- Só pode estar brincando comigo! - Gritou Karen
- Filha acalme-se. Elizabeth é maravilhosa, sei que se der uma oportunidade a ela vocês vão se entender muito bem.
- Não! Não vou dar chance nenhuma a ela. Jamais vai tomar o lugar da minha mãe sua aproveitadora!
- Já chega! Não admito que fale assim com ela. Você não é mais uma criança, é grande o suficiente pra entender que é uma escolha minha e você não pode fazer nada a respeito. Ninguém nunca vai tomar o lugar da sua mãe, ela sempre será a mulher da minha vida... vá para o seu quarto e não saia de lá até segunda ordem.
- Não pode me obrigar! Não sou mais uma criança e com certeza não vou ficar presa no quarto no meu próprio aniversário.
- Posso e já o fiz, ouse me desobedecer se tiver coragem.
Papai nunca tinha falado assim comigo, nem usado palavras tão duras. Castigo ? Não conhecia essa palavra até hoje, isso só pode ser influência dessa mulher.
- Vou para o meu quarto sim, mas é porque eu quero, não aguento mais olhar para a cara de nenhum dos dois. - Disse e subiu as escadas batendo os pés.
Anderson colocou a mão no rosto cabisbaixo, não crendo na atitude da filha. Se sentia culpado, sabia que era parcialmente responsável por tal comportamento. Enquanto isso Elizabeth passava a mão carinhosamente em seu ombro tentando lhe oferecer algum conforto.
- Tá tudo bem, você só pegou ela de surpresa. É claro que ela ainda sente muita falta da mãe e ainda não superou sua perda. Qualquer um teria uma reação negativa nessas condições, mas não tem como negar que realmente a mimou bastante.
- Como não vi isso?... Esse comportamento.
Neste instante Joana atravessa a sala, Anderson e Elizabeth a chamam para perguntar sobre a menina.
- Joana, sente-se por favor. Sei que ouviu e quero saber, Karen tem esse tipo de comportamento?
- Senhor, não acho que seja adequa... - é interrompida
- É uma ordem Joana! Quero que nos conte tudo sobre Karen, é minha funcionária mais antiga e sei que ela confia muito em você.
- Bom... - suspira ela - Karen costuma ser bastante comunicativa, é bem gentil e educada desde que suas vontades não sejam contrariadas. Sinceramente não tenho o que falar dela senhor, tirando esses comportamentos de menina mimada as vezes.
- Não sei se isso me conforta ou me preocupa... como estão sua saúde, alimentação, relacionamentos e essas coisas?
- A alimentação de Karen deixa muito a desejar, por ela comeria besteiras todos os dias e a qualquer momento. Seus exames mais recentes apontaram uma quase anemia, anda se queixando de dores nas costas, cansaço entre outras coisas mas se recusa a ir ao médico. Não vai mais a terapia e cortou seus remédios, tentei impedi-la e marcar algumas consultas mas ela simplesmente bateu o pé teimosa e se negou.
- E enquanto a vida social e desempenho na escola? - Dessa vez é Elizabeth quem pergunta
- Karen tem tido alguns problemas com as notas mas não creio que seja dificuldade, mas sim falta de vontade, chamamos um professor particular para ajuda-la mas ela o expulsou em minutos, se recusa a aceitar ajuda. Socialmente não sei muito, já trouxe alguns amigos aqui mas não sei se posso chama-los assim, não pareciam se importar realmente com ela mas sim com o que ela poderia lhes proporcionar, exceto Lucy que o senhor já conhece. Nunca vi ou ouvi falando algo sobre relacionamento, pelo menos nada sério.
Anderson balança sua cabeça negativamente, se perguntando como permitiu chegar até tal ponto
- Senhor, me desculpe. Me desculpe não ter dito nada e não ter cuidado melhor dela. Não pude, não soube negar muitas coisas a ela.
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Querida Elizabeth
Romancekaren é uma jovem que acabou de completar 18 anos quando seu pai viúvo surge apresentando-lhe sua nova madrasta Elizabeth, Não sabe se sente raiva e nojo por sua madrasta ter poucos anos a mais que ela ou se cede a excitação que a mesma lhe causou s...