familia perfeita

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Sn on

Fez uma semana em que a mãe de Sam e Dean havia voltado, eles estavam tão felizes, até Castiel estava feliz. Sorrio e vou para a sala.

Eles estão sentados no sofa conversando e eu os observo, se minha mãe não tivesse me abandonado ou se meu pai não tivesse sumido, tudo seria diferente. Eu poderia ter uma vida normal e principalmente feliz.

Dean-"vai ficar parada ai? Senta aqui" ele aponta para a poltrona a frente deles e eu me sento.

Cruzo minhas pernas e entrelaço meus dedos me sentindo desconfortável por imaginar estar estragando o momento em familia.

-"eu não queria atrapalhar o momento de vocês." Sorrio sem graça e Mary diz:

Mary-"você nunca atrapalha." Ela sorri gentil e eu sinto meu rosto esquentar.

Eles começam a conversar entre si e eu apenas olho para eles, penso em toda a minha infância e abaixo minha cabeça. Sinto meus olhos ardendo e respiro fundo, começo a balançar minha perna apenas querendo sair dali.

Dean-"Sn? Tá tudo bem?" Ele se aproxima e me olha preocupado.

-"ah sim, eu só preciso beber água, já volto." Me levanto e corro pra cozinha, me apoio na pia sentindo meus pulmões latejarem procurando por ar.

Isso não pode estar acontecendo, não agora.
Droga.

Respiro fundo tentando recuperar minha sanidade, minhas mãos começam a tremer e sinto minhas pernas vacilarem, aperto mais a borda da pia e fecho meus olhos, respiro e inspiro contando até dez.

Abro meus olhos um pouco mais calma e solto a borda da pia, pego um copo e coloco um pouco de agua para eu beber.

Bebo rapidamente e volto para a sala, sorrio tentando desfarçar e parece que funcionou.

-"bom, eu vou para o meu quarto, qualquer coisa é só me chamar." Sorrio saindo de lá e indo em direção ao meu quarto, encosto na maçaneta e respiro fundo, abro a porta e me tranco dentro dele.

Algumas horas depois escuto batidas na porta e vou a abrir.

Mary-"oi, eu e os meninos vamos ir em um caso, quer vir junto?" Ela pergunta sorrindo e eu aceno com a cabeça que sim.

-"so vou me arrumar e já vou." Ela vai em direção a sala e eu troco de roupa e me arrumo, pego minhas facas e meu colar de proteção. Vou em direção a sala e eles se levantam.

Dean-"prontos? Então vamos." Ele diz saindo do bunker e sigo ele.

Após uma caçada bem sucedida, estamos em uma casa que nem sei onde fica, Sam e Mary conversam e Dean fica parado na janela observando o quintal e a rua.

Dean-"nossa, essa grama tá um pouco grande né?" Ele pergunta para Mary e eu o olho sentando em uma poltrona marrom perto da mesa.

Mary-"você.... Quer aparar a grama?" Ela pergunta receiosa.

Dean-"eu adoraria" responde a olhando e sorrindo, Dean corre para o lado de fora e busca o aparador.

Vou até a escada que dá de inicio a porta de entrada e me sento, observo ele comandando o carrinho desajeitado e sorrio. Ele me olha e sorri com um brilho nos olhos.

Dean só queria ter uma vida normal, longe de tudo isso, não é como se eu e os outros não quiséssemos isso também é que Dean é o mais velho de todos tirando o castiel.

Olho para meus pés e suspiro desmanchando meu sorriso, coloco meu cotovelo em cima de um dos meus joelhos e apoio meu rosto na palma de minhã mão.

Dean-"ai ai, que dia lindo hoje né?" Pergunta me olhando e se sentando ao meu lado, sorrio sem mostrar os dentes e o olho.

-"tem razão, está bem quente." Olho para o céu azul claro cheio de nuvens de formatos diferentes.

Dean-"ah... As vezes só queria viver isso mais vezes, passamos por muita coisa Sn, eu só... Tô cansado" ele desabafa soltando o ar preso em seus pulmões, desvio meu olhar do céu e o observo.

-"Dean, você não está sozinho, eu estou aqui com você." Digo sincera.

Dean-"obrigado" ele sorri e encosta sua cabeça em meu ombro.

-"sabe... Eu fui criada como uma criança normal, mas meu pai nunca foi tão presente. Sempre que ele saia eu dormia nas vizinhas de casa e nenhuma delas gostavam de mim"- solto uma risada nasal. -"minha mãe nem lembrava mais de mim, sempre fui zoada na escola por ser a menina indefesa"- reviro meus olhos e ele ri. -"eu era a menina perfeita, um exemplo de criança e aluna, mas quando completei 15 anos o meu pai sumiu, meu mundo acabou. Eu não sabia quem eu era mais, minhas notas começaram a cair e o bullying foi apenas aumentando, foi ai que começei a ter crises de ansiedade e pensamentos ruins. Ele era minha única família e agora eu tenho vocês." Sorrio sentindo meu coração acelerar, minhas mãos soarem e começo a respirar mais rápido.

Ele acaricia minhas costas e diz:

Dean-"poisé, meu pai nunca foi tão presente também mas fazia de tudo pra nos ver feliz." Suas palavras vacilam e eu faço carinho em seus cabelos.

-"Dean, mesmo que seu pai não demonstrasse, ele te amou com todo o coração, eu tenho certeza disso." Termino de falar e sinto seus braços ao meu redor e me apertar.

Dean-"obrigado..... Muito obrigado mas acho melhor entrarmos, vai que eles acham que a gente desapareceu." Ele se afasta de mim e se levanta, eu rio e me levanto também.

-"você sabe que eles não vão pensar isso né?" Pergunto rindo da cara dele.

Dean-"você não sabe" ele estica seus braços para os lados e eu reviro os olhos sorrindo.

-"vamos entrar então."- Deixo ele ir na frente e quando me viro pra fechar a porta vejo alguem de preto parado no quintal do nosso vizinho de frente. -"Dean, você ta vendo isso?" Pergunto e aponto para o homem.

Dean-"isso o que? O cara ali?" Ele aponta para outro homem eu olho para Dean e ele olha para o mesmo lugar que vi o homem.

-"ah Dean, não é pos.....sível" o homem desapareceu quando olho para o lugar novamente.

Dean -"eu vi, não se preocupe, você não é louca." Olho séria pra ele e ele ri, fecho a porta e entramos novamente na casa.

Fique Comigo ~ Dean WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora