O outro lado da tempestade.

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(Pov: Bill e Tom)

Estávamos anestesiados. Foram muitas informações de uma só vez, não imaginávamos perder a S/n, não dessa forma. Sabíamos que um dia ela poderia ir embora, por que uma relação a três realmente é difícil, mas a gente achava que teria mais alguns anos e ai talvez já tivéssemos nos acostumado tanto um com o outro que a ideia de ir embora seria nula.

A gente escuta os passos dela na escada, nossos olhares cheios de tristeza se cruzam, mas não temos nada para dizer que possa impedir.

O silencio da casa é tomado pelo barulho da chuva, tudo ficou vazio no momento que ela colocou o pé para fora.

Vocês abririam mão do Tokio Hotel por mim?

Aquelas palavras batiam como sino dentro da nossa cabeça e a cada badalada o som ficava mais alto.

Nunca percebemos como aquela casa era grande e a cada pingo de chuva que caia, ela se tornava maior.

***

- Telefone toca - Mãe da S/n -

– Alô

– Bill?

– Oi.

– O Tom está com você?

– Sim.

– Coloca no viva voz.

– Pronto.

– Olha eu não sei que tipo de relação maluca vocês tinham com a S/n, mas ela nunca vi ela tão feliz. Sabe, vocês trouxeram um lado dela que acredito que ninguém mais consiga. Uma mãe não deveria falar isso, eu deveria apoiar os sonhos dela mas eu acho que é besteira ela ir para Los Angeles, eu sei que ela pode realizar tudo isso acompanhando vocês. Eu sei o quanto vocês devem estar tristes ou com raiva, mas se vocês amam a S/n, não deixa ela ir. O portão o vôo dela é o 483 e eu espero encontrar vocês lá.

- Ligação encerrada. -

Eu e Tom nos olhamos, não tínhamos reação.

– Você abriria mão do Tokio Hotel por ela? – pergunta Tom.

– Abriria. – responde Bill.

– E por que não disse nada ontem?

– Por que eu não sei se você abriria mão por ela.

– Eu abriria mão de qualquer coisa pra ela voltar. – responde Tom.

Nós dois então fomos correndo pro carro

– Será que vai dar tempo? – pergunta Bill

– Vai ter que da. – responde Tom acelerando.

**

– Porra Tom, falta 5 min para o horário do embarque dela.

– Tenta ligar pra ela, diz que estamos aqui no aeroporto.

– Tá dando caixa postal, que porra.

– Ali a mãe dela.

Fomos correndo até a mãe da S/n.

– Cade? Cade ela? – pergunta Bill

A mãe dela olha triste. – tentei segurar o máximo que deu. – ela respondeu.

– O avião decolou. – diz Tom olhando os vidros.

**

No carro ficamos em silêncio. Bill insistia incansavelmente ligar para S/n mas sempre caindo na caixa postal

– Esquece ela não vai atender. – diz Tom.

– Não faz sentido isso, quando que a gente saiu do Eu te amo para ela estando infeliz e indo para Los Angeles? – reclama Bill.

– Ela não estava infeliz. Mas ela precisava passar por isso, a única coisa que podemos fazer agora é respeitar. – completa Tom.

– Mas a gente abriria mão de tudo por ela. – diz Bill triste.

– Mas ela não faria o mesmo pela gente. – completa Tom.

**

Chegando em casa a Chloe vem correndo cheirar o pé do Tom. – Desculpa, não consegui trazer ela de volta. – Diz Tom enquanto pega Chloe no colo.

A GAROTA DO TOKIO HOTEL [cancelada] Onde histórias criam vida. Descubra agora