O Velorio

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Após o banho vou até a outra parte do banheiro vendo o que ele trouxe-me, corto grande parte do cabelo com a tesoura, e depois faço um corte com a máquininha, em seguida olho para anavalha e faço algumas coisas, em seguida seco o cabelo e passo a tinta no mesmo, enquanto espero o tempo suficiente, tomo uma garrafa de whisky. Após dar o tempo volto ao chuveiro e lavo o mesmo.
Limpo, coloco o meu terno preto, arrumo o meu cabelo e saio do hospital por uma saída de emergência, onde ninguém me vê a sair do lugar. Espero o Willian no estacionamento, e em alguns segundos ele apareceu, la vem o toquinho no seu belo terno de granfino, e o seu grande cabelo hidratado.

 Espero o Willian no estacionamento, e em alguns segundos ele apareceu, la vem o toquinho no seu belo terno de granfino, e o seu grande cabelo hidratado

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- É, até que não ficou mau, nova vaibe de vilão?

- E você de Rapunzel.
Olha o dedo do meio de novo, jogo a chave para ele.
- Você dirige.
Assim que entro no carro abro a porta luvas e pego uma garrafa de bourbon, ele olha-me.
- Que foi? Sempre deixei aqui por precaução, e olha só, vou usa-lo hoje.

- Você esta diferente.

- A sério?

- Não estou a falar sobre o sangue, usa sarcasmo a peso, mas não para fazer piadas, dificilmente você faz isso uma vez na vida e outra sabe se la quando.

- A você sabe sim, é só pensar um pouquinho.

- É disso o que estou a falar, esta sorrindo feito uma salamandra.

- E o que tem?

- O seu sorriso parece de um palhaço do circo do horror.
Dessa vez eu mostro o dedo.
- Não se afunda de mais nisso, quando a Olivia morreu.
Olho para ele.
- Pensei que nunca iria conseguir trazer você de volta, não vai tão longe, quero conseguir chegar la antes da hora.

- Eu estou bem Willian, fique calmo, eu não vou sumir.
Sorri.
- Até que a morte nos separe amor.

- Você é mesmo um idiota.

...

Todos os funcionários veio ao enterro da Ysabel, no dia ela deu folga para todos eles, sem saber ela salvou muitas vidas, a família do Alfredo veio, e a família vampira dela também, todos vinham dar-me pêsames, e em cada um deles o meu ódio ia aumentando, não porque as pessoas davam-me, mas sim porque caia mais ainda na fixa que ela nunca mais iria voltar. Antes de fecharem o caixão vou até a mesma, tiro um anel do meu bolso e coloco na sua mão.

- A minha mãe deu-me este anel, o meu pai deu-lhe a ela, ele vendeu o seu carro favorito na época só para comprar o anel, mas disputado da cidade pra a minha mãe.
Seguro a sua mão.
- Os rapazes e as moças surtaram quando viu que o Albert Frisbey comprou para a senhorita Rosaly Thompson, a minha mãe.
Acaricio a sua mão.
- Ela disse-me que eu deveria dar a uma Mulher, a Mulher que me fizesse o Homem, mas feliz do mundo, a Mulher que me fizesse lembrar diariamente da minha humanidade, do pequeno Christofer.
Sorri.
- E a senhora fez isso, quero que fique com ele, quando chegar no outro lado diz ao Alfredo que se ele não cuidar bem da senhora, eu apareço só para dar uns murros nele.
Dou um beijo na sua testa.
- Tenha uma bela eternidade mãe.
Afasto-me vendo eles fecharem o caixão. Fico a observar o caixão sendo enterrado de perto, enquanto todos estão em uma distância. O padre se aproxima e faz o que tem que fazer, logo em seguida encaro o mesmo e ele afasta-se. Ele era o melhor amigo dela, sempre teve medo de mim, porque, eu não sei, talvez ele seja o único que consegue enxergar o mostro por trás desse pedaço de carne podre.

- Iai bonbadão.

Olho para o meu lado.

- Como esta Mery?

- Tirando toda essa situação, estou bem, e você até parece estar, mas forte, o que houve?

- Para não surtar malhei, soquei algumas coisas ontem, bebi, enchi a cara e por aí foi, o meu belo jeito de passar por um momento desses, mas estou melhor agora.

Minto.

Você Merece Ser AmadoOnde histórias criam vida. Descubra agora