NICOLE
Estou na coberta do Thales assim como ele pediu, sei que as coisas estão complicadas e obviamente por minha causa.
Meu pai me telefonou, pediu que eu ficasse todo o tempo dentro da coberta, não saisse para absolutamente nada, se eu quisesse algo da rua, era para eu pedir para entregar, ou pedisse que um dos seguranças que estavam no prédio fossem buscar.
As coisas estão complicadas e aparentemente vão ficar ainda mais, estou aqui a dois dias, não vejo ninguém desde então, apenas o pessoal que trabalha aqui.
O Thales me disse que quando a poeira desse uma abaixada ele viria, mas que não era para eu sair por nada, a não ser que fosse uma emergência com os bebês.
Meu emocional tá completamente fudido, com o hormônios ainda piores, toda hora me pego chorando, sinto que tudo o que minha família está passando agora é culpa minha.
O Bebeto, chefe da facção exigiu que me entregassem a ele, meu pai negou dizendo que ninguém mataria a filha dele, eles foram embora do morro jurando voltar para me buscar, por pouco não ouve um massacre, os homens do Bebete eram em menor quantidade e se ele começasse um tiroteio não daria muito bom para ele.
Minha mãe que me contou tudo isso pelo celular e pediu que eu garantisse que não iria ficar me culpando ou me lamentando, disse que a gente não escolhe quem amar, que nossos filhos e nosso amor não é perda de tempo ou não é erro algum.
Ouço barulho da porta quando estou perdida nos meus pensamentos, olho na direção da mesma e meu coração saltita quando vejo o homem pelo qual eu sou completamente apaixonada entrando por ela.
Caveira: oi meu amor.- vem na minha direção e se joga ao meu lado, em um ato de impulso eu logo me jogo nos braços dele, eu precisava muito disso, desse cheiro desse aconchego e sem ao menos perceber meus olhos se inundam de lágrimas.- não chora vida, vai ficar tudo bem.- alisa meu cabelo enquanto eu soluço copiosamente entre seu pescoço.
Nick: eu não queria que as coisas fossem dessa forma.- digo em meio as lágrimas.
Caveira: Eu também não, mas isso vai passar.- passa a mão nas minhas costas fazendo um carinho bom.
Nick: vai ficar aqui?- ele assente.
Caveira: por hoje sim.- eu sorrio feliz e me afundo ainda mais em seu pescoço.
Nick: já jantou?- ela nega.- fiz um bife com suflê de legumes.- ele me olha duvidoso.
Caveira: e agora você cozinhas essas coisas com nomes difíceis?- ele rir.
Nick: fui criada pela melhor cozinheira da Suiça.- ele da risada.
Caveira: então quero vê qual vai ser desse suflê aí.- diz me levantando do seu colo e logo me acompanhando até a cozinha.
Nick: você está parecendo cansado, as coisas estão muito complicadas?- ele nega com a cabeça prontamente.
Caveira: não, só tô passando um tempo a mais na boca, vão não precisa se preocupar com isso, foca em alimentar nossos nossos pitoquinhos.- fala me observando botar a comida.
Nick: tá bom.- falo sem jeito, não quero insistir no assunto.
Caveira: como tem sido os dias aqui?- pergunta me encarando.
Nick: passo metade do dia vendo séries e a outra fazendo xixi.- fala pegando os talheres e ele me olha confuso.- seus filhos sambam na minha Bixiga. - ele da risada.
Enquanto comiamos ele puxava alguns assuntos aleatórios, parecia querer me acalma e por Deus ele estava conseguindo.
Depois de comer toda a comida, o Thales foi lavar as louças e eu fazer um brigadeiro para a gente comer vendo filme.
É muito bom ter a companhia dele, me sentir aconchegada e amada.
Fomos para o quarto depois das besteiras prontas, além do brinquedo de colher, também fizemos pipoca e pegamos Finis.
Botamos tudo na mesinha de cabeceira e fomos tomar um banho fresquinho.
Caveira: tô amando sua barriguinha de coco.- fala implicando.
Nick: vai a merda.- resmungo.
Caveira: já quero vê quando tiver bem grandona.- eu reviro os olhos.
Nick: será que nossos bebês vão ser lindos igual a mim?- ele me olha debochado.
Caveira: vão ser uns gatos igual o pai.- eu do risada.
Nick: tomara que sejam duas meninas.- ele me olha com o cenho franzido.- são mais calmas.- ele da risada.
Caveira: seus pais não diriam isso.- diz sarcástico.
Nick: é verdade.- sorrio de lado.
Caveira: vamos sair desse banheiro logo, quero comer você e aqueles doces.- diz rápido e eu olho com cara de deboche.- você é o prato principal, e os doces a sobremesa.- eu nego rindo.
Nick: se veio aqui só pra isso pode vazar.- ele me olha ofendido e depois de se enrolar na toalha sai sem dizer mais nada.
Me enrolo na toalha e também vou a caminho do quarto ele está mexendo na tv e nem me olha, estranho já que ele está sempre pronto para babar no meu corpo.
Fico chateada que ele não me dá devida atenção e apenas deito na cama totalmente nua, a atenção dele continua na tela.
Nick: vamos vê o que?- ele não me olha penas responde.
Caveira: crepúsculo.- fala o título de um dos meus filmes favoritos.
Ele solta o filme e fica encarando a tv, pego minha mão e aliso sua barriga, sentindo ele irrigeser o músculo, desço a mão até a barra da cueca e ali ele me barra.
Nick: vai se castigar desse forma, foi apenas uma brincadeira.- continuo a alisar a região.- eu não me castigaria.- falo próximo ao seu pescoço e ele se arrepia.
Caveira: vim para te fazer companhia nicoli.- fala rispido.
Nick: eu sei que não foi só pra isso.- beijo sua orelha.- eu também quero, também tô com saudades.- ele me encara e sorrir de lado.
Caveira: quer mesmo?- diz animado e eu começo a rir.
Nick: você é tão resistente.- do risada.- contém ironia.- falo rindo.
Ele me puxa para um beijo carinhoso e com saudades, um beijo bom que me faz esquecer todo esse caos que novamente estamos vivendo.
O sexo tava bom, gostoso e cheio de carinho, diferente de outra vezes não tinham tapas, nem brutalidade, não que eu não gosto, eu adoro, mas esse sexo era diferente, tinha amor, aconchego, conexão, a gente precisava disso.
Depois de gozarmos, nós voltamos para o filme, comemos o brigadeiro e os doces e quanto assistimos.
Caveira: boa noite meu amor.- beija minha testa.
Nick: vai está aqui quando eu acordar?- ele assente.- boa noite vida.- viro para o outro lado sendo abraçada por ele e caindo no sono.
⭐⭐⭐⭐⭐⭐

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PATROA 2
Fanfiction- Nicoli filha da Naná e do Sansão, foi mandada pelos pais para a Suiça para fugir de um dos inimigos do seu pai, antigo dono do Vidigal, mas aos 20 anos, cansada das "desculpas" da sua mãe, fazendo faculdade de enfermagem, ela volta para o Rio de J...