A vida perfeita

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Estava um dia claro, com um sol quente. Eu aproveitava sentindo a brisa batendo na minha pele enquanto o sol me aquecia.

– Flocos, seu preferido. – falava Dylan me entregando um sorvete. – Que dia bom pra vir no parque né?

– Obrigada querido. – pego o sorvete. – Sim. O dia está maravilhoso, as meninas pegaram também?

– E quando aquelas formiguinhas negam sorvete? – Dylan responde sentando do meu lado e me dando um beijo. – Ainda precisamos ir no mercado comprar algo para a janta.

– Laura, Helena. – eu falo mais alto para chamar a atenção delas. – Vamos princesas, mamãe e papai ainda tem que ir no mercado.

Elas vem correndo com a boca suja de sorvete. – Podemos comprar balas? – falava Laura.

– Mas só vai comer depois do jantar. – eu falo limpando a boca delas.

– YESSSS! – as duas comemoram.

No caminho até o mercado o carro é repleto de músicas infantis e Dylan brincando com as meninas.

Elas tinham três anos e com toda a certeza eram as meninas mais espertas do mundo. É essa inteligência toda me assustava, por que eu não sabia quando poderia começar as perguntas delas.

Há quatro anos, quando eu descobri a verdade sobre Tom e Amber eu só me retirei, eu já não aguentava mais viver me quebrando e sendo concertada. Eu queria uma vida estável, eu não queria mais segredos.

Eu no início me abriguei na casa do Dylan, eu não tinha para onde ir. Eu não queria ver Bill, não queria ver o Tom, não queria ver a Amber. No meio tempo que Dylan me abrigou eu comecei a passar muito mal e quando fomos no médico lá mostrava que eu estava grávida e que eram gêmeas.

Meu mundo desabou, eu não sabia o que fazer, eu não queria minhas filhas no meio daquela imundice que eles viviam. Eu não sabia o que fazer.

Eu decidi ir embora mesmo grávida, ir para um lugar novo e começar uma nova vida, quando contei para Dylan ele prontamente se propôs a ir comigo e como eu não tinha interesse em que os Kaulitz registrassem a criança ele assumiu as duas.

Fomos para a cidade natal dele, uma cidadezinha bem afastada, chegando lá nos casamos e aproveitamos toda a gestação juntos. Dylan era muito presente, ele me mimava e fazia questão de me acompanhar em todos os exames. Ele chorou igual uma criança quando escutou o coração das meninas pela primeira vez.

Com o passar dos dias eu aprendi a amar Dylan, tudo com ele era muito tranquilo. Tudo com ele era leve, eu não precisava me preocupar e pensar no que iria fazer a frente, nem com pessoas obcecadas atrás da gente.

Dylan chegava do serviço e conversava com a minha barriga todos os dias, ele entendia a minha mudança de humor e me acalmava.

Teve uma vez que ele chegou e eu estava sentada chorando no sofá.

– O que aconteceu? – ele larga a mochila no chão e vem correndo na minha direção.

– Eu não consigo amarrar meu sapato. – eu respondo chorando. – eu tô horrível.

Dylan começa a rir e amarra o cadarço do meu tênis. – Por que você não usa uma sandália? – ele fala me olhando. – E você está linda, mais linda do que no dia que te conheci.

– Eu tô um bagaço. – respondo secando as lágrimas.

– eu trouxe uma coisa para te animar. – ele fala com um sorriso de canto.

– O que?

– Sorvete de flocos. – ele fala me dando um beijo. – mas só depois do jantar.

Nossas noites era repleta de conversas sobre o dia a dia dele no serviço, sobre a decoração do quarto das meninas e se eu iria ou não dar conta de tudo.

A GAROTA DO TOKIO HOTEL [cancelada] Onde histórias criam vida. Descubra agora