Tenho um plano.

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Já fazia alguns dias que eu tinha voltado do hospital e a única coisa que eu conseguia fazer era ficar deitada no quarto com uma nuvem de depressão pairando sobre a minha cabeça.

O pouco que eu me alimentava era quando Bill ou Tom me obrigavam a comer, eu não tinha forças para fazer nada e não conseguia dormir bem, as poucas horas de sono que eu tinha por dia eram tomadas por pesadelos repleto de sangue e o médico vindo me avisar que não conseguiu salvar o meu bebê.

– Oi amiga. –  Amber falava entrando no quarto.

Eu somente olhava e não respondia nada.

– Vamos sair do quarto hoje? –  ela falava abrindo a janela do meu quarto.

– Eu não quero.

– Mas você precisa...

– Eu quero ter a minha vida de volta.

– Isso vai doer mais em mim do que em você. –  Amber respirava fundo. – Lá vai. Eu não imagino como está sendo para você, mas não foi só você que perdeu o bebê. Você já se perguntou como o Bill está?

– Na verdade não. –  Eu respondo me sentando na cama.

– Você não vai ter uma vida normal, nunca mais. – Amber continuava. –  Você escolheu ficar com os dois e mesmo que agora você desista desse relacionamento, todos no mundo já conhecem você, eles sempre vão estar na sua história, então você nunca mais poderá ser normal.

– Mas Amber...

– Mas nada amiga. Você vai tomar um banho, abrir a janela desse quarto e vai descer comigo porque tem muita gente preocupada com você. E é egoísta você se trancar dessa forma e deixar todo mundo sem saber o que fazer.

Amber ia até o meu closet escolher uma roupa.

– Mas eu não quero...

– Ai você não entendeu, você vai comigo. Querendo ou não querendo. E já marquei um médico para você, amanhã você tem psiquiatra para tomar um remedinho e logo depois terapia. –  Amber parava na minha frente. –  Isso não vai se curar sozinho, você vai precisar de ajuda e nós vamos ajudar.

Eu abraçava Amber, ela definitivamente era a melhor amiga que alguém poderia ter.

– Vou tomar um banho. –  eu falo me levantando.

–  Te espero aqui. –  ela responde sorrindo.

Lavo meu cabelo e me arrumo, acho que é a primeira vez que sinto esse 5% de energia em dias.

– Quem está lá em baixo? –  pergunto enquanto penteio meu cabelo.

– Os sete de sempre, com você oito. –  ela responde mexendo no celular.

– Sete? –  pergunto estranhando.

– Dylan está lá embaixo.

Quando eu desço está todo mundo na cozinha e eles batem palma quando entro no ambiente.

– Por que estão batendo palmas? –  pergunto estranhando a situação.

– Decidimos que vamos comemorar cada pequena conquista nossa. –  falava Bill.

– Você vir até aqui é uma grande conquista. –  completava Tom.

No mesmo instante Georg e Gustav vem na minha direção e me abraçam, acho que a ultima vez que abracei eles daquela forma foi na nossa adolescência. 

– Ficamos preocupados. –  Falava Gustav.

–  Mas sabemos o quão forte você é. –  completava Georg ainda me abraçando.

A GAROTA DO TOKIO HOTEL [cancelada] Onde histórias criam vida. Descubra agora