45, Katie.

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Alerta Gatilho:Problemas com a mãe.

Alguns dias se passaram, o que para Amber pareciam ser anos. Ela via Tom em algumas entrevistas, mas não estava como antes, ele estava calado. E quase não fazia piadas de duplo sentido, e tampouco dava em cima das entrevistadoras.

Bill parecia abalado, e seu jeito animado e contagiante passou ser neutro. Seu sorriso passou a ser um risinho de canto. As vezes Amber recebia ligações de Bill, onde conversavam sobre estavam atualmente. Mas nunca sobre o Tom.

Seis meses depois do acontecimento, Amber não sentia mais nada. Apenas não conseguia sair da sua zona de conforto. Já tinha sido levada em alguns psicólogos, terapeutas, mas nada adiantava, já que a garota não falava.

Nem ela mesma sabia o que dizer, não sabia como se sentia. Se pedissem pra ela descrever seus próprios sentimentos, ela apenas diria um "Nada." do jeito mais seco possível.

Dentro dela existia apenas um grande vazio.

Observava os próprios pés, com a mente vazia, não tinha muito o que pensar de qualquer jeito. Levantou os olhos para encarar a rua. Vazia. Sem nem sinal de carros passando, o que era incomum na california.

Amber abraçou o próprio corpo, sentindo o vento frio chicotear seu rosto. Respirou fundo, pegando o celular no bolso pra checar se havia mensagens importantes. Havia algumas mensagens de Bill, mas Amber estava com preguiça de responder por mensagem, então ligou para ele.

"— Está sumida. — Disse, mordendo uma torrada."

— Estou com zero vontade de mexer no telefone. — Responde simples.

"— Hum — Deu de ombros — Vai vir pra cá quando?"

— Se depender de mim de mim, nunca. — Sorriu falsa, fazendo Bill bufar — Vou desligar.

"— Ta bom, se cuida. "

Amber ficou mais um tempo ali, estática. Observou dois carros parando, um ao lado do outro. Um dos motoristas abriu o vidro, gritando algo para o outro. De repente, os veículos arracaram o carro de lá.

Amber curvou os lábios, quase em um sorriso. Se lembrando do primeiro racha que apostou.

Tom ficou no passageiro, auxiliando a garota. Tudo o que Amber sabia sobre corridas, era Tom quem tinha a ensinado. Por exemplo, quando Amber ganhou seu primeiro supra, Tom a fez substituir o seu farol por um de fibra, para ajudar a ir ar na turbina. E isso foi algo que Amber levou para a vida.

" — Vamos realmente fazer racha? Isso não é ilegal? — Amber perguntou, agarrada no corpo de Tom, observando alguns carros esportivos estacionarem.

— Racha não, Petrova. Teste comparativo de velocidade. — Sorriu sarcástico, arrancando uma risada da menina. "

Uma lágrima escorreu com a memória, fazendo Amber a limpar com rapidez. Estava detestando lembrar dos momentos com o Kaulitz. Não se sentia no direito de sofrer pelo rapaz.

— Saia daí! — Katie exclamou — Quer morrer, garota? — Puxou Amber pelo braço, a tirando do telhado.

Katie encarou Amber, parecia triste, olhos fundos, ombros caídos, não parecia ter vida ali dentro, parecia desanimada. Katie se via na Amber.

Katie via seu próprio reflexo na filha. Talvez fosse por isso que era tão má com Amber. Talvez não quisesse que a filha se tornasse como ela.

— Você está ridícula — A observou com desgosto — E tudo isso por causa de um garoto! — Bufou.

— Eu o amo, inferno!

— Você só tem 17 anos, como sabe o que é amor? — Gargalha.

— Como se você soubesse! — Se afastou de Katie — Você sequer ama o papai! Você só está casada com ele porque ele é o único método de sustento que você tem!

— Você não sabe nada sobre o amor, Amber! — Grita.

— Você não ama a sua própria filha, Katie! — Amber devolveu o grito, sentindo suas bochechas ficarem úmidas pelas lagrimas.

— Você é uma ingrata! Eu fiz de tudo por você, pirralha, e você me retribui desse jeito!

— Você é um ser humano horrível! Voce é uma mãe horrível! Por anos você me fez pensar que o problema estava em mim, quando na verdade, o problema estava em você! Você sempre joga as suas responsabilidades no meu peito, faz eu me sentir uma pessima filha, disputa ego comigo e tenta ser melhor do que eu! Você não me enxerga como filha, você me enxerga como inimiga!

— Eu sacrifiquei minha vida por você, Amberly! Eu só tinha 15 anos quando aquele filho da puta se aproveitou de mim! Meus pais me fizeram seguir em frente com a gravidez, e casar com esse verme! Eu nunca quis estar com ele, mas eu estive! Eu dormi na mesma cama que ele, dia após dia, eu comi na mesma mesa, e eu me submeti a essa situação durante 17 anos por você! Para que você não tivesse que passar pela mesma situação que eu! Para que você tivesse o conforto, o estudo e as oportunidades que eu não tive, Amberly!

— Mãe... — Disse trêmula, sentindo uma dor incomparável em seu peito. Era a primeira vez em que Amber chamava Katie de mãe...

— Eu sinto muito, querida — Se aproximou de Amber, tocando em seu braço — Eu só não queria que você passasse pelas mesmas coisas que eu...

— Me desculpa. — Amber murmurou, quase sem som.

Katie abraçou Amber. Nunca tinha abraçado sua filha. Era uma sensação nova, onde encontrou conforto, no qual nunca teve.



Me identifiquei

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Me identifiquei

Um pouco da relação das duas🫤 E se lembrem, a Amber é muito ingênua...

Espero que tenham gostado, de verdade!

Beijocas, amo vocês!💚

(Não se esqueçam que 06/06 lança The Great War!)

HOLINESS, Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora