47, Cicatrizes.

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Alerta gatilho: Menção a drogas e automutilação.

— Anelise está lá em baixo — Bill avisa, entrando no quarto — Desde quando você arruma seu quarto?

— Manda ela ir embora, ué — Dá de ombros — Eu sempre arrumei, você que fica pegando no meu pé.

— Mentiroso! Seu quarto sempre foi um lixo! Foi só agora que de repente você começou a arrumar esse chiqueiro — Observa em volta, caminhando até a cama e se sentando.

— Não começa, porco espinho — Revira os olhos, se sentando na cadeira giratória que tinha ali.

— Vai deixar a Anelise esperando?

— Por que não? Essa garota só me traz problema.

— Você gostava dela.

— Quando você vai parar de jogar isso na minha cara?

— Acho que nunca, você foi um filho da puta

— Então por que não contou pra ela?

— Porque você é meu irmão, independente das merdas que você faz.

— Você ainda conversa com ela?

— Sim, quase todo dia — Suspirou, sabendo o que ele gostaria de perguntar — Ela não fala sobre você.

— Menos mal.

Quando ela havia ido embora, não passava na sua cabeça a ideia de namorar, muito menos voltar com alguma ex. Mas depois de três anos, Tom voltou a falar com Anelise, e como tudo o que sentia por Amber havia sido guardado e trancado a sete chaves, decidiu dar mais uma chance a garota.

Claro que não era a mesma coisa. Nunca encontraria alguém como ela ou que chegasse perto de o fazer sentir tão intenso igual ela havia feito.

Mas seu relacionamento com Anelise era bom, ele gostava dele e de sua companhia, ou pelo menos fingia.

Ainda sim, uma parte sua, uma grande parte sua, sempre pertenceria à ela. Anelise sabia disso, mas eles nunca comentaram sobre o nome da mulher, nem uma vez sequer. As vezes Bill comentava, mas Tom pediu para ele parar, então sequer ouvia seu nome há mais de um ano.

Os dois sabiam que isso não era o fim do mundo, mas sim de um relacionamento. Talvez o relacionamento mais intenso e verdadeiro que já existiu, mesmo com todos os altos e baixos. Que com certeza doeria pra um inferno o tempo separado e a saudade agoniante que ficava no peito.

As lembranças atormentavam Tom. Ele odiava ficar em casa, porque ele a via em todo canto. Ele ouvia a risada contagiante de Amber. A risada que o animou em seus piores dias.

Nos primeiros anos, Tom soube lidar com as constantes lembranças, até o momento em que não suportou, e justo nesse momento, alguém apareceu. O alguém ofereceu um tipo de ecstasy para Tom.

Tom pensou, pensou muito se valia a pena jogar todos os anos em que passou sóbrio. Ele parou de usar por ela, ele tinha se viciado nela.

" — Amber ! — Se assustou ao ver a garota caída no chão do banheiro, em uma pequena poça de sangue — O que você fez, Amberly? — Quase berrou em desespero — Não... por favor, acorda — Implorou, pegando os pulsos de Amber, os observando, em completo estado de choque — Não faz isso comigo, por favor! Você é tudo o que eu tenho...

Tom chacoalhava Amber, tentando fazer ela acordar. Era difícil de enxergar, já que as lágrimas ocupavam seus olhos. Ele achou que ela tinha parado, mas ela nunca parou. "

Tom beijou as cicatrizes de Amber, e ele ainda a achava linda.

E então, ele voltou a usar. Obviamente a sensação não era nada comparada ao que ele sentia quando estaca com Amber. O MDMA trazia uma euforia surreal, uma agitação fora do normal, e as vezes uma confusão mental, mudando a percepção da realidade.

Demorava 30 minutos para fazer o efeito, e acabava em 4 horas. Com Amber, era instantâneo, e durava dias.

Uma droga estava em alta no momento. GHB, não era uma nova droga, mas mesmo assim, voltou a ficar em alta. Tom não quis experimentar, já que via seus amigos tendo convulsões. Seus amigos diziam que consumiam oralmente, contendo um gosto salgado.

GHB estava sendo reconhecido como a droga sexual, porque aumentava a sensualidade do usuário. E Tom detestava isso. Contanto, ele se afastou daqueles que usava essa droga.

— Os bastidores são incríveis e rendem muitas risadas! — Bill gargalhou.

— Eu vejo alguns vídeos dos bastidores! — O entrevistador riu — Mas a pergunta que não quer calar! O que aconteceu entre vocês e a rockstar Amber Petrova? — O sorriso que Tom carregava em seus lábios sumiu, tomando uma feição dolorosa.

Bill viu como seu irmão ficou, então tomou controle da situação, explicando que Amber apenas tinha voltado para a california, mas que ainda mantinham contato. "

Vez ou outra, Tom assistia algumas entrevistas que Amber dava. Era raro, mas acontecia. Ele sentia um misto de nostalgia de tristeza quando ouvia a risada da garota.

Ele guardava uma culpa gigantesca em seu peito, era amarga e agonizante.

Quando ela foi embora, ele prometeu a si mesmo que nunca mais se entregaria a outra pessoa.









Rostinho do Tom durante a entrevista!🤧

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Rostinho do Tom durante a entrevista!🤧

Não sei se gostei, mas espero que vocês tenham gostado.

Sobre as coisinhas ilícitas que eu citei: Pode sim ter alguma informação errada, então não leve 100% a sério! Se lembrem, drogas não te satisfaz, muito menos te cura! Isso não é nenhuma solução! A fanfic não é um manual de vida, logo, não sigam nada que esteja citado aqui!

Beijinhos, amo vocês!💚

HOLINESS, Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora