PATROA 2

CAPÍTULO 27

NICOLI

Grávida, eu não posso está grávida no meio de todo esse caos, o pai do meu bebê pode está morto em qualquer vala por aí, e talvez morto pelo avô do meu filho,sabe se lá EU vou está viva quando sair daqui, também.

Nick: eu preciso ir.- falo nervosa e a dr nega.

Dr: você não pode, estava muito tempo sem comer e perdeu sangue, pode está fraca.- suspiro e lágrimas descem pelo meu rosto.- seus pais estão lá fora, vou chama-los.

Nick: só não conte sobre o bebê.- falo e ela assente.

Na minha cabeça um milhão de coisas passam, se o Thales saiu do morro vivo, se meu pai está bem, se minha família está bem, tiros eu já não escuto mais, mas como ter certeza se o morro está seguro.

Naná: meu amor, que susto nos deu.- minha mãe abraça meu corpo.

Nick: o caveira?- pergunto eles paralisam e me encaram.- ele está vivo?- questiono.

Sansão: como conhecia aquele cara?- pergunta me encarando sério.- ele te ameaçou por anos, ele te procurou, ele sabia que você tinha voltado, né?- Fala pouco alterado.

Nick: não,ele não sabia quem eu era, eu fui para rocinha a trabalho.- os olhos do meu pai está preso em mim.

Sansão: o estágio?- pergunta aparentemente bravo.- você sabia o quanto era perigoso andar no asfalto, quem dirá ir até um morro inimigo, você tem ideia do risco que corria estando com aquele cara?

Nick: talvez se me contassem as coisas eu saberia quem ele era.- me altero com lágrimas nos olhos.

Sansão: você sabia que a rocinha era rival- diz firme.

Nick: Fui sorteada para ir para o posto de saúde de lá para estagiar durante três meses.- falo baixo.- tentei mudar o local, mas não consegui, ninguém me conhecia, achei que eu poderia ir e ninguém me notaria, já que nunca chamei atenção em canto algum, na Suiça eu era invisível.- falo com a cabeça baixa.- o caveira se interessou por mim, por diversas vezes neguei as investidas dele, mas ele era insistente, e me tratava muito bem, insistia em me levar no apartamento, insistia em me buscar na faculdade, ele até me ensinou a dirigir.- falo tudo sentindo um peso sair das minhas costas.

Sansão: ele foi o motivo de eu ter perdido todos esses anos com você, o motivo de eu ter medo de cada passo que você dava, esse homem pelo qual você entrou no meio de um tiroteio tirou todos os seus momentos de família.- as palavras do meu pai são como socos no meu estômago.

Nick: ele não é assim.- sussuro tentando me convencer de que o homem pelo qual eu com certeza estou apaixonada, não é nenhum monstro.

Naná: ele ameaçou tirar você de nós, como ele não é assim?- pergunta me encarando com pena, talvez por eu está defendendo um homem que prometeu me tirar d minha família. 

Sansão: você traiu a facção, o que você acha que vai acontecer com você quando a cúpula descobrir que a filha do dono do Vidigal estava em um morro rival? Eu te protegi por anos para te perder por um erro seu?- encaro meu pai assustada.

Naná: o que fariam com nossa filha, você não deixaria, né?- meu pai suspira.

Nick: ele está bem?- lágrimas escorrem pelos meus olhos.- pai, ele está bem?- meu pai não olha nos meus olhos.

Sansão: não por muito tempo.- diz sério e sai do quarto do hospital.

Nick: mãe.- ela não olha na minha cara.- não deixa ele matar o Caveira.- falo chorando.- eu amo ele, e acho que ele também me ama.- ela nega.

Naná: conhece ele a alguns dias como tem tanta certeza?- pergunta seria.

Nick: ele podia ter me matado, ele tinha uma arma apontada na minha cabeça.- ela me encara.- ele se importava comigo, ele me deu carinho, me proporcionou momentos únicos.- ela continua me olha com pena.- ouvi você dizer que o papai insistia em você, que ele te ganhou nos mínimos detalhes e o Caveira não é diferente.- suspiro.- ele se importava com coisas mínimas, um doce no meio do expediente, uma massagem por causa de um dia cansativo.

Naná: tem amores que não são para serem vividos minha filha, esse relacionamento nunca daria certo, quanto tempo em uma mentira, ele não sabia quem você era, você não conhece ele de verdade.- fecho os olhos ouvindo sua palavras.- o que sabe desse cara? O que conhece do mundo dele?- realmente eu não sei nada sobre ele.- o que ele sabe de você, quem foi a personagem que você montou para está ao lado dele?

Nick: eu...- tentei falar mais fui cortada.

Naná: ficaria com um homem que tem tanto ódio do seu pai a ponto de te ameassar? Dormiria ao lado dele novamente, sabendo que hoje ele sabe quem você é?- as palavras da minha mãe me atormentavam e em meio a isso tudo eu não consegui esquecer que ainda tem um neném na minha barriga.

(...)

Minha mãe saiu para buscar algumas coisas em casa, agora todo o morro já deve saber quem sou eu.

Sâme: está uma confusão lá fora.- minha amiga diz entrando no quarto.- você está bem?- nego, não adianta mentir, ela me conhece.

Nick: sabe algo sobre ele?- pergunto mas sem querer ouvir que já desovaram o corpo dele por aí.

Sâme: ouvi alguém dizer no rádio do seu primo que ele ainda está na casinha, seu pai ainda não foi lá.- diz.

Nick: preciso vê-lo, e me explicar.- ela me olha com pena.

Sâme: amiga.. - tenta falar.

Nick: estou grávida.- os olhos dela arregalam.- vão matar o pai do meu filho, eu preciso vê-lo.

Sâme: o que quer fazer?- pergunta sabendo que eu não iria socegar

Nick: quero vê lo, preciso ir até a casinha.-ela suspira.

Sâme: acha que pode sair dessa cama? Consegui se manter em pé?-assinto me levantando.- suas roupas estão aqui, vamos ver se dá pra tirar você daqui.

Ela vai ao lado de fora e eu espero ansiosa perto da porta.

Sâme: o posto ta lotado, não vão te ver sair.- assinto e vou passando pelas pessoas.

Já é noite, as ruas estão desertas, não costumam sair de casa depois de uma invasão, e com um dono de outro morro preso aqui, os riscos de invdirem o morro novamente só aumenta.

Subo acompanhada da minha amiga, que jurou não me largar sozinha até a parte mais alto do morro, alguns dos homens do meu pai ali estão.

Sâme: como pretende entrar?- pergunta difícil.

Nick: boa pergunta.- encaro a casa abandonada com apenas porta e as janelas com grades.

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