Capítulo 24

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Elizabeth...








Não perdi tempo, peguei meu celular e liguei para um velho amigo da parte científica do centro de treinamento, sempre recorro a ele quando preciso de ajuda nessa área, ele é o único em quem eu posso e confio para fazer isso.

- Alô. - Ele fala assim que atende a ligação.

- Preciso da sua ajuda, vem e traga suas coisas pro endereço que eu vou te mandar. - Só disse isso e desliguei, passei o endereço da mansão para ele por mensagem e deixei o celular de lado.

Primeiro olhei minuciosamente cada canto da cama, encontrei um dispositivo de escuta grudado na parte debaixo da base, coloquei luvas para não deixar a minha digital e poder verificar caso tenham deixado alguma, decidi procurar por mais escutas pelo quarto e encontrei mais oito. O segundo dispositivo que encontrei estava por dentro do abajur, o terceiro na parte de trás da televisão, o quarto dentro do acolchoado da cadeira percebi esse pelo relevo estranho perto da borda, o quinto achei na lâmpada do teto do banheiro, outra na ponta da parte alta da janela, a sétima escuta atrás de um dos quadros do quarto e a última no fundo do closet, filhos da puta.

Por incrível que pareça não encontrei mais nada além dos fios de cabelo e os dispositivos de escuta, acabei fazendo uma vistoria em toda a mansão, encontrei diversas escutas em todos os cômodos em que estive, o maldito traidor que está entre nós tem acesso a tudo, mas isso não ajuda muito afinal todos os empregados tem acesso a todos os cômodos para limpeza já que é muito trabalho para poucas pessoas. Assim que terminei e fui jogar o saco de lixo com todas as escutas que encontrei vejo o Jader no portão principal com o celular em mãos, me aproximo dele que ainda não me viu, o assusto jogando o saco na lixeira ao seu lado.

- Que susto sua maluca! Estava procurando seu contato agora.

- Vamos trabalhar? Não temos tempo para perder. - Nem o cumprimento, só libero a entrada dele e saio. Ele entra e para o carro logo no começo. - Que isso em, você que não gostava de luxo morando numa casona dessas. - Me aproximo da janela do motorista que é onde ele está. - Eai, onde posso deixar minhas coisas?

- Estacione o carro na garagem e o resto deixa comigo. - Disse e ele deu partida novamente indo fazer o que disse, o esperei na porta da mansão e ele logo veio, me olhava com uma cara estranha. - Ih, você está toda estranha em, toda nervosa, deve ser sério mesmo, adianta logo o que tá rolando.

- Sequestraram a Karen, filha do dono dessa mansão e meu grande amigo.

- Só isso? A me poupe Elizabeth, isso não é nada para você. Já te vi resolver situações muito piores em menos de um dia sem ajuda de ninguém, e agora você quer me falar que me chamou até aqui porquê sequestraram uma pirralha riquinha e mimada? - Assim que terminou de falar meus punhos se fecharam e foram de encontro a seu rosto, nem me dei conta de nada, quando vi já tinha dado o soco na cara dele. - Está maluca porra? Que que houve contigo? Já é a idade batendo? - Falou passando a mão no lugar em que o acertei.

- Não fale assim dela de novo. - Falei apontando para seu rosto com o dedo indicador levantado. - E não é a idade que está batendo não, sou eu mesma, mas em você, quer ver de novo?

- Não, não. - Falou todo nervoso pondo os braços na frente da face para se proteger. - Agora voltou ao normal não é? Caramba em.

- Entra logo antes que eu te de outro murro na cara. - Falei abrindo a porta para que ele passe, ele olha tudo admirado e se joga no sofá como se fosse sua casa. - Tira esse pé fedido daí! E senta direito que você não está na sua casa e nem veio a passeio, tem trabalho a fazer.

- Chatona você em, vou nem desfrutar da casa um pouco? - Fechei a cara e mostrei para ele meu punho fechado doida para acertá-lo de novo. - Tá bom pô, fica calma ai, fala o que quer de mim.

Querida ElizabethOnde histórias criam vida. Descubra agora