
-Por favor, permita que nós possamos ir com Mavie para London. Eu imploro. - digo ficando de joelhos, totalmente ofegante e cansado.

Eu podia ver a galera da agência se entreolhar e cochicharem entre si, enquanto eu estava quase desmaiando naquela porra daquele chão.

-Desculpe, Sr. Kaulitz; mas não podemos permitir isso. - dizia o mesmo friamente. -A Mavie deve ir sozinha, vocês vão voltar para a Alemanha.
-Não..não, não, não. - digo me levantando rapidamente e batendo na mesa com fúria. Meu cansaço havia ido embora no mesmo instante, e a ira havia estabelecido naquele mesmo momento. -A gente precisa ir com ela! Você não entende nada dessa porra!
-Sr. Kaulitz! Se acalme! - grita o patrão da agência se levantando com calma, enquanto alguns deles se aproximavam de mim.
-Se alguém me encostar nessa porra, eu juro que saio daqui preso. - digo encarando todos que estavam ali presentes.
-Desculpe novamente, mas não podemos deixar vocês irem. - o mesmo me encara.

Assim, bato mais uma vez naquela mesa e saio frustrado daquela sala.

Entrei no elevador. Eu estava frustrado internamente, e cheio de fúria externamente. Eu estava chorando, mas era de raiva.

Eu não havia conseguido cumprir o que eu havia dito. Eu me sentia alguém sem valor algum.

O Tom Kaulitz confiante em si mesmo, havia se desfeito por ali. Eu dava alguns tapas fortes no metal de elevador, enquanto chorava freneticamente.

Sai dali, logo destravando o carro.

Não havia mais lágrimas em meu rosto, apenas fúria e ira em meus olhos.

𝒒𝒖𝒆𝒃𝒓𝒂 𝒅𝒆 𝒕𝒆𝒎𝒑𝒐 (𝒄𝒖𝒓𝒕𝒂).

-E ai?? - dizia Gustav chegando perto de mim com olhos puros, de esperança.
-Não. - enrijeço a mandíbula, olhando para frente, logo encarando Mavie, que estava deitada ao colo de Bill cochilando. -Aqueles filhos da puta!

No mesmo instante, sinto Georg me puxar para dentro do corredor e me encorar na parede.

-Se acalma ai, cara! - o mesmo me encara.
-Não encosta em mim, Georg. - o empurro.
-Tom, chega. -Bill aparece ao meu lado. -Olha o que você ta fazendo.

Assim eu olho ao Georg, que me olhava com olhos preocupados comigo.

Eu havia me tocado que estava agindo de forma completamente diferente do que eu tinha prometido a mim mesmo que não seria enquanto dirigia até a porra daquela agência.

Automaticamente abracei Bill com todo o tipo de força que eu tinha, e ele também.

Nós sentíamos que estávamos próximos da estaca zero novamente, estávamos desesperados internamente sem saber o que fazer.

Até ver Bill botar suas mãos em meu rosto, fazendo com que eu olhe para o mesmo.

-Se for pra ela ficar um tempo lá, ela irá ficar. Se for pra fazermos alguns turnês sem ela, a gente faz. Se for pra ficar sem ela por um tempo, a gente fica. Nós temos a nós mesmos. Enquanto ela estiver fora, todos nós vamos se autoajudar para que nenhum de nós perca a cabeça. - dizia Bill me olhando puramente, dizendo palavras sinceras.

Tudo o que ele disse era verdade, eu não podia discordar.

Mas eu ainda estava me remoendo por toda a informação que eu tinha em minha mente.

...

𝒂𝒕𝒆́ 𝒐 𝒑𝒓𝒐́𝒙𝒊𝒎𝒐 𝒄𝒂𝒑!