Capítulo 27

366 38 50
                                    




Elizabeth Carter...








- Não, Karen. - Me doeu demais ter que parar agora, mas é isso, temos outras coisas para resolver primeiro mas ela parece não ter entendido, já está de cara fechada toda bravinha, o pior é que eu adoro essa carinha que ela faz. - Não me olha assim. - Peço porquê se ela não parar eu não resisto por muito tempo, acaricio seu rosto com meu polegar e tento beijá-la mas ela vira o rosto, ô mulher complicada viu. - Ei, para com isso, também estou com saudades de você e doida para te ter mais uma vez, mas seu pai está muito preocupado, a essa altura desmaiou ou já deve estar vindo para cá ver a gente, temos muitas coisas para resolver, precisamos entender isso tudo e nos precaver para que não aconteça de novo. - Ela abaixa a cabeça e sai do meu colo sem dizer nada, volta a se sentar do meu lado de braços cruzados, ela sabe que estou certa mas não quer aceitar, levo minha boca até a sua orelha e digo bem baixinho. - A noite darei o que você quer. - Mordo o lóbulo da sua orelha e o chupo, passeio com a minha boca até seu pescoço, acho que não aguento até a noite, só o cheiro dessa garota já me deixa louca, mordo o pescoço dela e ouço um gemido baixo porém delicioso, é, eu não aguento até a noite.

- Meu pai. - Ela grita e me empurra, me afasto e olho pela janela vendo o Anderson correndo na direção do carro, ela abre a porta, dá a volta no carro e pula nos braços do pai, foi uma cena linda.

Os dois se abraçam e se apertam, o rosto de Anderson está banhado por lágrimas e ela não está diferente, consigo ouvir os soluços mesmo com a porta e o vidro do carro fechados, dou um tempo para os dois e depois abro a porta e saio do carro. Fico parada olhando esses dois, lindo ver eles assim mesmo com tudo que já aconteceu, depois de um longo abraço ele a afasta e checa cada parte do seu corpo procurando algum arranhão, consigo ouvir ela dizer que não a fizeram nenhum mal e que está bem, depois disso mais um abraço.

- Desculpem atrapalhar. - Donghyun surge interrompendo o abraço dos dois. - Mas não é seguro ficarmos aqui, temos que ir para um outro local o mais depressa possível, não podemos correr o risco de acontecer novamente ou até algo pior, também não podemos demorar para descobrir quem, como e porquê fizeram isso com essa família, cada segundo é valioso.

- Você tem razão. - Anderson fala. - Não posso correr o risco de perder minha princesa de novo. - Fala acariciando o rosto da Karen. - Mas para onde iremos?

- A lugar nenhum. - Respondo mesmo que não tenham me convidado para a conversa. - Ficaremos todos aqui.

- Está maluca? Quer que peguem a Karen de novo? É isso? - Anderson grita comigo, já era de se esperar. - Você não manda em nada, não é você quem escolhe aqui, eu tomo as decisões e digo que vamos sair daqui ainda hoje, com ou sem você, na verdade, vamos sem você. Te trouxe única e exclusivamente para cuidar da minha filha e proteger ela, você me fez acreditar que era capaz disso e olha só, levaram ela daqui bem debaixo do seu nariz, se não fosse esse homem e os seus soldados ela ainda estaria lá com eles, sabe-se lá se ainda estaria com vida. Você foi minha melhor amiga Elizabeth, é a pessoa em quem eu mais confiei durante toda a minha vida, mas depois disso essa confiança se quebrou... Desculpe, ela é a minha única filha, não posso correr esse risco mais uma vez. - Se vira e tenta puxar a Karen pelo braço.

- Não vou com você. - Ela se solta dele puxando o braço e fica intacta no lugar, seus olhos encontram os meus, eu estou parada como uma estátua, não acredito que Anderson foi capaz de me dizer isso. - Vou ficar aqui, com a Elizabeth.

- Filha, não é seguro. - Ele insiste mas se tem uma coisa que essa garota é além de linda com certeza é teimosa.

- Seguro nós não estaremos em nenhum lugar, pelo que ouvi e notei deles estão muito bem preparados e nos conhecem mais do que possamos imaginar, há alguém deles por aqui que fornece informações, temos que descobrir quem é logo e usar ao nosso favor, mas uma coisa eu já adianto, o problema não é comigo, é com vocês dois. - Fala apontando para mim e para o pai dela. - Então enquanto eu estiver perto ou for importante para vocês eu estarei em risco, e eu não vou me afastar de nenhum, e sei que sou maravilhosa demais para vocês não se importarem comigo, então o jeito é encarar a realidade. Eles não querem o meu mal, pelo contrário, insistiam em dizer que eram da família e me trataram super bem apesar do sequestro, o problema mesmo é com os dois, então vamos para dentro, vamos sentar, conversar e descobrir o que vocês fizeram de tão grave para eles e quem são. - Falou toda séria, não estou reconhecendo essa garota.

Querida ElizabethOnde histórias criam vida. Descubra agora