Capítulo 14

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Elizabeth...


- Isso era tudo o que eu precisava ouvir. - Um sorriso surgiu no rosto dela.

Pegou o vibrador e começou a passá-lo na parte interna da minha coxa, meu corpo dava leves espasmos só com isso. Passeava com ele nas minhas pernas e barriga me fazendo arrepiar por completo.

- Oooohh... Uuuuhh.. Eu ach... achei que a tortura tinha acabado. O que mais eu preciso dizer? - Falei com dificuldade, aquilo estava deixando meus sentidos desalinhados.

- Já disse tudo o que eu queria ouvir, mas gosto de te ver assim. - Passou o dedo indicador e o dedo do meio juntos pela minha entrada, seus dedos saíram completamente melados pelo meu prazer, e ela os chupou lentamente na minha frente de olhos fechados enquanto minha boca se abriu involuntariamente, depois de deixá-los limpos abriu os olhos focando-os em mim. -  Teu gosto é tão bom, tu é toda gostosa, e minha, toda minha. - Puxou a coleira presa ao meu pescoço pela corrente me levando para perto dela e me beijou intensamente.

Suas mãos percorreram devagar, do meu pescoço ao meu seio, do meu seio a minha barriga, e da minha barriga até finalmente o lugar que eu queria, mas assim que sua mão se aproximou ouvimos batidas na porta, eu simplesmente não podia acreditar.

- Argh! Que droga, porra de empata foda, vou abrir nada não. - Ela disse toda emburrada, as batidas na porta ficavam cada vez mais fortes e constantes. Ela pegou a coberta e jogou por cima de mim. - Deita de lado e finge estar dormindo. - Falou baixo e se levantou indo até a porta e abriu. - É melhor ter um bom motivo para bater na minha porta desse jeito Cíntia.

- Se... seu pai. Ele...

- Meu pai o que Cíntia? - Gritou nervosa. - Fala logo!

- Ele sofreu um acidente, está no CTI.

- Diga a Jonas para preparar o carro, desço em um minuto. - Nem esperou uma resposta de Cíntia e fechou a porta na cara dela.

Assim que vi a porta ser fechada tentei me levantar mas minhas mãos ainda estavam presas, Karen estava visivelmente perturbada com a notícia e não era para menos, seu pai apesar dos erros era a única família que tinha. Ela pegou as primeiras peças de roupas limpas que viu pela frente, nem via o que era, só vestia de qualquer jeito.

- Karen, minhas mãos. - Só ai ela se lembrou de que eu ainda estava presa e veio me soltar.

- Desculpa, esqueci que estava pre... - Falou enquanto me soltava e eu nem deixei terminar

- Não precisa pedir desculpas. Eu vou com você, só preciso de um minuto. - Ela acenou com a cabeça e acabei tendo que vestir uma das roupas dela, o que não foi ruim já que ela tem um bom gosto para roupas e aquilo não era o importante.

Nos vestimos em menos de um minuto, e saímos as pressas do quarto, Joana estava lá embaixo com um casaco em mãos e uma bolsa pronta com documentos, roupas para Anderson, cobertor e meias, e outras coisas que ele poderia precisar para higiene. Outra bolsa menor estava ao lado, com alguns alimentos para Karen.

- Essa bolsa é para o seu pai, aqui tem tudo o que ele pode precisar. Essa pequena é sua, preparei algumas coisas para você não ficar com fome. Leve o casaco, faz frio lá. - Dava para ver como ela se importava com Karen de verdade.

- Não precisava Joana, posso comprar algo no hospital. - Disse pegando as bolsas e o casaco.

- Do jeito que você é enjoada para comer eu duvido que coma algo que preste. Agora vá, espero notícias do seu pai, todos nós estaremos torcendo para que tudo fique bem. - Deu um forte abraço nela e assim partimos.

No carro notei como lágrimas silenciosas rolavam do rosto de Karen, ela olhava para a janela mas sei que sua mente não estava ali, resolvi respeitar seu momento e tentei focar em outra coisa, também estava muito mal, ele foi meu melhor amigo por muitos anos da minha vida, mas precisava ser forte por ele e principalmente por ela. Respirei fundo e tentei me distrair com algo, foi ai que pelo reflexo no vidro do motorista eu vi que Karen não era a única que chorava em silêncio, o rosto de Jonas estava banhado em lágrimas, olhei para suas mãos ao volante e elas tremiam um pouco, mas fingia não estar abalado. Depois de quase uma hora chegamos ao hospital, andamos em passos largos e assim que passamos pela porta uma das recepcionistas veio até nós.

Querida ElizabethOnde histórias criam vida. Descubra agora