51, Faísca.

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Eu não me sentia mal por ver Tom com outra garota, e nem me sentia bem. Eu não sentia nada. Então era isso?

O amor realmente tinha acabado?

Depois de três anos longe, é normal não sentir muita coisa. Mas nenhumas faísca? Nenhuma faísca do amor que já me incendiou muitas vezes?

As pessoas mudam. E eu mudei, assim como Tom. Talvez o tempo que passamos juntos tenha feito nós amadurecermos. Foi bom enquanto estávamos juntos, mas acabou.

Meu conceito de amor mudou junto comigo, achei que amor era uma verdade escancarada mas na verdade ele estava escondido na minha mentira favorita.

Levo o shot até minha boca, fazendo careta assim que o líquido desde rasgando pela minha garganta. Victoria me acompanhava, bebendo os licores comigo.

— Amber — Kev me cutuca, me virando para olhá-lo — O Connor está lá em cima te procurando!

Que merda esse garoto queria comigo?

— Pra que?— Grito devido à música alta.

— Como eu vou saber, porra? — Responde óbvio — Vai lá ver, ué!

Bufo.

Aviso Victoria, que apenas assente sem se importar. Xingo mentalmente todos que me esbarravam. Estava uma verdadeira muvuca ali, então, o esbarramento era comum.

Continuo caminhando, chegando perto do elevador e da escada. Tentando decidir em qual eu iria. Elevador.

Entro dentro do mesmo, clicando no botão para subir. Levanto minha cabeça para ver o elevador se fechar, quando vejo uma figura se aproximando.

Porra.

Clico repetidamente o botão, mas Tom é mais rápido e entra no elevador. Ele se posiciona no canto, com um sorriso ladino em seus lábios

O elevador começa a se movimentar, fazendo um barulho. Quando estamos perto do andar, o elevador para repentinamente entre os dois andares e as luzes se apagam.

Estávamos presos ali dentro.

— Merda. — Respiro fundo, apertando o botão de ligação de emergência — Alô. Eu estou presa no elevador com uma pessoa que torna o ar irrespirável. Mande socorro ou eu vou morrer nesse elevador.

— Você já me deixou sem ar várias vezes e eu nunca reclamei, Petrova. — Riu anasalado, provável na tentativa de me provocar.

Os jogos. Os malditos jogos que nós jogávamos.

— Só depois que fizerem as pazes. — Kev diz no interfone.

— Kev? — Exclamo — Isso aqui é crime, seu idiota!

— Kev, isso não tem graça! — Tom diz.

— Relaxem, deixei uma garrafa de uísque e alguns petiscos aí — Ri — O bastante para sustentar vocês até se entenderem.

— Meu pior pesadelo se realizou.— Sussurrei olhando o teto, me dando por vencida.

— Então você sonha comigo?

— A única coisa boa que a vida te deu foi esse rostinho bonito. — Provoco.

— Me acha bonito, Petrova? — Tomba a cabeça para o lado, com sarcasmo em seu rosto e fala.

— Juro que um dia ainda te enforco.

— Dependendo da situação, acho válido. — Ri, mas depois de alguns segundos volta a sua expressão de tédio — Você prefere rosas ou margaridas?

— O que?

— Você disse que morreria se ficasse aqui — Explicou — Estou planejando seu funeral.

— Qual é o seu problema? — Me irrito.

— Você. — Revela — Você é o meu problema.

— Sério? Eu sou o seu problema? Me poupe, Tom! A única pessoa problema aqui é você!

— Porra! Você quer sempre jogar os problemas pra cima de mim!

— Você errou, Tom! — Exclamo alterada.

— Onde eu errei?

— Você não disse que me amava, caralho! Você me fez acreditar que me amava! Você mentiu o tempo todo!

— Eu não menti, porra! Eu nunca menti! Eu nunca mentiria pra você, Amberly! Eu não ter dito que te amava de volta não significa que eu não te amasse! Se realmente me conhecesse, saberia o quão difícil pra mim é dizer que amo alguém. — Solta de uma vez — Eu te amava, e você sabia disso! Eu e Bill te amávamos, e você praticamente brincou com a gente. Principalmente com o Bill.

O silêncio se fez presente ali. E de repente, era como se nada existisse, somente eu e ele. Mas isso não me trazia conforto, me trazia tristeza.

— Diz alguma coisa. — Pede.

— Não. Eu não consigo. — Mantenho meu olhar para o chão.

— Por favor, diz alguma coisa! Grita comigo, diz que me odeia, só por favor, diz alguma coisa...

— Eu não sei o que dizer.

— Olha pra mim. — Pede novamente.

— Pra que? — Pergunto, levantando meu olhar.

— Preciso ver nos seus olhos que me odeia. Quero me lembrar do quanto nos odiamos.

— Por que?

— Porque eu não posso me deixar te amar de novo. Não posso fazer isso comigo. — Suspira doloroso — Não posso fazer isso com você.





Demorei para atualizar por problemas pessoais. Nunca achei que estaria passando pelo o que eu estou passando agora, mas enfim, acontece.

Tive que apagar alguns comentários do capítulo anterior porque tinha gente me xingando e reclamando sobre a minha demora(?????)

Tenho vida pessoal também, e nem sempre tenho tempo para escrever capítulo novo, então peço compreensão.

Eu estudo, trabalho e faço curso, ou seja, mega corrido por aqui. Então obviamente não tenho tempo pra escrever. Estou escrevendo agora porque foi o único momento que consegui um tempo livre.

beijos, amo vocês.

HOLINESS, Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora