07, Nada aconteceu.

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O show começava daqui algumas horas, mas Vic e eu começamos a nos arrumar logo. Havia uma ansiedade inexplicável em meu peito, como se fosse explodir de euforia.

Iríamos chamar outra amiga também, que era fã da banda. Sofie, a amiga, vestiu uma blusa bem curtinha com uma saia jeans, junto de uma sandália. Vic colocou uma calça jeans cintura baixa com uma blusa tomara que caia, e um all star branco. Eu vesti uma calça cargo com uma regata branca, e um tênis branco.

Confesso que estou impressionada, acabei de chegar e as coisas parecem estar normais. Se não fosse pelo jeito que minha partida aconteceu, eu diria que estava tudo como era antes. Mas me incomoda eles agirem como se não estivesse acontecendo nada, como se aquilo não tivesse acontecido.

Fico contente que minha relação com Bill está melhor, mas até quando? Até quando ele vai fingir que aquilo nunca aconteceu?

[...]

— Não posso deixá-la entrar, é o camarim. — O segurança ditou.

Estávamos tentando entrar no camarim dos garotos, que Bill disse para entrarmos antes do show. Mas o segurança barrou a gente, não julgo, ele só está fazendo o trabalho dele.

Pego meu telefone, discando o número de Bill e colocando na minha orelha. Enquanto Vic e Sofie insistem no segurança.

— Bill? — Pergunto assim que atende.

— Não, tenta de novo. — Tom responde, me fazendo revirar os olhos — O que foi Petrova?

— To aqui na porta do seu camarim, mas o segurança não deixa a gente entrar.

Tom desliga na minha cara. Juro que acabei inventando xingamentos. Caminho de volta atrás as meninas, vendo o segurança deixar a gente passar. O charme delas deu certo?

Entramos no camarim, e cara, que zona! Tinha embalagens em todo lugar, latinhas em todos os cantos. Como eles deixaram chegar nesse nível?

— Amber! — Bill correu me abraçar.

Bill estava alegre, até demais. Talvez ele estivesse... Bebado?!

— Você bebeu? — Me solto do abraço o encarando.

—Sim, um pouquinho, só pra encorajar! — Sorriu animado.

— Não seja tão careta, Petrova. — Tom se sentou no sofá.

— Você embebedou seu irmão? Prestes a fazer um show? — Caminhei até ele.

— Ele só tomou dois goles, Amber. — Gustav se pronunciou.

— E não foi ideia do Tom, quando a gente viu, ele já tinha bebido. — Georg diz arrumando seu baixo.

Apesar de ser contra o acontecimento, preferi não fazer cena pra não estragar o clima. Então me sentei no sofá também, ao lado de Tom. Georg, Gustav e Bill se distraíram com as meninas, e Tom viu isso como uma oportunidade para passar seu braço atrás de mim.

— Vai realmente fingir que nada aconteceu? — Sussurrei, sem nem olhar pra ele.

— Você quem está fazendo isso, Amber.

[ FLASHBACK 23 DEZEMBRO DE 2004 ]

Praticamente um mês tinha se passado, eu e Bill estávamos juntos, não namorando, já que nunca teve pedido, mas eu pertencia a ele e ele pertencia a mim, nós dois sabíamos disso e todos da banda também.
As coisas fluíram normalmente pra gente, como sempre aconteceu. Eu tinha certeza que mais pra frente me mudaria completamente pros hotéis que ele ficava, e nem precisaríamos de uma conversa pra isso.

HOLINESS, Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora