A GAROTA DO TOKIO HOTEL [cancelada]

CASA NOVA

É uma quinta feira, exatamente 17:07, estou sentada na bancada da cozinha ouvindo Bill e Tom explicar para a minha mãe porque preciso ficar na casa nova deles até o show.

Estou cansada demais porque no dia anterior ajudei eles a fazer o restante da mudança.

– Precisamos estar disponíveis sempre – Explica Bill. – Vamos gravar um clip e pretendemos começar a fazer vlog da nossa vida e a ajuda da S/N é indispensável.

– Sem falar que é perto – Completa Tom. – Uma ligação e qualquer um dos dois trás ela aqui imediatamente, os dois tem carro.

– Levamos e buscamos no curso – Diz Bill. – Mas sem ela vai ser complicado. Principalmente no começo.

Minha mãe me olha – S/N? Se sente confortável com isso? – ela me pergunta.

Os meninos encaravam até o fundo da minha alma.

– Claro – Respondo com confiança. – São meus amigos mais antigos, que mal poderia acontecer. – Dou a volta no balcão ficando entre os dois. – E como eles disseram, terei dois motoristas particulares para tudo. E é momento de ascensão da banda e as ideias foram minhas.

Minha mãe vai até a geladeira e pega quatro garrafas de cerveja e permanece em silencio.

– E além do mais – raspo a garganta quando começo a falar. – Posso usar todo esse material para meu curso de cinema que você sabe que é o meu sonho.

– Certo. – Diz ela abrindo as garrafas. – Uma ligação e quero ela aqui em 20 min.

– Certo. – Responde Bill e Tom ao mesmo tempo.

– Vamos brindar – diz a minha mãe entregando uma garrafa para cada.

Estava completo, no dia seguinte iria me mudar para a casa dos Kaulitz.

Os meninos sobem comigo para me ajudar a empacotar o que realmente precisava levar.

– Porta aberta Kaulitz – Falo para Tom sem precisar olhar para ele.

– Calma gata. Vai ficar aberta por hoje – ele responde sarcástico.

– Ok, o que vai levar? – Pergunta Bill.

– Bill pode empacotar meus livros – aponto para a caixa que ele poderia usar.

– Tom pode arrumar meu equipamento e câmeras. – aponto para onde estava.

– Podíamos nos gravar né? – Diz Tom como se tivesse tido uma brilhante ideia.

– Mas vlog é se gravar. – Respondo ele.

– Vocês entenderam. – Diz ele sorrindo de lado. – Se a banda não der certo, vou ser ator pornô e esse pode ser o meu primeiro filme.

Jogo uma almofada nele. – Você é um lixo.

– Reciclável – completa ele.

2h depois e tudo estava arrumado. Os meninos já desceram as caixas que levaríamos de começo e deixaram na sala. No dia seguinte iriamos sair as 8h da manhã, para conseguir terminar de arrumar a casa e fazer uma pequena social da banda.

Nós três estamos sentados no meu quarto conversando sobre coisas aleatórias. Eu olhava em volta e via meu quarto tão vazio e era estranho.

– Não vai chorar né? – Pergunta Tom.

– Claro que não – Minha voz vai diminuindo conforme eu falo – Só é estranho.

Bill encosta a cabeça na minha perna e faço cafuné nele, até ali naquele momento tudo ainda parecia normal e eu não sentia que tinha entrado numa loucura.