Uma semana antes em Brasília...| Bônus - Anderson Faria |
Mais uma viajem de negócios, vou ter que ficar aqui por quase duas semanas, só espero que eu consiga chegar para o aniversário da Karen... ela nunca vai me perdoar se eu não estiver com ela e tem toda razão. Não sou um bom pai para ela, mal a vejo, não acompanho sua vida, tudo fica por responsabilidade da Joana. Joana é minha empregada mais antiga, tenho plena confiança nela, e ela tem muito amor pela minha filha, as duas sempre ficavam juntas, elas e a mãe de Karen quando ainda estava viva, eu as chamava das três mosqueteiras, não se afastavam por nada, as duas ficaram ainda mais próximas quando ela morreu. Sofreram muito, durante meses não soube de um dia em que não tivessem chorado por ela. Não só as duas mas todos da casa, era uma mulher especial, doce, gentil, humilde , caridosa, atenciosa, ficaria aqui a vida inteira listando suas qualidades. Conheci ela quando fui adotado definitivamente, ela não morava perto mas fomos da mesma classe na escola por alguns anos, eu ficava sempre sozinho e isolado, ninguém chegava perto ou falava comigo. Os meninos maiores me batiam e me humilhavam na frente de toda escola, eu era cuspido, chutado, levava socos e tapas, puxavam meu cabelo e me apalpavam, perdi as contas de quantas vezes enfiaram minha cabeça no vaso sanitário. Nunca contei aos meus pais adotivos, sempre dizia que me machuquei brincando e eles acreditavam.
Tudo mudou quando a professora de sociologia me colocou numa dupla junto com a mãe de Karen, ela já tinha tentado se aproximar algumas vezes mas eu sempre fugi, mas ali não tinha jeito. Acabei gostando de estar com ela, era bonito ver como ela enxergava o mundo por um olhar otimista, sonhador e cuidadoso, era um ser de luz. Com certeza aquela era sua matéria favorita, já eu odiava, todas as minhas respostas eram falsas, só escrevia o que a professora gostaria de ler e assim fiz todos os anos até cair nesse trabalho com ela. Desde então estávamos sempre juntos, antes, durante e depois da escola, os meninos tinham me deixado em paz e tudo estava bem. Isso só até o dia de apresentar o trabalho, estava nervoso e fui ao banheiro, foi quando três meninos que sempre me perturbavam entraram juntos no banheiro.
- Olha só marcos, se não é o baitola bem ali. - Um dos meninos me apontou com a cabeça.
- É, é ele mesmo. Mas ele e a Brenda tem andado bastante juntos... será que ele tá pegando ela ou está afim do irmão dela? - O tal do Marcos falou e todos riram, eu já estava tremendo de nervoso, até que ele me pegou pelo pescoço e bateu minha cabeça na parede. - Hoje você vai transar com ela, e a gente vai querer ver, vamos ver se virou macho mesmo ou não. - Me soltou bruscamente e foi embora junto com os outros dois.
Sim, eu sou gay... Me descobri muito novo, quando ainda estava no orfanato. Na escola fiquei afim de um dos amigos do Marcos, assim que cheguei na escola peguei amizade com ele, depois de três semanas grudados achei que tivesse rolado um clima entre nós dois e tentei beijá-lo, estiquei meus lábios e fui me aproximando devagar, ele estava imóvel, provavelmente surpreso. Foi ai que marcos e esses dois meninos apareceram e gritaram que eu estava afim do menino. Todos da escola me tornaram alvo de seus olhares e julgamentos, tentei fugir dali mas os meninos me encurralaram no banheiro, foi um dos piores dias da minha vida, colocaram seus órgãos para fora e batiam com ele em mim, ainda consigo ouvir o que diziam.
" - Não é disso que você gosta? Então toma sua bicha! "
Foram horas assim, as pessoas entravam e saiam do banheiro mas nada faziam, não está diferente hoje, incrível como o ser humano pode ser ruim.
Terminamos a apresentação e logo avistei os três esperando no corredor, inventei uma mentira para ela e disse para ir direto para casa, não queria que eles fizessem nada a ela, mas eu fiquei lá para sofrer nas mãos deles. Nada de novo, me bateram, cuspiram, chutaram e humilharam mas algo que eu não esperava aconteceu naquele dia.
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Querida Elizabeth
Romansakaren é uma jovem que acabou de completar 18 anos quando seu pai viúvo surge apresentando-lhe sua nova madrasta Elizabeth, Não sabe se sente raiva e nojo por sua madrasta ter poucos anos a mais que ela ou se cede a excitação que a mesma lhe causou s...