21. Não Pode Ser Possível

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Han Jisung




— Jisung, ainda bem que está em casa. Seu pai está furioso e... Senhor Lee? — Scarllet que falava com rapidez parou no instante em que viu o alpha.


— Já disse que pode me chamar de Minho. — Riu. — Bom te ver de novo, Scar. — Sorriu simpático.


— Também estou contente em te ver mais uma vez por aqui. — Retribuiu o sorriso.


— Scar? — Chamei sua atenção.


— Sim? — Perguntou ainda distraída com o olhar admirado em nossas mãos entrelaçadas.


— Você entrou na sala como um furacão dizendo que... — Ela arregalou os olhos e me interrompeu.


— Sim, me desculpe. Seu pai está com muita raiva do seu irmão. Estou com medo de algo ruim acontecer com Jenie. — Seu rosto se contorcia em aflição.


— E o que eu tenho com isso? — Arqueei uma sobrancelha fazendo pouco caso da notícia.


— Jisung, por favor, seu irmão precisa de você. Esqueça por um momento o que ele já te fez. Sei que não vai deixar algo acontecer com ele, meu bom menino. — A analisei e suspirei derrotado aceitando que seu argumento era válido e totalmente a verdade.


— Okay, onde eles estão? — Olhei para o corredor.


— No escritório. — Respondeu rapidamente e apontou.


Eu ia correr até o escritório mas fui interrompido ao sentir meu braço ser puxado para trás.


— Eu vou com você! — Minho determinou.


— Isso é sobre a minha família. Por favor, só espera lá na sala ou no meu quarto. Meu pai é um bruto, não é muito difícil de acontecer e não é muito bonito para uma visita escutar seus gritos e insultos.


Quando ele estava prestes a rebater ouvimos barulho de vidro se quebrando e gritos abafados vindo do corredor.


Saí correndo em direção ao escritório ouvindo os passos apressados de Minho atrás de mim.



Lee Minho


A cena que encontramos ao chegar no escritório era inacreditável. Vasos e objetos de vidro estavam sendo quebrados por um Jenie em fúria, e o pai dele tentava conter seu ataque.


— Jenie! — Me assustei com o grito de Jisung assim que o irmão recebeu um tapa na lateral do rosto.


— Conte! — Mark gritava com o filho e segurava seu rosto em nossa direção. — Conte o que fez e quais serão as consequências! — O escritório ficou em completo silêncio depois de sua ordem.


Alguns instantes depois Jenie começou a murmurar coisas inaudíveis.


— Um pouco mais alto! — Mark gritou segurando o rosto do filho com mais força a ponto de tornar a pele pálida em um tom escuro de vermelho.


— Eu vou ter um bebê! — Gritou. — Eu estou grávido! — Se debateu para que o pai o largasse. — Me larga! — Grunhiu.


— Isso não pode ser verdade... Jenie? — Jisung perguntou em uma mistura de confusão e surpresa.


— Vai dizer quem é o pai da criança ou não? — Mark tornou a gritar.


— Do que isso importa para eles agora? — Jenie gritou e Mark o soltou fazendo o mesmo cair no chão de joelhos em um baque surdo.


— Você tinha que ter arranjado um alpha primeiro antes de ter um filho. É só o que eu exigi. — Apontou. — Então diga quem é o pai! — Disse entre os dentes.


— Minho. — Arregalei os olhos. — O Minho é o pai. — Me olhou em culpa e aflição.


Não pode ser possível.



Han Jisung


— Minho? — O chamei com cautela. — V-você é o pai? — O vi ficar em absoluto silêncio parecendo atordoado. — Eu... Não acredito, isso é muito para mim. —  Saí correndo do escritório sentindo minhas pernas ficarem fracas, como se o chão estivesse abrindo sob meus pés.


— Jisung! — Ouvi os passos de Minho atrás de mim e seu chamado rouco.


— Apenas vá para casa! — Pedi.


— O nosso trabalho não... — Tentou argumentar.


— Foda-se! — Me virei. — Fique longe de mim! — Senti as lágrimas rolarem por minha face.


...

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