Ao voltar para casa a minha mãe caiu aos prantos, eu queria choras mas não conseguia, até parecia que tinha ficado mas rígido, mas meu amor por ela e pelo meu pai nunca mudou e nunca mudara. Eu ainda estava a tentar processar a coisa toda, nunca vou esquecer-me do abraço apertado que dei nela, toda vez que me lembro consigo sentir o cheiro do seu perfume, um sorriso sempre aparece sem que eu perceba, também lembro-me do abraço do meu pai, o calor do seu corpo ao qual eu não tinha mas, ele abraçou-me com tanta força, parecia até que tinha medo de que eu virasse fumaça entre os seus braços e sumisse. Eu sempre os ajudei, trabalhei até que consegui construir a nossa própria fábrica de carvão, na época a cidade enlouquecia para compar o melhor carvão do país. Com isso consegui da uma boa casa a eles, eles viverão bem, sem ameaças, com uma saúde de titânio, eu cuidei deles até a velhice. Depois de anos eu chorei, primeiro foi o meu pai e em seguida a minha mãe, um foi pior que o outro, eu confesso, fiquei frio e furioso com isso, a morte da Olivia já me deixou uma fera e a dos meus pais só piorou toda a situação, eu fiquei sozinho, completamente... mantive a impresa, mas mi mudei de cidade, assim abrindo uma nova onde estava, e a cada ano que passou fui mudando as coisas conforme o que era famoso e preciso na época. Conheci novas pessoas, mas fui enganado e traído por todas elas. A dona Ysabel costuma dizer que sou muito solitário e isso a dói e muito, prefiro ficar sozinho com a companhia dos meus livros, meu violão, meu belo piano e as obras de artes, a musica do que com pessoas desse tipo.
Fico olhando o quadro, também tive alguns pesadelos com ela, sempre o mesmo, ela caindo de um penhasco, ao olha-la de cima eu podia ver sangue se espalhar pela água, o meu coração disparava eu nunca conseguia pular para salva-la, meu corpo inteiro tavava, eu sempre acordava gritando, o meu pai disse que eu nunca disse o nome dela, mas sempre acordava dizendo que eu deveria ter salvado ela.- Quem é você, em?
Ao terminar o quadro vejo-me todo sujo de tinta, fico a observar o mesmo por uns trinta minutos e decido subir para tomar um banho, tenho negócios a tratar.
A única forma que consigo sentir o meu corpo quente é quanto tomo banho de água quente na banheira, costumo fazer isso diariamente, esse é o único momento que me sinto normal, ao qual toco o meu corpo e o sinto quente.
Ao acabar o banho ponho-me de frente ao espelho e faço a minha barba, passo uma loção pós barba, um perfume, creme pelo meu corpo e visto-me. Assim fui para fábrica, saio de fininho sem que a senhorita Ysabel veja-me, se ela me ver vai querer fazer-me tomar café da manhã e eu não tenho tempo para isso, não agora.
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Você Merece Ser Amado
RomanceEu sempre achei que não era digno de amar alguém, até porque vê todas as pessoas que eu amava, morrer em minhas mãos, nunca me achei digno de ser amado porque até então monstros não merecem tal honra, passei anos, décadas e séculos pensando dessa fo...