57, Prisioneiro.

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Ouçam a música que está na multimídia para uma melhor experiência!

— Que demora para colocar uma fantasia! — Bill reclamou pela vigésima vez — E olha que a vontade
maior de ir nessa festa é sua, imagina se não fosse.

A essa altura, ignorar seus comentários já estava muito fácil.

Quando finalmente estávamos tomando a estrada de volta para a casa de Bill, ele resolve parar em um bar para abastecer a si mesmo de puro álcool.

Tenho quase certeza de que ele se arrependeu muito de ter feito isso, porque minha criança interior se sentiu atraída por um cartaz onde dizia claramente: A Melhor Fantasia tem direito a três rodadas de graça.

Era o bar mais famoso da cidade, o que significava que todos os habitantes estariam por lá.

— Em vez de ficar só reclamando, você deveria estar grato por não ter que ir com uma fantasia que fosse par com a minha. — Isso seria muito engraçado de se
ver, mas Bill se recusou ir de prisioneiro comigo.

— Posso dizer com certeza absoluta que jamais eu... _ e ele parou de falar de repente.

Ele abriu a baca e fechou farias vezes, aparentemente sem saber o que dizer. E então, mordeu seu lábio inferior e me analisou de cima baixo.

— O gato comeu sua língua, Kaulitz? — Ele desvia o olhar de meu corpo por alguns segundos.

— Você vai assim? — Perguntou, se referindo a minha fantasia de policial.

— Vou. — Afirmo — Algo errado?

— Está uma gata. — Sorriu — Espero ter usado essas algemas em mim até o final da noite — Piscou, pegando as chaves no balcão.

[...]

— Eu não quero morrer, Bill! — Bati nos braços do garoto. — Você poderia diminuir a velocidade? — Bill me encarou de lado e eu calei a boca.

Eu poderia reclamar com ele por mais alguns minutos antes de calar a boca, mas nesta ocasião em especial, minha única vontade é chegar logo na maldita "festa".

Depois de cruzarmos cinco ruas e virar para a esquerda eu finalmente desci daquele carro. Enquanto arrumava meu cabelo com as mãos, rolo os olhos tentando procurar um rosto conhecido.

— Arrumou a fantasia em um sex shop? — Victoria ri, caminhando até mim. Sua fantasia era de chapeuzinho vermelho, enquanto a de Gustav era de lobo mau. Genial.

— Acho que foi no mesmo que o seu. — Ironizo, abraçando a mesma.

— Essas algemas farão um estrago essa noite. — Sussurrou.

Victoria agarrou minha cintura, me guiando para entrarmos no local, deixando os meninos atrás de nós. A multidão era grande, muitos dançavam agarrados, já que a música era em uma melodia mais quente e sensual.

— Achei que estivessem brigados, mas pelo visto, combinaram até a fantasia! — Riu, me deixando confusa.

— Não combinamos fantasia, ele não quis.

— Merda. — Suspirou — Esquece. Só... Aproveita a festa! — Disse se afastando de mim, caminhando para o sentido contrário.

Minhas pernas bambearam assim que Bill colocou sua mão em minha cintura, no mesmo instante, ele me puxou para colar em seu corpo.

Não sabia dizer se a luz vermelha do ambiente ajudava ou atrapalhava, já que ele queria ver meu rosto ficando ruborizado, mas não podia negar que estava excitante.

HOLINESS, Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora