Elizabeth
Não consigo entender o que pode ter acontecido em tão pouco tempo para ela ter ficado desse jeito. Minha vontade era largar o café e ir atrás dela saber o que houve, mas e se for por minha causa? Se ainda estiver se sentindo mal pelo que aconteceu ontem a noite?
Seja lá o que for ela não parece querer falar comigo, nem com ninguém.
Estava ansiosa, mal estava aproveitando o café da manhã. Já Lucy parecia tranquila, não sei se por efeito do sono já que pela cara acordou a poucos minutos, ou se estava realmente despreocupada. Não me aguentei e decidi perguntar a ela.
- Meu bem, o que aconteceu com a Karen? A alguns minutos parecia bem e agora isso.. o que houve?
- Ela está assim por causa do bilhete. - Falou tranquila enquanto mordia uma torrada
- Bilhete? Que bilhete?
- O pai dela deixou um bilhete na porta do mundo de Karen achando que ela estava lá, avisando que teve que viajar para Buenos Aires.
Então é isso... me sinto um pouco aliviada por não ser algo comigo.
- Poxa, então ela já sabe?
- Sim, pelo visto você não está surpresa.. se sabia por que não contou a ela antes de descobrir desse jeito?
- Eu também não sabia, recebi uma mensagem dele agora de manhã já no avião.
- Nem pra você ele avisou direito?... Eu não sei se aguentaria um relacionamento assim não, foi no mínimo falta de consideração. Mas... não é novidade vindo dele, só que ela nunca se acostuma e fica assim.
- Ela parece bem mal, acho melhor ir ficar com ela um pouco, você vem?
- Vou terminar e já subo, mas ela não gosta de demonstrar que está vulnerável então vá preparada... principalmente por ele não ter nem desejado os parabéns a ela ontem, isso deixou tudo pior.
Puta merda, bem que eu ainda falei.
- Pode deixar.
Deixei o meu café quase todo ainda na mesa, me levantei e subi para o quarto da Karen, bati na porta e sem ela responder tentei abrir mas estava trancado.
- Querida, sou eu. Abra a porta por favor. - Dei duas batidas leves na porta
- Não! Eu não quero falar com ninguém, saí. - Sua voz era de choro
- Por favor, só quero conversar e depois vou embora, prometo.
- Não!
Ouvi alguns barulhos estranhos, parecia que estava acontecendo uma briga no quarto, e em alguns momentos ela dava gritos mais intensos.
Não era isso, não podia ser. Corri pela mansão gritando por Joana e a encontrei na cozinha, sabia que ela teria cópias das chaves de todos os cômodos, pedi o do quarto de Karen e vendo a minha afobação ela veio comigo assim como Lucy. Já perto da porta nós três ouvimos o último grito de Karen, nos arrepiamos, com muito nervosismo Joana abriu a porta do quarto. E infelizmente eu estava certa.
Encontramos Karen quase desacordada, no chão próximo da cama. Seus pulsos estavam cortados e cheios de sangue, ao seu lado a lâmina que usou para se mutilar. O tapete branco se tornou vermelho e ela estava pálida como papel. Joana começou a correr em direção a área externa da mansão e gritar por ajuda, enquanto eu e Lucy tentamos controlar o nervosismo para ajudá-la, peguei uma blusa limpa próxima a nós e tentei conter a hemorragia, em poucos segundos dois dos seguranças da casa já estavam no quarto a pegando nos braços e a levando para o carro com todo cuidado e agilidade, os seguimos e entramos, logo Jonas nos levou correndo para o hospital.
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Querida Elizabeth
Romancekaren é uma jovem que acabou de completar 18 anos quando seu pai viúvo surge apresentando-lhe sua nova madrasta Elizabeth, Não sabe se sente raiva e nojo por sua madrasta ter poucos anos a mais que ela ou se cede a excitação que a mesma lhe causou s...