Boa noite

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- Recolherei cada sentimento, e enfiarei cada um num baú de aço tranca fiando tudo as sete chaves.

- As vezes tenho medo do dia da minha partida, não por conta dela, porque no final dessa vida sei onde passarei a minha eternidade, mas penso-me em você, como ira ficar?

- A senhora ira viver por muito tempo, não se preocupe com isso tão cedo.

- Já sou um pouco velha meu filho.

- Diz isso aos senhores que ficam a babar pela senhora.

- Que apanhar menino?

Ri a terminar a minha comida.

- É claro que não.
Sorri, me levantando.
- O jantar estava ótimo, obrigado.
aproximo-me dela.
- Será que posso abraça-la?

- É claro que sim.

Assim que ela se levanta, a abraço como um urso.

- Sei que nunca ouviu isso, mas tenho que dizer, a senhora merecia ouvir isso por toda a vida, e prometo dizer mas vezes.
Seguro o seu rosto.
- Muito obrigado por cuidar de mim mãe.
Ao vê-la se emocionar, me seguro para não fazer o mesmo, ela é a única pessoa que consegue fazer isso comigo. Beijo a sua testa.
- Não chore ou vou ativar o lado sombrio de novo.

- E eu te darei uma surra.

Rimos.

- Boa noite.

- Boa noite, meu filho.

...

Tenho que viajar a trabalho e resolver algumas coisas, estou na frente do meu guarda-roupa a um bom tempo, tentando decidir oque levar para este lugar, escuto batidas na porta.

- Quem é?

- Sou eu querido.

- Pode entrar.

- Sempre indecisão do que levar quando vai viajar nê?
Olho para senhorita Connor balançando a cabeça positivamente.
- Vai tomar o seu banho e deixe que eu resolvo isso.

- A senhora esta me deixando mal-acostumado.

Ela sorriu, mas logo foi-me empurrando para o banheiro.

- Vai logo tomar banho menino.

- Estou a ir.

Ela faz-me rir, mas do que pensei que riria com alguém.
Após tomar o meu banho, me troco e saio do banheiro arrumado, ao olhar para o chão vejo as minhas malas prontas.

- Coloquei três livros na sua mala de mão, aqueles três ao qual falou que iria ler.
Ela conhece-me muito bem.
- Alguns pijamas, roupa de calor se quiser ir à praia, eu espero que vá.
Ela encara-me quase como se fosse uma ameaça, não vou responde-la, mas temo pelo meu silêncio.
- E por fim os seus ternos.

- E as cuecas?

- E as cuecas?

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- Christofer!

Dou risada.

- É brincadeira mãe, assim que chegar eu prometo ligar para senhora, e toda a vez que eu for deitar-me.

- Eu espero, se chegar tardiamente, apenas ligue deixe o telefone tocar três vezes e desligue, eu saberei que é você e que chegou bem.

Pego as malas, ela acompanha-me até o carro.

- Se cuide, se alimente a senhora também, não se preocupe muito com a casa, há mas de 80 funcionários neste lugar, pare de querer dar conta de tudo sozinha. Enquanto eu estiver fora, descanse um pouco ta bem?

- Pode deixar.

- Promete para mim?

- Prometo, tem que prometer para mim que também vai se cuidar, e que não vai pular nenhuma refeição, e que vai se divertir em algum momento.

Sorri.

- Prometo.
Vou dar um jeito de caçar no lugar sem parecer suspeito de mas.
Abraço a mesma dando um beijo na sua testa. Ela me da um abraço tão forte que por um segundo quero desistir de viajar.
- Se acontecer algo, ligue-me por favor, deixei o telefone do lugar em cima da minha mesa do escritório, também deixei um envelope com o seu nome assim que eu ir, quero que abra.

Você Merece Ser AmadoOnde histórias criam vida. Descubra agora