Overdose

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Já tinham se passado alguns dias desde que o plano #VoltaTom tinha começado.
Amber, Bill e Emily não me contavam nada e isso me deixava totalmente ansiosa.

Eu acordo com o meu telefone tocando.

– Alô?

– Bora vadia, temos um problema para resolver. – dizia Amber do outro lado da linha.

– Qual problema?

– Passo aí em 20 minutos, se arruma.

– Amber, que horas são?

– 5h10 da manhã, vai logo.

Eu desligo o telefone e vou me arrumar já que Amber estava vindo me buscar, deixo uma mensagem para Bill avisando que estava saindo para resolver algum problema com Amber. Alguns minutos depois ela me manda mensagem avisando que chegou.

Desço no elevador e ela está estacionada em frente à entrada do meu prédio.

– O que tá pegando Amber?

– Não surta amiga...

– Aí caralho...

– Tom teve meio que uma "overdose" e nós vamos no hospital resolver as coisas.

– Overdose? Como assim? O que ele usou?

– Aí amiga. – Amber segurava o riso. – overdose de Viagra

Eu não sabia se eu ria eu sou ficava perplexa com a informação.
Chegando no hospital nos apresentamos e subimos direto para o quarto do Tom.

– Licença – falava Amber ao entrar. – Vim assim que recebi a sua ligação.

– Você não contou pra ninguém... – Tom ficava mudo ao ver.

– Desculpa, ela estava comigo na hora e insistiu para vir. – Amber mentia descaradamente. – O que aconteceu?

– Tomei remédios demais, só isso. – Tom respondia sem ao menos me olhar.

– E como está se sentindo? – Eu falava me aproximando.

– Fiz uma lavagem estomacal, me sinto meio estranho. Mas o médico disse que é normal. – ele respondia olhando Amber.

– Bom, eu vou ir falar com o médico para ver os cuidados que você precisa. – Amber fala saindo do quarto, me deixando sozinha com Tom.

– Por que você insistiu para vir? – ele me perguntava.

– E-Eu não poderia ficar tranquila sabendo que você está no hospital.

– Eu tô bem, já pode ir embora. – ele falava sem me olhar.

– Eu não vou embora Kaulitz. Eu vou ficar e te levar para a casa, comprar os seus remédios e cuidar de você. – eu falava segurando a mão dele e ele apertava a minha.

Um tempo depois vejo que Tom adormeceu segurando a minha mão.

Amber entre e vê a cena dele dormindo. – ele vai ganhar alta daqui algumas horas, vou pedir para o Steeven buscar vocês tá? Eu preciso ir por que amanhã é a entrega da premiação deles.

– Vai lá eu fico com ele aqui. – respondo baixinho

Sem ao menos perceber eu acabo cochilando no braço de Tom e acordo com o médico entrando no quarto.

– Bom dia. – o médico falava entrando.

– Desculpa, acabei pegando no sono. – respondo ainda mole.

Tom ainda dormia profundamente.

– O senhor Kaulitz teve um início de overdose, mas conseguimos conter fazendo uma lavagem. Hoje será melhor ele manter repouso mas amanhã ele já estará bem. – O médico dizia enquanto me entregava os papéis dos exames de Tom. – recomendo que fique de olho nele nesses dias, não é normal um rapaz tão jovem tomar tantos... estimulantes em um curto espaço de tempo.

Eu concordo com a cabeça e o médico sai, no mesmo instante Bill me manda mensagem pedindo para que eu ficasse com Tom, que ele ajudaria Amber a resolver as coisas da entrega da premiação.

Eu sabia que eles estavam usando a situação para gente se aproximar, mas mesmo se eu quisesse eu não deixaria Tom sozinho nessa situação.

– Querido. – eu balançava Tom de leve. – preciso te levar para casa.

– Só mais cinco minutos. – ele murmurava.

– Tom, vamos. Lá na sua casa eu prometo que você vai dormir de novo. – continuo balando ele de leve.

Tom começa a despertar devagar, como se seus pensamentos estivessem voltando para o seu corpo te trazendo para a realidade.

Ele solta a minha mão. – Desculpa por isso.

– Está tudo bem, vamos para sua casa?

Ajudo Tom a se levantar e vamos juntos para a saída de emergência do hospital onde Steeven nos esperava.

O caminho até em casa foi silencioso, eu não sabia como puxar assunto com ele.

– Prontinho. – falo acompanhando Tom até o quarto dele. – Quer água? Quer comer alguma coisa?

– Tá de boa, meu estômago ainda dói um pouco. – ele fala se deitando. – Você já pode ir embora se quiser.

– Mas eu não quero.

– Você tá complicando as coisas S/n. - Tom falava me olhando.

– Você está mal, eu vou ficar de olho em você. Aqui do seu ladinho. – falo puxando uma cadeira para o lado da cama dele.

– Você quem sabe. – ele se vira de costas para mim.

– Por que você tomou tantos... estimulantes?

– Era uma festa, fui no embalo. – ele respondia sem me olhar.

– Você sabe que pode conversar comigo...

– Não posso S/n, nosso contato agora é totalmente profissional. – eu sentia incômodo na voz do Tom.

– Eu não parei de gostar de você Tom, nem se quer por um único segundo. – respondo baixo.

– Isso não é o suficiente para mim. – ele continua virado de costas para mim.

Eu me deito atrás dele, me arrumo embaixo da coberta e o abraço. – Eu sei disso. Só preciso que confie em mim.

– Não faz isso comigo...

– Descansa Tom, eu vou ficar aqui te olhando dormir e quando você acordar eu ainda estarei aqui.

Sinto a respiração do Tom ficando mais pesada conforme os minutos iam passando.
Eu me aconchegava mais no calor do corpo dele.

A GAROTA DO TOKIO HOTEL [cancelada] Onde histórias criam vida. Descubra agora