29, Nostalgia.

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— Você se lembra da primeira vez que a gente fumou maconha? — Tom gargalhou, passando o baseado para Bill.

O ensaio tinha acabado há algumas horas, Georg e Gustav foram para suas casas, enquanto Tom, Bill e eu fomos para a casa dos gêmeos.

Quando crianças, tínhamos costume de dormir no telhado, já que o quarto de Tom tinha uma janela que dava acesso ao telhado.

Bill e Tom pegaram cobertores e travesseiros, e forraram o telhado. Estávamos todos sentados, observando a lua enquanto dividíamos um baseado. Maldita nostalgia traiçoeira.

— Eu me lembro! — Bill gargalhou alto — Você disse para a mamãe que estava com conjuntivite!

— Ela nos deixou de castigo por uma semana! — Tom sorriu, relembrando de algo — Seus pais disseram que tirariam seu computador, não é?

— Sim! — Gargalho, tragando — Também teve aquela vez que a gente roubou um dos vinhos chiques do meu pai e bebemos tudo!

— Seu pai ficou uma fera!

— To com fome. — Bill se levantou — Vou ver se tem algo pra comermos.

Bill andou até a janela e abrindo. Encaro Tom, que sustentou o contato visual.

— Está namorando o Bill? — Pergunta.

— Não. Não queremos apressar as coisas.

— Ele fala sobre você. — Desvia o olhar — Ele fala como se sente bem perto de você, como a ama, e como quer que as coisas dê certo.

Eu não sabia o que responder. Era estranho falar sobre o meu relacionamento com Tom. Algo dentro de mim sabia que existia chance de acontecer algo novamente. Mas eu não me permitiria.

— Ele é um cara de sorte. — Respira fundo — Queria que as coisas fossem como antes.

— Não sei se conseguiríamos, Tom. Já passamos por tanta coisa e-

— Não estou pedindo pra voltar a ser minha. Só estou pedindo para que seja minha amiga de novo. — Se encosta na parede — Sinto falta da minha melhor amiga.

Me aproximo de Tom, encostando minha cabeça em seu peitoral, enquanto abraço sua cintura. Tom adentra seus dedos entre os fios do meu cabelo, fazendo carinho ali.

Eu o amava, eu realmente o amava, e jamais deixaria de amá-lo. Mas eu erraria com o Bill de novo, nem fudendo.

Aos poucos eu adormeci, enquanto o carinho continuava ali. Pude perceber que Bill tinha voltado pelo barulho das embalagens.

[...]

— Isso está nojento — Digo mexendo a comida no prato.

— E esse infeliz jogou a massa da pizza no teto da minha casa! — Victoria exclamou, gesticulando exageradamente — É sério, Gustav, você sujou tudo.

Eu gargalhava ao ouvir a morena contando da experiência culinária que tiveram. Eu praticamente chorava de rir, as bochechas vermelhas e as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Até sentir um líquido morno atingir minha bochecha.

— Ops — ele disse, com um sorriso travesso nos lábios.

— Limpa. — cruzei os braços. — Agora.

— Não. — disse simples.

— Você é um idiota, Bill! — estiquei meu corpo, tentando alcançar seu rosto para sujá-lo de molho também, mas ele apenas segurava meus braços.

— Eles são um casal tão bonitinho! — Vic disse, com um sorriso gentil.

— Tem razão, nós somos. — Bill disse, chegando perto do meu rosto para me beijar, mas eu vi como oportunidade de sujar seu rosto — Golpe baixo, Amber!

Gargalho alto, colocando as mãos na barriga.




Não julguem a Amber, por favor!

Beijinhos, amo vocês!!!💚

HOLINESS, Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora