O acidente.

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Eu e Tom estávamos no carro indo o mais rápido que conseguíamos até o hospital. – Já avisei a Amber, ela vai com o pessoal para lá encontrar a gente.

Tom só concorda com a cabeça e continua dirigindo. Não tinha o que ser dito, os dois estavam apreensivos e queriam respostas.

Assim que chegamos fomos correndo para a emergência. –  Bill Kaulitz.  – eu falava tentando recuperar o folego. – O paciente Bill Kaulitz, onde está?

A atendente encara eu e o Tom, não de uma forma ruim, mas como se estivesse com pena de nós. – Ele está em cirurgia, o médico procurará por vocês assim que terminar.

Ficamos na sala de espera, Tom andava de um lado para o outro, eu estava sentada mas as minhas pernas balançavam. Escutamos vozes conhecidas e era Amber chegando com os meninos.

– Viemos o mais rápido que pudemos, como ele está? –  Amber falava me abraçando.

– Está em cirurgia. –  responde Tom. –  Eu vou ligar para a minha mãe, se o médico aparecer pede para me esperar. –  Tom vai em direção a saída.

–  Amiga ele vai ficar bem, ele é forte. –  Amber segurava a minha mão.

– A última coisa que eu falei para ele foi que eu o odiava, eu não quero que isso seja realmente a ultima coisa que eu possa ter dito. –  começo a chorar.

– Não vai ser, já já o médico vai vim e vai dizer que está tudo bem. –  ela me abraçava.

Tom volta depois de alguns minutos. –  Ela e o meu pai vão tentar pegar um avião pra cá ainda hoje. Mas acho difícil por conta da chuva. –  ele fala enquanto se senta ao meu lado e segura a minha mão.

Passada algumas horas nós quatro continuávamos esperando respostas. Nada do médico sair da sala, até que escutamos barulho de salto na nossa direção, era Emily. – Desculpa, não conseguir ver o celular eu estava no serviço.

Ela veio só para completar o grupo dos apreensivos.

Tom voltou a andar de um lado para o outro e a sua insatisfação por falta de respostas já estava transbordando. – MAS QUE PORRA!

Até que vemos um médico vir na nossa direção. –  São parentes do Sr. Kaulitz?

–  Sim sou irmão dele. –  Tom falava se aproximando e todos nós levantamos para falar com o médico.

– Seu irmão chegou aqui realmente muito mal, não sei como aguentou chegar com vida. Está com alguns ossos e costelas quebradas, mas conseguimos conter o sangramento. De inicio ele não corre nenhum perigo de vida mas...

– Mas o que Dr? –  pergunto me aproximando.

– Ele está em coma, não está respondendo. Pode ser passageiro, coisas de alguns dias, como também pode não ser. E se ele acordar, muito provavelmente ele tenha sequelas.

Eu estava aliviada, Bill estava com vida, mas talvez não pudesse ter a vida que tinha antes.

Tom jogava a cabeça para trás e se encostava na parede, aquilo parecia um filme de terror interminável.

– Assim que ele for alocado no quarto a enfermeira vem avisar vocês, se me dão licença.

Ficamos ali, nos seis nos encarando, sem saber o que falar.

Pouco tempo depois a enfermeira nos libera para ir até o quarto, Bill estava todo machucado e ligado a vários fios. 

– Meu Bill... –  eu falava tocando nele com cuidado – Acorda por favor meu amor.

A GAROTA DO TOKIO HOTEL [cancelada] Onde histórias criam vida. Descubra agora