PATROA 2

CAPÍTULO 32

CAVEIRA

Ouço o celular tocar e pego na cabeceira da minha cama, encaro o contato vendo que é o informante que tenho no Vidigal.

Caveira: fala.- digo assim que atendo a ligação.

Informante: sequestraram a mina.- diz de uma vez, meu coração erra as batidas, fico em choque até ouvir ele me falar de novo.- patrão?- fala.

Caveira: onde ela estava?- pergunto quando volto a realidade.

Informante: na faculdade, estava com as amigas, tinha ido levar alguns papéis.- suspiro.

Caveira: e onde diabos você estava?- pergunto alterado.

Informante: no carro, esperando por elas.- tento manter o controle.

Caveira: acham que foi eu?- pergunto já sabendo a resposta.

Informante: sim.- responde o que eu já esperava.

Caveira: me mantenha informado, vou mandar investigar.

Desligo a chamada já muito estressado, chamo meu tio e o Amaral no rádio.

BLACK

Eu sabia que era uma péssima ideia elas irem até o asfalto, é óbvio que o caveira não iria deixar isso de lado, quantos anos esperando por isso, acharam mesmo que ele iria deixar de lado por que estava tendo um caso com ela?

Encaro meu pai e meu avô que estão muito nervosos, minha mãe Naná está com minhas tias e minha mãe cat, medicaram ela já que ela chegou até desmaiar.

Sansão: repete o que aconteceu.- meu pai pede a Lia.

Lia: Estávamos na faculdade, íamos entregar o atestado que o médico deu, para não darem faltas, ela precisou ir ao banheiro, quem foi com ela foi a Vic.- diz e aponta para a outra menina.

Vic: eu estava na cabine do banheiro, só ouvi ela dizer " o que você está fazendo aqui?", " Ele vai vir atrás de você", logo ela deu um grito abafado e depois saíram do banheiro.

Black: e você? Tava onde papagaio?- pergunto ao segurança dela.

Papagaio: estava no carro, no estacionamento esperando por elas.- bufo.

Black: e você é pago para ficar no carro?- ele nega.- então por que caralho não estava junto delas?- me altero.

Sâme: vocês vão achar ela né?- pergunta preocupada.- acham que foi o Caveira?- pergunta.

Sansão: é óbvio que foi, quem mais seria?.- diz bastante nervoso.- podem ir.- fala e as meninas saem.

Depois que elas saem, um dos caras que mexem com bagulho de computador entra na sala, meu pai começa explicar o que está havendo.

O cara primeiro começa a restrear o celular dela.

SÂME

Saio daquela sala atorduada, minha amiga está sumida, foi sequestrada e talvez pelo pai do bebê dela.

Lia: acha que foi ele?- pergunta baixo para que outras pessoas não ouçam.

Sâme: não sei, e se foi? Acha que ela contaria a ele?- ela me olha pensativa, não tem ninguém perto da gente, a Vic foi falar com o Digato que estava na porta da boca.

Lia: não sei, será que ele faria mal a ela, ou ao bebê?- minha cabeça está a mil.

Sâme: eu vou até lá, ele não pode fazer nada com ela.- ela me encara com receio.

Lia: acha que ele ouviria você?- não custa nada tentar.

Sâme: preciso tentar?

Lia: eu vou junto.- assinto e vamos apressadas até a casa da Lia, a ideia inicial é pegar um dos carros do seu pai.- não tem ninguém em casa, só precisamos passar pela barreira.- assinto.

Entramos no carro e eu logo estou descendo o morro.

Logo passo pela barreira, a lia está com o celular no GPS buscando como chegar na rocinha.

É uma loucura dirigir no rio de janeiro.

(...)

Encaro a barreira do morro de facção diferente, nem deveríamos está aqui, mas o que nós não fazemos pelos nosso bebês.

Encaro os caras armados enquanto nós aproximamos, as pessoas aqui parecem tensas, as coisas não parecem legais.

Xxx: o que as dondocas querem aqui?- o homem pergunta quando nos nota.

Sâme: quero falar com o caveira.- sou direta e não abaixo a cabeça.

Xxx: o patrão não está para migué de piranha.- fala grosseiro, suspiro para não xingar esse cara e acabar levando um tiro na fuça.

Lia: sâme?- me chama e eu a encaro.- não é a tal da Emily?- aponta para a menina que a Nick nos mostrou foto.

Sâme: ei.- chamo a menina que está um pouco a cima com outra garota, que se eu não me engano é a tal Sabrina, pelo o que a Nick contou elas namoram.

Lia: ei, emily.- chama mais alto e a garota olha.

Sâme: pode vir aqui?- ela estranha provavelmente por nunca ter nos visto na vida.

As meninas se aproximam nos encarando de cima a baixa.

Sâme: eu sou a Sâmela, essa é a Cecília.- falo.

Emily: e da onde me conhecem?- pergunta nos encarando e a outra chegava até fazer cara feia, parecia odiar.

Sâme: é sobre a nick.- encaro o homem que ainda nos encara e volto o olhar para ela que muda a expressão para preocupação.

Sabrina: vem, vamos subir.- fala depois de encarar o menino.- elas tão liberadas negão.

As meninas saem nos puxando até um carro.

A gente entra com o cu na mão, a lia me olha apavorada, talvez viramos mais duas reféns.

Ela para em frente um casarão, nos entre olhamos e elas saem do carro.

Emily: vamos.- nos puxam para dentro da casa.

Sâme: ela está aqui?- elas me encaram.

Sabrina: não.- diz seria.

Lia: precisamos falar com o caveira, se ela estiver com ele, ele precisa saber de algo.- diz entrando atrás das meninas.

Sabrina: ele logo chega.- diz nervosa mechendo no celular.

Uma moto faz barulho ao lado de fora e logo o homem entra pela porta, e te contar minha queria amiga tem razão de se apaixonar.

Caveira: o que elas duas fazem aqui?- pergunta sabendo quem nós somos, eu ele pelo menos já viu a lia eu não sei.- essa é a mina da boate, e você a filha do doca.- aponta para nós duas.

Sâme: viemos pedir para você soltar a nick.- falo e a lia emenda.

Lia: você não vai querer fazer mal a ela depois do que temos para te contar, talvez se arrependeria pelo resto da sua vida se matar o seu próprio filho.- diz tudo de uma vez feito uma matraca.

Caveira: eu não estou...- ele para e encara ela.- filho? Que filho?.

Sâme: a Nick não está com você?- ele nega.

Caveira: de que porra de filho você está falando?- encara a garota.

Lia: a Nick ela está grávida, a gente tava achando que ela estava aqui, viemos vê se você soltava ela se soubesse do bebê, mas porra parece que ela não está e agora, óh, meu deus agora ela está ainda mais em perigo, quem deve está com ela.- ele desembesta a falar tudo rápido demais.

Caveira: está me dizendo que a Nicoli, está grávida? De um filho meu?

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