CAPÍTULO 34

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SANSÃO

Espero a Samela entrar na sala da boca junto da Lia, as duas estavam no carro, e eu quero saber exatamente o que foram fazer na Rocinha.

Sâme: oi tio, mandou me chamar?- pergunta nervosa e logo atrás entra a Cecília.

Sansão: o que vocês foram fazer na Rocinha?- as duas se olham nervosas, daqui eu consigo vê a Sâme mexer os dedos das mãos.

Sâme: an, na rocinha?- eu assinto.

Sansão: sim Sâmela, na rocinha o que vocês duas foram fazer na Rocinha?- ela me encara e nervosa mais logo abre o bico.

Lia: fomos pedir para o caveira soltar a Nick.- diz na frente da amiga.

Sâme: achávamos que ele estava com ela, mas me incomodava saber de tudo o que eles tiveram e mesmo assim ele machucar ela.- encaro as duas com o cenho franzido.

Sansão: e ele vai soltar ela?- pergunto preocupado.

Lia: ele disse que ela não está lá.- diz minha afilhada.

Sansão: como ela não está lá? Quem mais pegaria ela?- encaro elas desconfiado, não existe outro ser humano no mundo que me odeie mais que esse cara, se alguém ameaçou ela a vida todo e levaria ela, esse alguém é ele.

Sâme: ele disse que você poderia ter arrancado outra cabeça e talvez essa pessoa esteja atrás de você.- ela diz sem jeito.

Sansão: não arranquei cabeça de ninguém, muito menos a do pai dele. -falo emputecido.

Black: acham que ele tá falando a verdade?- pergunta as meninas.

Lia: ele parecia sincero, parecia preocupado.- diz encarando o primo, e depois do digato que está entrando no local.

Samuca: patrão?

NICOLI

Acordo sentido minha cabeça latejar, não me recordo de onde estou no momento, mas aos poucos minha mente viaja até o momento em que eu estava sendo atacada no banheiro da faculdade.

Eu não sei a quanto tempo estou aqui, mas meu estômago ronca de fome, minha cabeça dói e o enjôo de sempre está frequente.

Está escuro, o lugar onde estou não consigo vê exatamente nada, não a uma frecha de luz entrando nem por um buraco se quer.

Pelo o que eu consigo perceber estou deita no chão, aparentemente em cima de um colchão fino, posso até sentir o chão duro.

O cheiro do lugar não está muito agradável, parece feder a infiltração, aliás desde que acordei já espirrei bastante vezes.

Encosto minhas costas na parede e devido a tudo o que passei ultimamente eu nem consigo chorar, embora eu sinta medo por mim e pelo bebê que está na minha barriga.

Aliso a barriga e não consigo sentir nada, é impossível saber que estou grávida, não tem um volume se quer, mas eu sinto a presença do meu bebê, sei que ele está ali.

As horas foram se passando, ninguém veio até aqui, a escuridão já não é a mesma, parece ter amanhecido, já que uma pouco de luz entra por de baixo da porta.

Eu cheguei a pensar em levantar, mas minha pernas e braços estão amarradas por cordas, pensei em gritar, mas tem fitas na minha boca.

Vejo surgir perto da porta uma sombra, vozes também são possíveis de escutar, não consigo entender o que dizem, a sombra fica ainda mais próximo e o barulho da maçaneta faz eu olhar fixo para a entrada do cômodo.

Você de novo...

Flashback 📸

Nick: vocês vão andando a caminho do estacionamento, eu vou ao banheiro.- falo as meninas.

Sâme: vai sozinha posso ir com você.- minha melhor amiga se prontifica.

Lia: podemos ir todas nós.- fala a minha prima.

Vitória: vão vocês indo para o carro, eu preciso fazer xixi também, logo chegamos lá.- diz as outras duas.

Sâme: ta bem, estamos esperando no estacionamento.- as meninas vão saindo e eu e a Vic caminhamos a direção do banheiro.

Entro no box e ela em outro estou vestindo a roupa quando ouço o barulho da porta, a Vic já havia acabado.

Nick: nossa, hoje tá bem quente.- comento quando estou saindo do meu box, ela está passando um gloss na boca enquanto eu lavo as mãos.

O barulho da porta principal do banheiro me assusta pelo barulho forte que faz, encaro o homem que eu conheci a pouco tempo, na verdade não sei muito sobre ele.

Nick: o que você está fazendo aqui?- pergunto assustada e ele se aproxima me fazendo chegar para trás, mas uma mão atrás de mim põe um pano no meu rosto, tento não respirar aquele cheiro, mas acabo me rendendo a falta de ar e apago.

Flashback 📸

CAVEIRA

Encaro as câmeras de segurança na esperança de achar mais alguma coisa, mas o sistema do governo as vezes é até muito bom, o coisa difícil é entrar nessas câmeras de semáforos.

Até agora pegamos algumas imagens, sabemos que ele chegou até a estrada de Piratininga, podendo ter ido para lá ou outros bairros próximos.

Amaral: vamos achar a mina, relaxa.- diz isso e encara a porta onde meu tio está entrando.

Encaro ele que parece estressado, mas bastante quieto.

Caveira: tá de boa?- pergunto e ele assente.- e esse curativo aí?- pergunto vendo que tem um curativo em sua mão, que não tinha antes.

Tio Jeff: Cortei com a faca fazendo comida, tava muito cansado e inventei de cozinhar, acabei tendo que pedir uma marmita.

Caveira: foda.- falo e volto a encarar as câmeras ao lado do muleque que tá mexendo nos bagulhos.

DIGATO

Tantos anos escondendo a menina para ela mesma se jogar na cova dos leões, culpa de quem? Lógico que é dos meus pais, se ela soubesse de tudo talvez ainda estaria na Suiça, mandando caixa postal com mimos para a gente.

Ou ligando de chamadas de vídeo para contar algo que fez de legal.

Não correria tanto risco se os jogos estivessem todos na mesa, uma mentira leva a outra e tudo vira uma bola de mentira e no fim tudo é desconfiança.

Entro no quarto dela e o gatinho preto de pelúcia está na cama como ela sempre deixa, o quarto está arrumado vim aqui par vê se acho algo que me leve a quem sequestrou ela.

Mas não existe nada, nada que me leve a outra pessoa, todos os motivos nos faz entender que foi o fudido do caveira.

Volto para a boca, já passei na casa da minha mãe, ela está péssima a velha tá dopada a base de remédio, a família toda já está aqui, as minas tudo em casa dando apoio a minha mãe e o homens na boca tentando uma solução e procurando para acha-la.

Digato: voltei de casa, minha mãe tá péssima.- meu primo assente comovido.- como estão as buscas?- pergunto.

Pitete: um PC tá no sistema da polícia, um nas câmeras observando os vídeos, mas tá lento a reprodução.- diz do lado de fora da salinha.- a Sâme e a lia estão aí de novo, parece que saíram do morro e foram atrás do caveira.

Digato: mulheres, tentando fazer tudo com as próprias mãos. - vou até a porta e abro entrando para a sala, ouvindo parte da conversa deles.

Samuca: patrão?- encaramos ele que está olhando ainda para o computador. meu pai se aproxima esperando ele dizer o que está acontecendo.-foi feito uma denuncia, ouviram gritos femininos em uma casa próximo a praia de Piratininga em Niterói.

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PATROA 2Onde histórias criam vida. Descubra agora