38, Maktub.

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Alemanha.

De volta para Alemanha. O que aconteceu em Vegas não ficou em Vegas. Mas como poderia lidar com isso?

— Porra — Bill murmurou se jogando na minha cama — Estou tão cansado que parece que um carro passou em cima de mim.

— Nunca achei que uma viagem me cansaria tanto. — Rio, me sentando ao seu lado.

Bill sorriu pequeno, me puxando para um abraço. Respirando fundo, me apertando no abraço. Eu não havia notado que tinha dormido, quando acordei, Bill não estava mais na cama.

Eu não tinha noção que horas eram, tateei por toda a cama procurando pelo chão o meu celular, o achando jogado em qualquer canto. Assustei ao ver que era pouco mais de três da manhã, me preocupando pelo fato de Bill não estar deitado.

Me levantei com um pouco de dificuldade. Me olhei no espelho, estava um pouco descabelada. Suspirei, penteando os cabelos e descendo as escadas, ainda usando apenas a blusa de Tom.

— Bill? — Pergunto quando chego na cozinha, vendo Bill fazendo algo na bancada.

— Te acordei com o barulho? — Se virou.

— Não — Me aproximo — O que está fazendo?

— Um chá. — Me encarou — Acordei no meio da noite. Tive um pesadelo.

— Achei que tivessem parado.

— Eu também achei — Suspirou — Mas desta vez foi mais intenso.

— O que aconteceu nele?

— Você estava brigada comigo e com o Tom, e quando foi se acertar conosco, um caminhão acertou você. — Preferi não dizer mais nada, Bill parecia estressado. Então apenas o abracei.

[...]

— Ai a gente fala que somos gênios — Bill conclui.

— Meio clichê, mas pode ser — Dou de ombros.

— Já publicaram sobre o show de Las Vegas — Tom ri — Melhor do que eu imaginava.

— Muito bom não estar sendo ameacada de morte — Ironizo, me sentando na cama de Tom.

— Isso não foi engraçado Amber — Bill me repreende — Aliás, seu aniversário está chegando.

— Nem me lembre.

— Por que? Sempre gostou de comemorar...

Eu paralisei. Como contar que você vai embora antes do seu aniversário? Eu deveria ter contado. Bill me encarava confuso, já Tom, me olhava desconfiado.

— Apenas perdeu a graça — Dou de ombros.

— Vai fazer 17 anos, Amber, é impossível que não esteja pelo menos um pouco animada. — Tom pendeu a cabeça para o lado, com os olhos semicerrados.

— Só não estou afim de comemorar meu aniversário, que mau tem? — Revirei os olhos, recebendo um "hum" de Tom.

— Lembram da Suyane? — Bill pergunta, com o telefone em suas mãos.

— Como esquecer dela? — Tom sorri cafajeste, olhando para mim.

— O que tem ela? — Desvio o olhar de Tom.

— Ela disse sobre um festa, pra relembrar os velhos tempos.

— Legal — Tom riu — Quem sabe dessa vez faço bodyshot na Amber.

— Você não muda né? — Bill revira os olhos.

— Relaxa, irmãozinho, se ela deixar, nós dois fazemos nela. — Piscou pra mim.

— Sério que você me trocou por isso? — Bill apontou para Tom, fazendo careta. Em que momento eles começaram a fazer piadas com isso?!

— Vocês são ridículos! — Rio nervosa.

Eu ainda estava pensando em que momento contar que em breve vou embora? Talvez durante a festa, quando estarão bebados o suficiente para não ligarem.

O nervosismo começou a surgir de forma avassaladora, e a ficha caiu.

[...]

Bill bebia algo em seu copo, parecia ser ruim, já que fazia caretas a cada gole. Tom não bebeu nem fumou, o que me surpreendeu. Georg bebia algum licor, enquanto Gustav apenas o observava. Provavelmente Victoria não deixou ele beber essa noite.

Suyane estava diferente, seu cabelo estava preto e curto agora. Mas, ainda era apaixonada pelo Tom. E eu me sentia desconfortável com isso, a garota não parava de tentar flertar com ele.

— Pelo amor de Deus, Suyane! — Bill resmungou — Tom claramente não te quer, supera garota!

— Para de ser tonto, garoto! — Suyane se irritou, saindo de onde estávamos.

— O que é aquilo? — Pergunto, apontando para um cômodo com um homem dentro.

— Tatuador. — Tom respondeu.


— Já sabem o que vão fazer? — O tatuador perguntou, colocando suas luvas.

— Maktub. — Sorrio, estendendo meu pulso — Aqui.

O tatuador começa a desenhar o contorno da tatuagem na minha pele, enquanto eu observo com admiração. Tom e Bill estavam curiosos para ver como a tatuagem iria ficar. Enquanto isso, eles estão decidindo qual o lugar que eles querem para as suas próprias tatuagens.

Depois que eu termino minha tatuagem, Tom é o próximo a se sentar na cadeira. Ele escolhe o lugar, seu antebraço. O artista da tatuagem começa a trabalhar em seu desenho, e Tom fica quieto enquanto sente a dor da agulha na pele.

Por fim, é a vez de Bill. Ele escolhe que ele quer tatuar em seu peito. O artista começa a desenhar o contorno do desenho, enquanto Bill respira profundamente para aguentar a dor.

No final, Amber, Tom e Bill saem do cômodo com suas novas tatuagens, felizes e satisfeitos com o resultado. Eles comparam suas tatuagens e falam sobre o processo de fazer uma tatuagem, enquanto caminham até o sofá.

— Não acredito que fizemos uma tatuagem juntos! — Bill sorri animado.

— Vou me lembrar disso quando voltar pra California. — Digo olhando para a tatuagem.

— O que? — Bill me encara.

— Merda. — Murmuro.

— Por isso não estava animada pro seu aniversário. — Tom conclui.

— Eu queria contar, eu juro! — Tento me explicar — Meus pais só me deixaram vir se eles pudessem me visitar e se eu voltasse antes do meu aniversário.

— Quando eles virão? — Tom pergunta ríspido.

— Na próxima semana.






Maktub;
Palavra árabe, considerado sinônimo de "destino", porque expressa algo que já estava predestinada a acontecer, ou um acontecimento que estava "escrito nas estrelas".

Beijinhos, amo vocês💚

HOLINESS, Kaulitz.Onde histórias criam vida. Descubra agora