Cap. 26

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Na madrugada, Any acordou com o barulho do carro chegando, ela levantou e foi até a cozinha, quando estava saindo para voltar para o quarto, trombou com Pitter que apontou a arma para ela, assustado.

Any: Pitter! Abaixa isso! - falou se afastando.

Pitter: Desculpa! É que achei que fosse alguém estranho. - falou guardando a arma.

Any: Eu só vim tomar água, mas já estou voltando para o quarto, Alfonso chegou não é? - olhou ele.

Pitter: Sim, está estressado com os negócios. - falou meio que desabafando.

Any: Está com fome? - olhou ele.

Pitter: Um pouco, vou procurar algo para comer. - ele disse entrando na cozinha.

Any: Eu faço. - disse sorrindo e abrindo a geladeira.

Pitter: Nem vou insistir, porque seu tempero é divino. - encarou ela. - Mas você está com a tipóia - disse indo ajudá-la.

Any: Um lanche natural, talvez seja mais fácil - sorriu e ele ajudou ela pegar as coisas, após montar o lanche ele se sentou na banqueta e comia enquanto conversavam.

Pitter: Você nasceu na França? - olhou ela.

Any: Na Espanha, meu pai e minha mãe eram espanhóis, daí quando eu tinha 12 anos eles morreram em um acidente, e fui para a França morar com meu avô em Brest. - sorriu.

Pitter: Sinto muito por seus pais. - sorriu sem graça.

Any: Tudo bem, foi um acidente. - sorriu.

Pitter: Mas você se virou com seu avô não foi? Lá nos Estados Unidos, você disse que trabalhou desde nova.

Any: Assim, eu trabalhei em uma cafeteria, trabalhava 25 horas por dia se possível, ganhava pouco, mas foi o que me sustentou. - sorriu.

Pitter: Você é legal Anahi, acho que lhe devo desculpas, pelas vezes que fui rude. - disse tomando suco.

Any: Que isso Pitter, estava exercendo seu trabalho, protegendo seu chefe. - olhou ele.

Pitter: Alfonso é um cara bom, só está tendo que lidar com muita coisa, que nunca foi o papel dele. - falou meio sério.

Any: Eu também - disse também mais séria, e logo os dois riram.

Poncho: O que eu perdi? - disse parado na porta, Pitter ficou sério e Any o encarou. - Como está o braço? Deu algo mais no médico?

Any: Como assim algo mais? - perguntou nervosa.

Poncho: Uai machucou algo mais? - olhou ele.

Any: Ah.. não só o cotovelo mesmo - falou sem graça.

Pitter: Eu vou me deitar, obrigada pelo lanche e pela conversa Any. - falou saindo.

Any: Boa noite Pitter, e não foi nada, obrigada você - sorriu para ele. - Bom acho que - se virou para sair e encarou Poncho. - O que você fez? - olhou a boca dele que tinha um corte no canto.

Poncho: Briga de bar, você acredita? - disse passando a mão encima.

Any: Bar? - sorriu.

Poncho: Eu briguei no trabalho, desci para procurar um remédio, está doendo. - disse olhando ela.

Any: Eu pego para você. - ele assentiu e se sentou na banqueta, ela saiu e logo voltou com uma caixa, abriu pegou um comprimido entregando a ele com um copo de água. - Minha nossa, a sua mão - disse vendo as juntas dos dedos vermelhas.

Poncho: A briga no bar foi feia - sorriu.

Any: Sei, mas pelo jeito você bateu também - ela disse pegando algo na caixa, e se aproximando dele, e passando um algodão com oxigenada no corte ao lado da boca.

Poncho: Talvez se eu for bem tratado quando eu chegar em casa assim, eu vou para o bar todos os dias - sorriu e ela revirou os olhos.

Any: Não diga bobagem - sorriu. - Apesar, que se você for, brigar e voltar calmo, amigável e adorável assim, eu mesma contrato os caras para briga contigo - os dois se olharam e começaram a rir, ele passou o dedo no nariz dela.

Poncho: Onde a gente se perdeu? - olhou ela nos olhos, enquando ele segurava o rosto dela com uma mão, e a outra ele levou para a cintura dela.

Any: Na saída do aeroporto em Orlando - ele sorriu e aproximou ela.

Poncho: Eu quis ser o mocinho, pelo menos um dia na minha vida. - disse olhando a boca dela.

Any: Você não foi, mas está sendo agora. - disse sem pensar, ele sorriu, e sem forçar nada o beijo aconteceu, Any estava em pé entre as pernas dele, que estava sentado na banqueta, ela tinha uma das mãos na coxa dele, Poncho segurava o rosto dela com as mãos, o beijo era calmo, como nunca haviam dado antes, eles exploravam a boca um do outro, com calma e ternura.

Poncho: Any... - disse se levantando, ela automaticamente ergueu os pés para alcançar ele, mas só conseguiu quando ele abaixou um pouco, ela passou a mão boa no pescoço dele, ele segurou a cintura dela.

Any: Poncho... - disse se afastando, mas ele fez com que as festas ficassem unidas.

Poncho: Fica! - falou rouco.

Any: Eu não posso, cometer o risco de morrer aqui! - ele abriu os olhos e viu medo no olhar dela, talvez fosse melhor ela ficar longe, para nada de ruim acontecer com ela.

Poncho: Você tem razão. - disse acariciando o rosto dela.

Any: Eu vou voltar a deitar, boa noite. - disse se afastando.

Poncho: Boa noite. - viu ela sair. - Any! - ele parou na porta da cozinha para o corredor, onde ela estava indo para o quarto.

Any: Oi, - disse, virando para ele.

Poncho: Eu te amo! - disse olhando para ela, que abaixou o olhar, respirou fundo e o encarou.

Any: Eu amo você - sorriu e entrou no quarto, ele sorriu e subiu para o quarto dele.







O Mafioso de SardenhaOnde histórias criam vida. Descubra agora