Elizabeth
- Você vem? - Karen perguntou manhosa, já deitada em sua cama
- Nossa, onde foi parar a menina que estava doida para me ver fora daqui? - Perguntei rindo
- Continua aqui, só que agora está doida para te ver na cama dela.
- Deita. - mandei e ela logo obedeceu
Deu para perceber que ela esperava que fossemos transar ali naquele momento, Deus sabe o quanto eu quero também, mas é tão errado... não posso fazer isso com Anderson. A culpa foi minha, quando a ouvi dizer que se sentia atraída por mim fiquei mexida, o dia já tinha sido muito estressante então decidi tomar uma taça de vinho, mas o que era para ser uma taça viraram 3 garrafas e meia. O vinho me ajuda a relaxar como ninguém, porém junto com o relaxamento eu fico totalmente fora de mim, sem controle algum.
- Esse está bom? - perguntei mostrando a ela um conjunto de pijama que peguei em seu armário.
- Achei que nós fossemos... você sabe..
- Transar? - completo e ela acena com a cabeça dizendo que sim, me sento na cama ao seu lado e levanto sua cabeça para que olhe pra mim - Minha querida, sabe que isso não é certo, estou com seu pai, que aliás está no andar de baixo no escritório. Não quero fugir das minhas responsabilidades, sei que fui a mais errada de nós duas, aquilo na sala de cinema não deveria ter acontecido, foi só... o vinho controlando meu corpo.
- Você é mais podre do que eu pensei, como pode ter feito aquilo e agora simplesmente dizer que não era você, e sim porquê você bebeu demais?
- Tem toda razão e está no seu direito de me ver como a pior pessoa do mundo, eu não sei nem o que te dizer, porquê nada vai redimir o que eu fiz... Quer que eu vá junto com você para contarmos ao seu pai o que aconteceu juntas?
- TÁ MALUCA? - ela grita se levantando da cama e arregalando os olhos. - Nunca vou ter coragem de contar isso a ele...
ela senta novamente na cama com a mão na testa demonstrando preocupação, respirou fundo e pesado e disse:
- Por um segundo, tinha esquecido do meu pai e que estão juntos.. tudo aconteceu tão rápido e diferente, não sei explicar. Mas por favor não diga nada ao meu pai, ele já está chateado o suficiente comigo, e eu já não sei se consigo mais ficar perto dele ou olha-lo nos olhos depois do que aconteceu. - uma lágrima escorreu por seu rosto - Que tipo de filha horrível eu sou? fiquei afim da namorada do meu próprio pai e queria transar com ela sendo que ele está na mesma casa?
Ela se jogou na cama de bruços e cobriu a cabeça com um travesseiro, na tentativa de esconder seu rosto envergonhado e suas lágrimas que insistiam em cair.
- Minha querida. - a chamei e quando não obtive resposta deite na cama ao seu lado tirando dela o travesseiro, deitamos de lado uma de frente para a outra e limpei com o polegar algumas lágrimas em seu belo rostinho - Não se martirize por isso, já aconteceu e nem todo auto castigo do mundo vai mudar isso. Não contarei nada ao seu pai, mas caso mude de ideia algum dia pôde fazê-lo e se quiser que eu esteja junto e só me chamar antes.
- Por que você contaria a ele? Não tem medo que ele te largue?
- Se tem algo que eu não gosto são mentiras e segredos, principalmente em um relacionamento seja ele amoroso ou de amizade. A sinceridade é uma das bases que mantém tudo de pé, e caso ela derrube é porque essa é a melhor decisão...
- Você parece tão madura pra alguém que só tem 23 anos.. - diz ela suspirando e limpando suas lágrimas do rosto - fala bonito as vezes.
- Obrigada minha querida, mas na verdade eu tenho 33 anos. - Ri feliz
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Querida Elizabeth
Romancekaren é uma jovem que acabou de completar 18 anos quando seu pai viúvo surge apresentando-lhe sua nova madrasta Elizabeth, Não sabe se sente raiva e nojo por sua madrasta ter poucos anos a mais que ela ou se cede a excitação que a mesma lhe causou s...