Karen FariaUma angústia enorme tomou conta do meu peito, onde será que se meteu essa mulher? Preciso que ela volte, preciso dela aqui, a maneira que ela estava, completamente transtornada, me faz pensar se há possibilidade dela voltar. Ela prometeu me proteger independente do que acontecesse mas depois de me ver com a Giovanna não sei se isso permanece, ela sempre falou tanto comigo sobre ela, e eu boba achando que ela não faria nada me fiz de desentendida, mas de fato não me entra na cabeça por quê ela fez aquilo do nada? Se eu soubesse que isso tudo iria acontecer já teria me afastado dela a muito tempo.
Tenho tanto medo, esse gênio da Elizabeth me dá uma péssima expectativa, com certeza ela não vai me dar nem a chance de falar algo, ainda que desse sei que nada vai tirar essa ideia absurda de que eu estive junto com a Giovanna todo esse tempo da cabeça dura dela. Eu até entendo, no lugar dela pensaria o mesmo, mas acho que não teria todo esse autocontrole, já teria no mínimo arrancados uns bons tufos de cabelo da cabeça da vagabunda que chegasse perto dela.
Simplesmente não consigo fazer nada, parece que uma parte de mim se foi, sinto um vazio sem ela aqui, me sinto fraca, desanimada, não quero nada que não seja ela ou ficar o dia inteiro na cama sentindo seu perfume e a imaginando aqui do meu lado, me envolvendo com seus braços e calor do seu corpo.
Já chega, não consigo passar mais um minuto sem essa mulher, vou atrás dela, sei muito bem quem pode me dizer onde ela está, procuro pelo senhor Dongheyoun e sou informada de que ele acabou de sair, fujo pelos fundos e procuro pelo carro dele, mas vejo ele caminhando pelas ruas, ele pega o celular no bolso, me aproximo e o observo escondida atrás de um carro.
- Então Elizabeth, está mais calma?.... Ok, já estava indo para ai. - Ele fala e guarda o celular no bolso.
O sigo e não muito longe dali ele entra em um bar, a Elizabeth é uma pinguça mesmo, nem dez horas da manhã já no bar, mas dessa vez ela tem desconto... Me aproximo e entro, da porta procuro pelos dois mas o lugar está cheio, além de bar eles também servem café da manhã, encontro os dois numa mesa ao canto do restaurante, na mesa mais afastada, os bancos são de um acolchoado vermelho, meu sangue ferve quando nota uma loira oxigenada no colo dela, alisando seu rosto, apertando seus músculos do braço, beijando o pescoço e a desgraçada da Elizabeth não move um dedo para tirar ela dali, se ela acha que vou relevar isso está muito enganada, caminho até a mesa deles em passos furiosos.
- Pois bem não é Elizabeth? Fazendo toda aquela cena lá em casa ontem a noite e agora está ai com essa aspirante a odontologista na maior intimidade, sei que você pensa que aconteceu algo entre mim e a Giovanna mas não houve nada e ela mesma pode confirmar isso, mas você e essa sua cabeça dura não permitiram explicar nada, mas ainda assim, isso não justifica você estar aqui no dia seguinte se agarrando com essa filhote de esquilo, filhote não, está mais para bisavó do esquilo. Eu confiei em você, me abri como nunca tinha feito antes, me permiti, EU DISSE QUE TE AMAVA ELIZABETH... Mas pensando bem agora você nunca nem disse que sentia o mesmo, eu é que fui uma idiota mesmo, quis me enganar pensando que era o seu jeito, que você tinha algum bloqueio emocional, qualquer porra de desculpa esfarrapada, tudo para não ter que aceitar a verdade, a verdade que você simplesmente nunca me amou... Não precisa se preocupar, não vou atrapalhar mais a sua vida, só peço que também não atrapalhe a minha, se possível nem chegue perto de mim, não consigo mais olhar para você sem vomitar. - Dou as costas e saio dali sem que nenhum deles tenha a chance de responder.
Enquanto eu falava nenhum deles teve reação, senhor Dongheyoun apenas escutava, a vagabunda no colo da Elizabeth simplesmente agiu como se eu não estivesse ali e continuou alisando e beijando-a, já a Elizabeth estava aérea, olhava para mim mas não via reação alguma nela. Pensei que depois de tudo que disse e vi um deles viria até mim mas me enganei, fiquei até esperando em um certo ponto para ver se ela aparecia mas nada, esperava que aquilo fosse um mal entendido, ou que ela só tivesse feito isso por achar que eu estava a enganando e traindo com a Giovanna, que tivesse sido uma atitude impulsiva, que no fundo ela me quer assim como eu a quero, mas não é bem assim. Elizabeth deixou bem claro que tudo acabou, ela me deixou ir, e eu farei o mesmo com ela a partir de agora.
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Querida Elizabeth
Romancekaren é uma jovem que acabou de completar 18 anos quando seu pai viúvo surge apresentando-lhe sua nova madrasta Elizabeth, Não sabe se sente raiva e nojo por sua madrasta ter poucos anos a mais que ela ou se cede a excitação que a mesma lhe causou s...